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Dante Quinterno

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Dante Quinterno
Dante Quinterno
Nascimento 26 de outubro de 1909
Buenos Aires
Morte 14 de maio de 2003 (93 anos)
Buenos Aires
Sepultamento Cemitério da Recoleta
Cidadania Argentina
Ocupação pintor, desenhista de banda desenhada

Dante Quinterno (Buenos Aires, 26 de outubro de 1909 - Buenos Aires, 14 de maio de 2003) foi um autor de quadrinhos/banda desenhada argentino, célebre por seu personagem Patoruzú.

Filho de Martín Quinterno e Laura Raffo. Seu avô paterno era oriundo do Piemonte, e na Argentina se dedicou ao cultivo e comercialização de árvores frutíferas.

Em 1924 Dante começou a enviar seus desenhos para vários jornais portenhos. Em 1925 publicou sua primeira tira, Panitruco, em El Suplemento. Mais tarde vieram Andanzas y desventuras de Manolo Quaranta (1926); Don Fermín (depois chamada Don Fierro, 1926), e Un porteño optimista (posteriormente Las aventuras de Don Gil Contento, 1927), para diferentes jornais.[1] Nesta última, em 1928, surgiu seu personagem Curugua-Curuguagüigua, que logo foi rebatizado como Patoruzú. Junto com Patoruzú apareceram outros personagens como Isidoro Cañones e Patoruzito, os quais logo também passaram a ser publicações independentes. Desde 1936, Patoruzu se transformou em uma revista independente, que em seus melhores momentos chegou a vender 300 mil exemplares. Nesse mesmo ano, o autor funda a Editorial Dante Quinterno. Posteriormente aparecem outras publicações: Patoruzito (1945), na qual colaboram Eduardo Ferro, José Luis Salinas e Alberto Breccia entre outros nomes; Andanzas de Patoruzú (1956), Correrías de Patoruzito (1958) e Locuras de Isidoro (1968).

Quinterno iniciou também sua carreira de animador quando estreia em 20 de novembro de 1942 seu primeiro curta-metragem de 12 minutos de duração, Upa en apuros.

A partir dos anos 1950 se distanciou do mundo da banda desenhada/história em quadrinhos, dedicando-se a outras atividades empresariais.

Dante Quinterno satirizou o presidente Juan Domingo Perón, o que fez este declarar o encerramento da revista por satirizar o seu Governo. Longe de questões partidárias, Dante Quinterno usou seu personagem Patoruzú para críticas a política argentina, propagando seu nacionalismo veementemente; Quinterno por meio de seu personagem enfatizou e valorizou a argentinidade. Em 1976 o governo da Ditadura Militar Argentina o escolheu como emblema da Argentina, porém, pouco tempo depois foi considerado como ameaça pois prezava pelos menos favorecidos e foi tratado como comunista.[1]

Casou-se em 1938 com Rosa Schiaffino, com quem teve três filhos, Dante, Walter e Mónica.

Referências

  1. a b SANTOS, Clésio do Carmo (2016). Uma tradução reflexiva da história em quadrinhos: Andanzas de Patoruzú - “Amor sin barreras” (PDF) (Monografia). Brasília: Universidade de Brasília (UnB), Instituto de Letras (IL), Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET) 

Ligações externas

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