Discussão:Fobia

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Remoção de conteúdo referenciado[editar código-fonte]

Em 2 de outubro, editei o verbete, acrescentando a seguinte informação referenciada:

Segundo o psiquiatra Paul Denis, é esse caráter de perigo irreal que distingue clinicamente a fobia do medo. 

Como fonte, citei Paul Denis, Les phobies (Paris: Presses universitaires de France, coll. « Que sais-je ? » nº 2946, 2011, 128 p. ISBN 9782130586654, OCLC 740683993).

Apesar de referenciada, a edição foi revertida.

Segundo o Guia de Edição, "reversão é uma ação aconselhada ou apropriada ao lidar com o vandalismo. Não é recomendado reverter apenas por considerar uma versão mais antiga preferível à versão atual."

O editor JMagalhães reverteu a edição, alegando "definição errada". Por que estaria "errada"? Ademais, não foi acrescentada uma "definição" mas apenas uma explicitação do conceito, que em nada contrariava o conteúdo do parágrafo anterior, onde está dito: "A pessoa afetada exerce grandes esforços para evitar a situação ou o objeto, geralmente a um grau superior em relação ao perigo real do próprio objeto ou situação." Ora, o psiquiatra citado fala justamente (com menos volteios que o manual citado) desse descolamento do real, que é a diferença central entre fobia e medo. Não é útil saber essa diferença? A mim, parece fundamental.

Assim, por considerar injustificada a remoção de conteúdo válido e por sugestão do próprio reversor, trago o assunto a discussão, aceitando a eventual mediação de outro(s) editor(es). Obrigada. --Yone (discussão) 04h25min de 4 de outubro de 2017 (UTC)[responder]

A definição de fobia que consta do artigo é a do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. O manual é a obra de referência standart em critérios de diagnóstico para praticamente todos os médicos, investigadores, farmacêuticos, organizações, agências do governo, direções de saúde pública, seguradoras, hospitais e clínicas em todo o mundo. Mas, portanto, você acha que "está mal" e quer inserir à força uma opinião de um desconhecido que viu num portal de livros. É isso? JMagalhães (discussão) 07h53min de 4 de outubro de 2017 (UTC)[responder]


Efetivamente, o DSM é referência nos Estados Unidos e, por vários motivos, acabou sendo também uma referência pelo mundo afora.

Isso, entretanto, não dá ao manual da Associação Americana de Psiquiatria, o monopólio dos conceitos nem o coloca acima de críticas e controvérsias quanto a confiabilidade do seu conteúdo, insuficiência de bases explicativas, fixação arbitrária de limites entre normal e anormal, ênfase exagerada nos aspectos neurofisiológicos em detrimento dos aspectos psicossociais, medicalização da vida humana etc., dentro e fora dos EUA - em especial, por conflitos de interesses financeiros derivados dos vínculos de membros da AAP à grande indústria farmacêutica. Enfim, esse manual tem problemas, como qualquer outro. Portanto, sugiro, em primeiro lugar, um pouco de moderação no seu entusiasmo quando o chama " a obra de referência standart (sic)." OK. É referência, mas pode parar por aí.

Em segundo lugar, um artigo enciclopédico não precisa e nem deve se limitar a reproduzir ipsis litteris o conteúdo de um manual, qualquer que seja, como se dele emanasse o saber supremo de uma autoridade incontestável. Imagine que até as Sagradas Escrituras comportam interpretações e (pasme o senhor!) opiniões divergentes - o que nem é o caso, aqui. Repare que aquela brevíssima frase, alvo do seu anátema, não contraria o que pontifica "a obra". Até ajuda, modestamente, a tornar o conceito menos rebuscado e confuso. Não vejo onde possa estar "errada".

Em terceiro lugar, o fato de o autor citado não fazer parte do seu repertório não significa que seja um "desconhecido". Por incrível que lhe possa parecer, trata-se de um psiquiatra, psicanalista, membro titular da Sociedade Psicanalítica de Paris, diretor da prestigiosa Revue française de psychanalyse entre 1996 e 2004, autor de inúmeros livros e artigos na sua área de especialidade, com centenas de citações rapidamente verificáveis no Scholar [1] [2]. A tal obra - em que, por acaso, tropecei, "num portal de livros" - foi publicada pela Presses universitaires de France, e pode ser consultada no tal portal, que é do Centre national du livre do ministério da Cultura da França.

