Recife (corveta)
Recife | |
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Corveta a vapor Recife | |
Operador | Armada Imperial Brasileira |
Fabricante | Ponta da Areia |
Homônimo | Recife |
Lançamento | 29 de setembro de 1849 |
Comissionamento | 7 de novembro de 1850 |
Descomissionamento | 1880 |
Comandante(s) | Tomas da Cunha Vasconcelos Antônio Carlos Mariz e Barros Delfim Carlos de Carvalho |
Estado | Descomissionado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Corveta |
Comprimento | 50,59 m (166 ft) |
Boca | 7,01 m (23,0 ft) |
Pontal | 4,15 m (13,6 ft) |
Propulsão | vapor, com maquinas de 150 hp, acionado rodas de propulsão lateral. |
Armamento | colubrinas Paixhans de calibre 30 e 2 caronadas de calibre 30 |
A Corveta Recife foi um navio de guerra que serviu a Armada Imperial Brasileira na segunda metade do século XIX. Teve participação nas guerras do Prata, Uruguai e Paraguai.
História
[editar | editar código-fonte]A corveta foi construída no Estabelecimento de Fundição e Estaleiros Ponta da Areia em Niterói no ano 1849 sendo o primeiro navio construído neste estaleiro. Recebeu o nome Recife em homenagem a capital da província de Pernambuco. Após o lançamento ao mar em 1849 e testes de armamento foi incorporada a armada no dia 7 de novembro de 1850, tendo seu primeiro comandante o 1º Tenente Tomas da Cunha Vasconcelos. Em 1851 foi enviado a região sul para participar das operações brasileiras no conflito chamado Guerra do Prata,[1] inciando seu serviço nos principais conflitos da América do Sul.
Guerra do Prata
[editar | editar código-fonte]Em 17 de dezembro de 1851, a corveta Recife com mais seis navios de guerra sob o comando de John Pascoe Grenfell, forçaram passagem pelos obstáculos opostos à navegação do Rio Paraná onde, no passo do Tonelero, nas proximidades da barranca Acevedo, fora instalada uma poderosa fortificação dispondo de 16 peças de artilharia e 2 mil fuzileiros, sob o comando do general Lucio Norberto Mansilla.[2] As tropas argentinas trocaram tiros com os navios de guerra brasileiros, mas acabaram falhando em barrar sua passagem.[3]
Guerra do Uruguai
[editar | editar código-fonte]Durante o cerco de Paysandú a corveta participou, juntamente com as corvetas Belmonte, Parnahyba e as Canhoneiras Araguaya e Ivahy, no desembarque de cerca de 400 soldados entre imperiais-marinheiros, soldados do batalhão naval e praças 1º Batalhão de Infantaria de Linha além de peças de artilharia. A batalha terminou em 2 de janeiro de 1865 com vitória brasileira.[4]
Guerra do Paraguai
[editar | editar código-fonte]Inicialmente a corveta esteve em serviço como navio transporte.[1] Em 17 de agosto de 1867 uma frota de 20 navios brasileiros, incluindo o Recife, participou da chamada Passagem de Curupaiti, nas imediações do forte de mesmo nome. A operação consistia em forçar a passagem da fortaleza de Curupaiti que possuía pelo menos 49 peças de artilharia e 5 000 homens para defendê-lo. A ação foi comandada pelo almirante Joaquim José Inácio, visconde de Inhaúma, liderando duas divisões navais sendo a primeira formada pelos encouraçados Brasil (navio capitânia), Tamandaré, Colombo, Mariz e Barros, Cabral, Barroso, Herval, Silvado e Lima Barros. A segunda frota era composta pelos vapores Ipiranga, Yguatemi, Maje, Paranaíba, Beberibe e Recife. Nas primeiras horas da manhã do dia 15 de agosto a segunda divisão iniciou o bombardeio da fortaleza atirando 665 granadas de artilharia sobre ela. As perdas foram poucas, sendo o Tamandaré o navio mais afetado quando uma bala perfurou o condensador de sua máquina deixando-a inerte diante das baterias paraguaias. Após duas horas de conflito a divisão imperial tinha forçado a passagem com sucesso.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «NGB - Vapor/Corveta Recife». www.naval.com.br. Consultado em 10 de novembro de 2018
- ↑ Maia 1975, p. 257.
- ↑ Barroso 2000, p. 112.
- ↑ «NGB - Corveta Belmonte». www.naval.com.br. Consultado em 10 de novembro de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Maia, João do Prado (1975). A Marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império 2 ed. Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra
- Barroso, Gustavo (2000). Guerra do Rosas: 1851-1852. Fortaleza: SECULT