Declaração de Malé sobre a Dimensão Humana das Mudanças Climáticas Globais

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A ilha de Malé, Maldivas, que dá nome à Declaração

A Declaração de Malé sobre a Dimensão Humana das Mudanças Climáticas Globais é um tratado feito por representantes de vários pequenos Estados insulares em desenvolvimento que se reuniram para assinar a declaração em novembro de 2007.[1] O objetivo da Declaração era traçar uma estratégia clara para vincular a mudança climática e os direitos humanos. A Declaração também buscou mudar a agenda da campanha de combate às mudanças climáticas, deixando de focar apenas nos impactos ambientais das mudanças climáticas para também considerar os impactos das mudanças climáticas sobre os direitos humanos.[2] A Declaração deixa claro que o direito a um meio ambiente saudável é um pré-requisito de todos os outros direitos humanos básicos.[3]

As Maldivas, signatárias da Declaração e cuja capital Malé dá nome ao documento, as mudanças climáticas já começaram a afetar os direitos humanos da população. Como tal, as Maldivas e outras nações insulares começaram a construir uma coalizão internacional que usa os direitos humanos como uma estrutura para combater as mudanças climáticas. A coalizão em questão organizou reuniões sobre o tema da Declaração em Genebra, Nova Iorque e Malé.[4]

Nações Unidas[editar | editar código-fonte]

Urso polar morrendo de fome devido à mudança climática global

Os signatários da Declaração pediram ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que concentrasse sua atenção nos impactos das mudanças climáticas e nos direitos humanos. Em resposta, o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos publicaram o primeiro estudo identificando maneiras específicas nas quais as mudanças climáticas interferem no pleno gozo dos direitos humanos, enfatizando que os países têm o dever de trabalhar juntos para proteger os direitos humanos das mudanças climáticas. Especificamente, o relatório destacou vários direitos básicos que estavam em perigo, incluindo direitos à vida, saúde, um padrão de vida adequado e autodeterminação.[5]

Referências

  1. «V.H.9 MALÉ DECLARATION ON THE HUMAN DIMENSION OF GLOBAL CLIMATE CHANGE». International Law & World Order: Weston's & Carlson's Basic Documents (em inglês). 24 de abril de 2015. doi:10.1163/2211-4394_rwilwo_sim_032888. Consultado em 3 de maio de 2021 
  2. «"Climate Change and Human Rights", Address by Ms. Kyung-wha Kang Deputy High Commissioner for Human Rights, Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights». United Nations Rights. Consultado em 2 de maio de 2021 
  3. Quirico, Ottavio (2016). «Input for the 2016 Report to the Human Rights Council of the Special Rapporteur on Human Rights and the Environment» (PDF). Climate Change and Human Rights Proceedings – via OHCHR 
  4. Limon, Marc (16 de fevereiro de 2017). «The Small Island Perspective on Agenda-Setting in Climate Change and Human Rights». UCL. Consultado em 20 de abril de 2021 
  5. Knox, John (15 de novembro de 2015). «Climate Change and Human Rights: Three Benefits of a Human Rights Perspective on Climate Change». Global Policy. Consultado em 20 de abril de 2021