Diaporthe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaDiaporthe
Danos causados por Diaporthe numa planta de soja.
Danos causados por Diaporthe numa planta de soja.
Classificação científica
Reino: Fungi
Divisão: Ascomycota
Classe: Sordariomycetes
Ordem: Diaporthales
Família: Diaporthaceae
Género: Diaporthe
Nitschke (1870)
Espécie-tipo
Diaporthe eres
Nitschke (1870)
Espécies
Ver texto.

Diaporthe Nitschke (1870) é um gênero de fungos filamentosos que inclui um elevado números de fitopatógenos com grande valor econômico.

Os avanços das técnicas moleculares permitiram a identificação mais precisa dos microrganismos. Em diversos grupos, as formas sexuadas e assexuadas de fungos, antes classificadas como espécies diferentes, passaram a ser consideradas como pertencentes a mesma espécie. Dessa forma o gênero Phomopsis foi reconhecido como anamorfo (estado assexuado) das espécies do gênero Diaporthe. Existem cerca de 1.000 espécies descritas para cada gênero, incluindo muitas formas sexuadas e assexuadas da mesma espécie.[1][2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Os fungos do gênero Diaporthe (Ascomycota: Diaporthales) são amplamente distribuídos e podem ser encontrados como saprófagos, patogênicos e endofíticos.[3]

Como patógeno, Diaporthe spp. pode acometer humanos e outros mamíferos,[4] entretanto é como patógeno de plantas que possui grande variedade de hospedeiros e é causador de diversas doenças, algumas inclusive de importância econômica.[5]

Como endofítico, Diaporthe está entre os gêneros mais comumente encontrados em uma grande variedade de plantas e possui grande potencial na produção de metabólitos de interesse farmacêutico.[6][7][8]

As espécies do género Diaporthe têm a capacidade de transformar os factores inibidores da infecção (+)-catequina e (-)-epicatequina no seu derivado metabólico 3,4-cis-dihidroxiflavano.[9]

Algumas espécies, como Diaporthe toxica, produzem metabolitos secundários que quando ingeridos com os produtos infestados resultam em toxicoses, como acontece com a lupinose das ovelhas.[10]

Espécies[editar | editar código-fonte]

Entre outras, o gênero Diaporthe inclui as seguintes espécies:

Lista completa de espécies[editar | editar código-fonte]

As seguintes espécies do género Diaporthe são consideradas como validamente descritas[carece de fontes]:

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rossman, Amy Y.; et al. (2015). «Recommendations of generic names in Diaporthales competing for protection or use». IMA Fungus 
  2. Udayanga, Dhanushka; et al. (2012). «A multi-locus phylogenetic evaluation of Diaporthe (Phomopsis)». Fungal Diversity 
  3. Thompson, S.M.; et al. (2011). «Stem cankers on sunflower (Helianthus annuus) in Australia reveal a complex of pathogenic Diaporthe (Phomopsis) species». Persoonia 
  4. Garcia-Reyne, A.; et al. (2011). «Cutaneous infection by Phomopsis longicolla in a renal transplant recipient from Guinea: First report of human infection by this fungus». Transplant Infectious Disease 
  5. Santos, J.M.; et al. (2011). «Resolving the diaporthe species occurring on soybean in Croatia». Persoonia 
  6. Yan, Dong-Hui; et al. (2018). «Antifungal Activities of Volatile Secondary Metabolites of Four Diaporthe Strains Isolated from Catharanthus roseus». Journal of Fungi 
  7. Tanney, Joey B.; et al. (2016). «Production of antifungal and antiinsectan metabolites by the Picea endophyte Diaporthe maritima sp. nov.». Fungal Biology 
  8. Chepkirui, Clara e Stadler, Marc (2017). «The genus Diaporthe: a rich source of diverse and bioactive metabolites». Mycological Progress 
  9. Biooxidation of (+)-Catechin and (-)-Epicatechin into 3,4-Dihydroxyflavan Derivatives by the Endophytic Fungus Diaporthe sp. Isolated from a Tea Plant. Shibuya Hirotaka, Agusta Andria, Ohashi Kazuyoshi, Maehara Shoji and Simanjuntak Partomuan, Chem Pharm Bull, Vol.53, No.7, Pages 866-867(2005)
  10. P.M. Will. et al.