Discussão:Eugénio de Andrade

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A consulta de alguns sites da especialidade dizem-me que o nome é Fontinhas e não Fontinha. alterei. Paulo Juntas 20:55, 13 Jun 2005 (UTC)

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jos%C3%A9+Fontinhas&meta=

Nome e data de nascimento[editar código-fonte]

Segundo o assento de nascimento, o nome de registo de Eugénio de Andrade era JOSÉ FONTINHAS, nascido às 20h00 do dia 1 de Fevereiro de 1923, em Póvoa de Atalaia, concelho do Fundão, filho de Maria dos Anjos Fontinhas. É possível que a data indicada no assento seja falsa, talvez porque tenha sido registado com atraso e tenham pretendido assim evitar o pagamento de alguma coima. Contudo, é assunto que até agora nunca foi devidamente discutido ou esclarecido, que eu saiba. --Orlando F 01:27, 25 Agosto 2006 (UTC)

"sujeito poético"[editar código-fonte]

Pq essa expressão?

"o sujeito poético nasceu"... etc...? -- Isso só se justificaria, talvez, se o poeta usasse um pesudônimo q tivesse biografia própria e data de nascimento diferente da dele. O q não é caso.

Nem mesmo na biografia de Fernando Pessoa, ou na de seus heterónimos, se encontra essa expressão...

"Sujeito poético"... pra q isso?

--Betty VH (discussão) 15h44min de 18 de dezembro de 2011 (UTC)Responder[responder]

"Personalidades LGBT de Portugal"[editar código-fonte]

Gostaria de solicitar uma fonte credível que justifique a inclusão de Eugénio de Andrade nesta categoria. Pelo que tenho lido tem havido uma enorme especulação sobre a orientação sexual de Eugénio de Andrade, supostamente não sendo heterossexual, mas não o podemos adicionar a esta categoria sem uma fonte credível.Mistico (discussão) 18h04min de 7 de janeiro de 2013 (UTC)Responder[responder]

Sinceramente, não tem havido especulação nenhuma sobre a orientação do autor de Canção («Tinha um cravo no meu balcão;/ Veio um rapaz e pediu-mo/ - mãe, dou-lho ou não?/ Sentada, bordava um lenço de mão;/ Veio um rapaz e pediu-mo/- mãe, dou-lho ou não?/ Dei um cravo e dei um lenço,/ Só não dei o coração;/ Mas se o rapaz mo pedir/- mãe, dou-lho ou não?»). O crítico Eduardo Pitta tem escrito bastante sobre o assunto, por exemplo no seu livro Fractura. A Condição Homossexual na Literatura Portuguesa Contemporânea (2003) [1] [2], e desde o 25 de Abril de 1974, que a orientação sexual do poeta foi sempre um assunto discretamente do domínio público, nunca desmentido pelo próprio. Basta ler o livro Homossexuais no Estado Novo da jornalista São José de Almeida ou os artigos O Estado Novo dizia que não havia homossexuais, mas perseguia-os e São José Almeida abriu o armário dos homossexuais na ditadura.—Ana Bruta (discussão) 20h44min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder[responder]
Acreditando que Eugénio de Andrade seja mesmo uma personalidade LGBT gostaria de recordar que o poema que cita é apenas um onde o narrador é feminino. Desculpe, mas onde está a fonte credível?128.65.232.111 (discussão) 17h05min de 16 de outubro de 2014 (UTC)Responder[responder]
Lida a primeira fonte apresentada temos que concordar que Eugénio de Andrade cabe efectivamente na categoria.128.65.232.111 (discussão) 02h16min de 30 de outubro de 2014 (UTC)Responder[responder]
Boa tarde,
não sou uma fonte credível mas tenho cartas manuscritas do autor para outro homem de carácter homosexual em que o trata por amor... 2001:8A0:672A:3B00:988E:2B7C:3C89:FAF7 (discussão) 12h40min de 13 de outubro de 2021 (UTC)Responder[responder]

A família de José Fontinhas (Eugénio de Andrade)[editar código-fonte]

