Discussão:Educação na África do Sul

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Último comentário: 4 de fevereiro de 2015 de Rui Silva no tópico Proposta para Atualização do Artigo

Este artigo precisa ser atualizado com uma referência mais recente. As frases "O ensino é obrigatório para os brancos, mestiços e asiáticos dos sete aos 16 anos e para os negros de sete a 11 anos. Há 12 escolas vocacionais e 23 universidades." estão claramente desatualizadas. Rui Silva (discussão) 09h57min de 15 de fevereiro de 2012 (UTC)Responder

Proposta para Atualização do Artigo[editar código-fonte]

Segue abaixo uma proposta de atualização do artigo com informações sobre a estrutura do ensino básico pós-Apartheid. Falta formatar o texto e adicionar referências. Peço aos interessados que leiam.


O ensino fundamental e médio na África do Sul tem duração de 13 anos agrupados em: Foundation Phase, do ano zero (Reception Year) ao ano três; Intermediate Phase, do ano quatro ao ano seis; Senior Phase, do ano sete ao ano nove; e Further Education and Training, do ano dez ao ano doze. Os anos um a nove são obrigatórios para todas as crianças enquanto o ano zero e os anos dez a doze são opcionais; o ingresso no ensino superior, entretanto, requer que o aluno tenha estudado até o ano doze. De acordo com o Censo de 2011, entre a população adulta (maiores de 20 anos), 76 % dos brancos, 61,6 % dos indianos/asiáticos, 35,2 % dos negros africanos e 32,6 % dos pardos (Coloureds) têm pelo menos o ano doze completo. No total, 40,7 % da população maior de 20 anos tem pelo menos o ano doze completo e 8,6 % não tem nenhuma escolaridade. A porcentagem de maiores de 20 anos com curso superior completo é 11,8 % na população adulta geral; 36,5 % entre os brancos; 21,6 % entre os indianos/asiáticos; 8,3 % entre os negros africanos; e 7,4 % entre os pardos (Coloureds).

Os estabelecimentos de ensino básico na África do Sul pós-Apartheid dividem-se em: escolas públicas gratuitas (No-Fee Schools), escolas públicas pagas, e escolas particulares pagas. As escolas públicas gratuitas são totalmente subvencionadas pelo Estado. As escolas públicas pagas, que incluem a maioria das escolas reservadas apenas para "brancos" no tempo do Apartheid, recebem proporcionalmente menos dinheiro por aluno do governo e parte das suas despesas, incluindo salários de parte dos professores, são autofinanciadas por fundos privados formados por pagamentos de anuidades e doações voluntárias. Esses fundos são geridos independentemente do governo pelo School Governing Body, que consiste do diretor da escola e representantes eleitos dos pais, professores, funcionários e alunos, além de outros membros externos.

Para fins de alocação de recursos para as diferentes escolas públicas, calcula-se um índice de "pobreza" da comunidade onde a escola se localiza geograficamente. O índice é baseado na renda média, taxa de desemprego e escolaridade média locais. As escolas classificadas entre as 60 % mais "pobres" podem optar por não cobrar anuidades, o que é compensado por um aumento da alocação orçamentária por aluno pelo governo; parte delas, porém, não exercem essa opção e continuam cobrando anuidades, embora em geral bem menores do que nas escolas localizadas em áreas "ricas". Adicionalmente, o programa de gratuidade nas escolas públicas aplica-se apenas aos anos de escolaridade obrigatória.

Nas escolas públicas pagas, os alunos têm direito por lei a solicitar ao School Governing Body uma isenção total ou parcial do pagamento de anuidades de acordo com critérios de renda familiar. Um aluno não pode ser expulso, suspenso ou impedido de se matricular por incapacidade de pagamento de anuidades em uma escola pública. As anuidades escolares, entretanto, são obrigatórias para alunos que não estiverem qualificados para isenção total e as escolas podem acionar judicialmente os pais ou o guardião legal de um aluno inadimplente para recuperar anuidades não pagas.

