Devshirme
Devshirme (em turco otomano: دوشيرمه, devşirme), também conhecido como imposto sobre o sangue ou tributo no sangue, era principalmente a prática pelo qual o Império Otomano enviava oficiais militares para levar meninos de 8 a 18 anos de suas famílias para serem criados para servir ao Estado. Este "tributo de filhos" era imposto apenas sobre os súditos cristãos do império, nas aldeias dos Balcãs e da Anatólia.[2]
Os meninos foram convertidos então ao Islã[3] com o objetivo preliminar de selecionar e treinar as crianças mais capazes para o serviço militar ou civil do império, notavelmente nos janízaros.[4]
Começou em meados de 1300 por Murade I como um meio de neutralizar o poder crescente da nobreza turca, a própria prática violava a lei islâmica.[5]
Em 1648, a prática estava lentamente chegando ao fim. Uma tentativa de restabelecê-la em 1703 foi resistida por seus membros otomanos que cobiçavam seus postos militares e civis. Finalmente, nos primeiros dias do reinado de Amade III, a prática de devshirme foi abolida.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Nasuh, Matrakci (1588). «Janissary Recruitment in the Balkans». Süleymanname, Topkapi Sarai Museum, Ms Hazine 1517
- ↑ Perry Anderson (1979). Lineages of the Absolutist State. [S.l.]: Verso. pp. 366–. ISBN 978-0-86091-710-6
- ↑ The New Encyclopedia of Islam, ed. Cyril Glassé, (Rowman & Littlefield, 2008), 129.
- ↑ Basgoz, I. & Wilson, H. E. (1989), The educational tradition of the Ottoman Empire and the development of the Turkish educational system of the republican era. Turkish Review 3(16), 15.
- ↑ Alexander Mikaberidze (22 de julho de 2011). Conflict and Conquest in the Islamic World: A Historical Encyclopedia [2 volumes]: A Historical Encyclopedia. [S.l.]: ABC-CLIO. pp. 273–. ISBN 978-1-59884-337-8.
This effectively enslaved some of the sultan's own non-Islamic subjects and was therefore illegal under Islamic law, which stipulated that conquered non-Muslims should be demilitarized and protected