O pai de José Fontinhas chamava-se Alexandre Infante Rato, nascido a 21-11-1903, em Póvoa de Atalaia, filho de António Dias Rato e de Teresa Afonso, proprietários, neto paterno de Domingos Dias Rato e Francisca Antunes e materno de António Pereira Infante e Felícia Paula. Pertencia a uma família de proprietários rurais daquela zona. O poeta nasceu fruto de uma relação do citado com Maria dos Anjos Fontinhas, nascida a 8-6-1901 em Atalaia do Campo, filha de Guilherme Fontinhas (natural de Tinalhas, Castelo Branco) e de Maria Joana (natural de Atalaia do Campo), neta paterna de Manuel Fontinhas e Felizarda do Espírito Santo e materna de avô incógnito e Joana da Cruz. Segundo Joel Serrão, que a conheceu, era uma camponesa (analfabeta, segundo indicado no assento de nascimento do filho e no assento de casamento dela) muito inteligente e consciente do valor do filho. Maria dos Anjos era oriunda de uma família mais modesta, de camponeses e de pequenos empreiteiros.

O filho dessa relação extra-conjugal, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 (segundo as fontes bibliográficas existentes, incluindo como estava indicado na página da internet da extinta Fundação Eugénio de Andrade), tendo sido registado a 1 de Março, com o nome de José Fontinhas, nascido às 20h00 de 1 de Fevereiro de 1923 (menção falsa da data para evitar coima, por atraso no registo?), filho ilegítimo de pai incógnito e da citada Maria dos Anjos Fontinhas, segundo declaração da própria. Segundo as escassas menções do poeta ao pai, era uma figura distante, que lhe seria certamente antipática.

Apesar da suposta prosperidade da família Rato, Alexandre terá abalado para Lisboa, onde desde 1927 passou a exercer a humilde ocupação de contínuo de 2ª classe na Câmara Municipal de Lisboa. Em 1932 Maria dos Anjos e o filho mudaram-se para Lisboa, onde terão ido morar com Alexandre. Alexandre e Maria dos Anjos acabariam por se casar a 23-08-1936, na 6ª CRC de Lisboa. Em 1943 mãe e filho foram morar para Coimbra (indicativo de que o casal se separara?). Em 1946 voltaram a morar em Lisboa (novamente com Alexandre?).

Em 1947, José Fontinhas, tornou-se funcionário público nos Serviços Médico-Sociais da Caixa de Previdência em Lisboa, sendo transferido em 1950 para o Porto, onde ficará a morar até ao fim da vida (aposentado em 1983). Maria dos Anjos viria a morrer de cancro do pulmão (fumadora passiva do tabaco do marido?) a 14-4-1956, na Rua Antero de Quental, 28 - 3º, em Lisboa. Nunca houve divórcio, e, no assento de óbito, Alexandre é dado como domiciliado com a falecida. Supostamente, desde 1950 que moraria com o filho no Porto (dado que pareciam inseparáveis). É por isso algo estranho que tenha ido morrer a Lisboa no apartamento do marido, mas é o que está no assento de óbito. Foi sepultada no 1º Cemitério de Lisboa (Alto de São João). Será que Maria dos Anjos foi viver para Lisboa para ali se tratar do cancro, não havendo, na altura, condições para fazê-lo no Porto? Alexandre Rato casar-se-ia pela segunda vez, com Josefa Maria, natural de Castelo Novo, Fundão, na Igreja de Campolide, Lisboa, a 4-2-1957. Alexandre morreu a 11-11-1968, em Campolide, Lisboa, não se sabendo, até à data, se teria tido outros filhos.

Ao contrário de algumas referências em sites da Internet, o nome civil do poeta nunca foi José Fontinhas Rato, mas simplesmente José Fontinhas, dado que rejeitou ser legitimado pelo pai, a quem, segundo um crítico seu amigo, «odiava».--AnnaBruta (discussão) 18h44min de 5 de janeiro de 2020 (UTC)Responder[responder]