Discussão:Machava

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Último comentário: 5 de dezembro de 2009 de Teixant

Texto retirado da página "Machava" e que refere à prisão da Machava e que poderá ser usado num futuro artigo sobre essa prisão.

A uma distância de poucos quilómetros do estádio, ergue-se a prisão da Machava, um grande complexo penitenciário construído em princípios da década de 1950, também pela administração colonial portuguesa, para criminosos de delito comum. Com o advento da guerrilha pró-independência, iniciada pela Frelimo em 1964, a PIDE, polícia política do regime ditatorial então vigente em Portugal, criou uma secção especial no complexo, destinada a opositores políticos e prisioneiros de guerra.

Após a independência de Moçambique, em 1975, o novo governo, sob a direcção da marxista Frelimo, continuou a utilizar para presos políticos esta secção do complexo penitenciário da Machava. Embora as suas infraestruturas de apoio, como a enfermaria, a biblioteca, o cinema ao ar livre, as salas de aula e a capela, se tivessem rapidamente deteriorado e tornado inutilizáveis, a prisão política da Machava continuou a servir o mesmo objectivo de reprimir toda e qualquer oposição ao poder instalado, se bem que, agora, os detidos não fossem já nacionalistas mas aqueles que a Frelimo classificava como «reaccionários». O SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), polícia política criada pelo novo governo moçambicano, utilizava correntemente a tortura e outras formas de tratamento degradante, quer como punição quer como meio para a obtenção de «confissões». A secção política da prisão da Machava servia igualmente de etapa no envio dos presos políticos para os chamados «campos de reeducação», situados em zonas desabitadas do Centro e do Norte de Moçambique, onde muitos morriam de doença, inanição e falta de abrigo. Teixant (discussão) 13h35min de 5 de dezembro de 2009 (UTC)Responder