Via de regra, o ensino na África do Sul tende ser de boa qualidade nas escolas particulares e escolas públicas pagas localizadas nos bairros ricos. As escolas públicas gratuitas, principalmente nas zonas rurais e favelas urbanas, têm sérias deficiências. As escolas particulares e públicas pagas historicamente "brancas" são frequentadas hoje por brancos, indianos e membros da "nova classe média" negra formada após o Apartheid. Negros pobres e pardos (Coloureds) são a maioria dos alunos nas escolas públicas gratuitas, que correspondem normalmente àquelas reservadas historicamente para "não brancos" durante o Apartheid.

As escolas particulares e as escolas públicas pagas históricas (i.e. fundadas no século XIX ou início do século XX) mantêm em comum uma cultura característica inspirada nas escolas particulares inglesas incluindo: códigos de honra; separação dos alunos por sexo (i.e. escolas só para meninos ou só para meninas); internato opcional ; e ênfase em esportes coletivos como rugby, cricket e field hockey, além de atletismo, natação e outros esportes individuais.


Língua de Instrução e Currículo do Ensino Secundário


A África do Sul pós-Apartheid tem 11 línguas oficiais incluindo duas línguas indo-europeias do ramo germânico ocidental (o inglês e o africâner, esse último derivado do holandês) e nove línguas africanas do grupo banto (zulu, xhosa, tswana, swati, pedi, sotho, ndebele, tsonga e venda). Na maioria das escolas, a língua de instrução do ano zero ao ano três é normalmente a língua doméstica da maioria dos alunos locais, incluindo possivelmente línguas banto. A partir do ano quatro, o inglês é a língua principal de instrução praticamente em toda a rede de ensino exceto notoriamente em um segmento minoritário de escolas (atendendo hoje cerca de 10 % dos alunos no país) onde a língua principal de instrução é o africâner. O estudo de duas línguas oficiais como matérias separadas é obrigatório para todos os alunos do ano um até o ano doze.

Nos anos sete a nove, o currículo inclui: duas línguas oficiais da África do Sul (uma delas estudada como língua doméstica e a outra no mínimo como "primeira língua adicional"); matemática; ciências naturais; ciências sociais (dividida igualmente entre história e geografia); ciências da economia e administração (Economics and Management Siences); Life Orientation (que inclui saúde pessoal, orientação vocacional, educação moral e cívica, e educação física); tecnologia; artes; e mais uma matéria de escolha eletiva (por exemplo, um segunda língua adicional, que pode ser outra língua oficial sul-africana ou línguas estrangeiras como alemão ou francês).

Nos anos dez a doze , os alunos devem cursar: duas línguas oficiais da África do Sul (novamente uma como língua doméstica e outra no mínimo como primeira língua adicional); matemática (Mathematics) ou uma matéria alternativa mais simples de Mathematical Literacy; Life Orientation; e mais três matérias de escolha eletiva. Opções comuns de eletivas incluem: Physical Sciences (dividida igualmente entre química e física e examinada em duas provas separadas , respectivamente de física e química, com igual peso); Life Sciences (i.e. biologia); história; geografia; economia; contabilidade; tecnologia da informação; engenharia e desenho gráfico; ciências agrárias; e uma segunda lingua adicional. Programas avançados de matemática e línguas (inglês e africâner), cobrindo conteúdo normalmente do ensino superior, são oferecidos também como oitava matéria optativa em escolas particulares e algumas escolas públicas pagas de maior prestigio.