É claro que o autor citado está a léguas de distância da psiquiatria americana (como Freud também está), o que, acredito, não o desqualifica, a priori, como fonte. --Yone (discussão) 07h27min de 5 de outubro de 2017 (UTC)[responder]

Como você própria (a muito custo) admite, o DSM é a referência e padrão de critérios de diagnóstico para os médicos e organizações de todo o mundo. Isso torna-o imune a observações e críticas? Claro que não. Se é uma obra consultada por milhões de pessoas é óbvio que haverá críticas, tal como qualquer outra obra por mais fidedigna que seja. Há outra que se aproxime sequer? Não. Os critérios de diagnóstico do DMS são replicados em milhares de guidelines, orientações, recomendações, legislação, etc. Portanto, lamento, mas as definições na Wikipédia dão-se com base nas fontes o mais fidedignas possível. O seu autor pode ter publicado alguns livros, mas não deixa de ser um desconhecido. Por acaso aquele livro é alguma publicação de referência usada por milhões de pessoas como o DSM? Não. Então não há o que comparar ou discutir. JMagalhães (discussão) 12h50min de 5 de outubro de 2017 (UTC)[responder]

Reafirmo que o conceito de referência não foi afetado, não foi contraditado, nada disso; permaneceu lá, impávido colosso. O acréscimo feito apenas explica, sem volteios, o que está acima e é perfeitamente coerente com a definição do Manual. Perceba que tanto o DSM como o autor concordam quanto à ideia central: fobia como descolamento do real. Por isso há espaço para as duas informações: são complementares. Será que isso é tão difícil de entender? --Yone (discussão) 21h45min de 5 de outubro de 2017 (UTC)[responder]

Novamente uma tentativa de forçar um ponto de vista e de introduzir por via da força definições erradas. É maçador.

  1. A definição que está no artigo é a definição do DSM-V. A definição do DSM é a definição usada por praticamente todos os médicos, serviços de saúde e autoridades de saúde do mundo. Na publicação do DSM estão envolvidas milhares de pessoas e corresponde ao estado da arte. Qualquer outra fonte para a definição está a anos-luz de fiabilidade.
  2. A suposta definição "alternativa" introduzida (Citação: É o caráter de perigo irreal que distingue clinicamente a fobia do medo) está manifestamenteerrada. O DSM define fobia como persistência (mais de seis meses) de medo em grau superior ao real perigo de uma situação. Mas o perigo da situação pode existir e ser real. Animais venenosos são perigosos. As quedas de alturas podem causar a morte. Logo, se o perigo pode ser real essa suposta "distinção" é falsa, porque não é verdadeira para todas as fobias. A outra fonte é uma tese de uma aluna de mestrado.
  3. Outro trecho introduzido: Citação: Em psicanálise, a fobia é entendida como sintoma central da histeria de angústia - uma neurose de tipo histérico que converte uma angústia em terror imotivado, frente a um objeto, um ser vivo ou uma situação, que não apresenta, em si, nenhum perigo real. A expressão 'histeria de angústia' (introduzida por Stekel, em seu artigo "Os estados de angústia neurótica e o seu tratamento", de 1908, e depois retomada por Freud) substituiu então a palavra 'fobia', a qual voltaria a ser utilizada pelos sucessores de Freud. Para começar, há aqui detalhes sem nenhuma relevância para o segundo parágrafo de uma introdução, que só servem para baralhar e confundir o leitor. Qual é o propósito de na introduação aparecer a definição de fobia de 1908? Segundo, a definição do artigo deve replicar o conhecimento científicos o mais atual possível. A definição que está atualmente no artigo é do DSM mais recente. A fonte usada para este trecho é um dicionário com 20 anos, quando é mais do que evidente que em 20 anos há um número infindável de revisões de conceitos.
  4. Citação: Segundo Jacques Lacan, "para preencher algo que não se pode resolver no nível da angústia intolerável do sujeito, este não tem outro recurso senão criar para si mesmo um tigre de papel."[6][7] Qual é o cabimento desta frase para uma introdução de um artigo em que se define o tópico? Isto tem zero de objetividade enciclopédica.

A definição do artigo corresponde à definição do DMS, e é a definição usada por praticamente todos os profissionais de saúde em todo o mundo. Não sei que pov-pushing é este que pretende à força introduzir conceitos errados com fontes cada vez mais obscuras ou desatualizadas. Parece que o importante é fazer birrinha e "ganhar" discussões, pouco importando informar corretamente o leitor. JMagalhães (discussão) 09h40min de 9 de outubro de 2017 (UTC)[responder]