Ao final do ano doze, os alunos qualificados recebem o certificado de conclusão do ensino secundário, chamado National Senior Certificate (NSC), com notas separadas em cada matéria cursada. A aprovação ordinária, que permite obter o NSC, mas não qualifica o aluno para ingresso no bacharelado em uma universidade, exige apenas nota 40 % em três matérias, incluindo uma língua oficial estudada como língua doméstica, e nota 30 % em três outras matérias adicionais. Os requisitos para um candidato se qualificar para admissão em um curso de bacharelado em uma universidade são: (1) nota mínima 50 % em quatro matérias acadêmicas, excluindo Life Orientation; (2) nota mínima 30 % em três outras matérias; e (3) nota mínima 40 % na língua estudada como língua doméstica. Adicionalmente, uma das duas línguas oficiais cursadas como língua doméstica ou primeira língua adicional tem que ser necessariamente uma língua de instrução usada nas universidades sul-africanas, ou seja, na prática, inglês ou africâner. Alguns requisitos adicionais específicos aplicam-se também para ingresso em determinados cursos superiores, p.ex. para estudar engenharia ou medicina, o aluno tem que cursar obrigatoriamente Physical Sciences e Mathematics (ao invés de Mathematical Literacy) nos anos dez a doze.

A elegibilidade para admissão segundo os critérios no parágrafo anterior não garante, entretanto, o ingresso automático em um curso de bacharelado específico na universidade pretendida pelo candidato. Se o número de candidatos qualificados for maior que o número de vagas oferecidas as notas de corte exigidas para admissão podem ser bem maiores do que as notas mínimas em (1)-(3) no parágrafo anterior, o que geralmente acontece nas universidades mais concorridas. As universidades podem, também , a seu critério, impor exigências adicionais para admissão, incluindo outros tipos de exames/testes além dos exames finais do NSC. Os National Benchmarking Tests (abreviados NBTs) têm sido, em particular, uma exigência adicional comum das escolas de engenharia.


Com exceção de Life Orientation, todas as matérias que fazem parte do NSC são examinadas no ano doze por exames externos nacionais de formato analítico-expositivo. Na maioria das matérias, esses exames externos representam 85 % da nota final do aluno para fins de obtenção do certificado de conclusão do ensino secundário ou ingresso na universidade, com os restantes 15 % sendo obtidos por avaliação interna continuada na escola de origem do candidato. Com exceção das provas específicas de línguas, os exames finais do ano doze podem ser feitos apenas em inglês ou em africâner.

Muitas escolas particulares, ao invés de usarem os exames nacionais públicos do NSC, aplicam exames alternativos elaborados e corrigidos pelo Independent Examinations Board (abreviado IEB), que é uma corporação privada independente do governo, porém certificada pelo Ministério da Educação Básica para conduzir avaliação do desempenho escolar de alunos do ensino secundário. As provas do IEB, embora consideradas normalmente mais exigentes que as provas públicas, baseiam-se entretanto no mesmo currículo nacional e levam ao mesmo certificado de conclusão do ensino secundário, i.e o NSC. Os progamas avançados de matemática e línguas, que não fazem parte do currículo nacional e são oferecidos nas escolas particulares como oitava matéria para alguns alunos selecionados, são examinados em provas separadas pelo IEB, mas a nota nesses programas não é utilizada para fins de obtenção do NSC ou ingresso na universidade.

161.24.19.44 (discussão) 16h42min de 3 de fevereiro de 2015 (UTC)Responder


Referências

SA Census 2011 [1]

Curriculum Assessment Policy Statements (CAPS) [2]

CAPS for Senior Phase [3]

CAPS for FET [4]

NSC Examination Technical Report 2014 [5]

2014 NSC Examination Papers [6]

Independent Examinations Board [7]

Report on the 2009/2010 Annual Surveys for Ordinary Schools [8]

A parents' guide to schooling [9]

School Fees and Exemptions [10]

Excelente resumo do sistema educativo atual na RSA. O único problema (e resolve-se!) é que o IP não sabe como colocar as refs dentro do texto. Agora é necessário escrever uma nova introdução ao artigo para eliminar essa que deve vir dessa ref da Enc. Mirador.; se fosse possível, essa nova intro deveria dar um histórico da educação durante o Apartheid, mas isso pode ser feito mais tarde. Em relação ao ensino superior, a Lista de Universidades… está aparentemente atualizada, mas não tem fontes. Boa continuação! --Rui Silva (discussão) 09h26min de 4 de fevereiro de 2015 (UTC)Responder