Discussão:Concordata entre a Santa Sé e Portugal de 1940

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Último comentário: 8 de janeiro de 2021 de JPratas no tópico Por favor detalhar objecções

Por favor detalhar objecções[editar código-fonte]

JMagalhaes Este artigo precisa de ser melhorado. Comecei a trabalhar nele adicionando fontes centrais. Introduzi em linguagem neutra factos muito relevantes (e.g. Encíclica Papal, Crise do Padroado, etc. ). O texto que introduzi está a ser repetidamente eliminado de forma acrítica, sem ser detalhado exactamente quais as objecções, o que torna impossível o avanço. Por favor queira concretizar exactamente que frase, facto ou fonte não tem o seu acordo, ou melhor ainda, rescreva e acresente os factos que pensa estarem em falta. Mas deixe ficar no texto aquilo que não é disputado. JPratas (PhD) (discussão) 10h02min de 5 de janeiro de 2021 (UTC)Responder

Não sei o que é que não ficou claro. Suponho que o objetivo seja criar uma secção de antecedentes da concordata de 1940. Se é assim, faça uma exposição correta que enumere os factos mais relevantes. No caso da Lei de Separação do Estado das Igrejas de 1911 devem ser enumerados os objetivos dessa lei e porque é que foi criada. A lei teve como objetivo a instituição de um Estado secular, determinando o fim da religião de Estado e dos privilégios ds Igreja, a garantia de liberdade de culto, o fim da perseguição religiosa e a transferência para o setor público da educação e da propriedade dos edifícios de culto. São características fundamentais de um estado moderno e presentes em quase todos os países ocidentais. Obviamente, a Igreja Católica reagiu agressivamente ao fim dos privilégios, tendo inclusive o Vaticano cortado relações diplomáticas com a República. Pelo meio, houve algumas escaramuças, em que a população atacou algumas igrejas e revolucionários da Carbonária mais exaltados chegaram a assassinar dois membros da Igreja. Mas isso foram ações isoladas e estiveram mais relacionadas com o apoio à monarquia.
No entanto, a história da carochinha que você tenta contar é um POV gritante e inaceitável que não tem nada a ver com o desenrolar dos acontecimentos e foi buscar uma fonte claramente ressabiada com a questão. Se quer um resumo equilibrado pode começar por aqui. JMagalhães (discussão) 11h09min de 5 de janeiro de 2021 (UTC)Responder

JMagalhães Li com atençao o que você escreveu, que agradeço. Estou de acordo com quase tudo o que diz. Apenas me parece que hoje em Portugal, tal como nos outros países Ocidentais "modernos", contrariamente ao establecido na lei de 1911, não existe proibição de hábitos ou vestes talares fora dos templos, tal como não existe proibição a proibição do ensino religioso nas escolas particulares, etc.. Mas como no essencial estamos de acordo, e como eu já tinha usado a fonte que me sugere que consulte, irei fazer uma nova iteraçao que espero mereça consenso. JPratas (PhD) (discussão) 13h12min de 5 de janeiro de 2021 (UTC)Responder

@JMagalhães:, @JPratas: O anticlericalismo de alguns governos da I República (nomeadamente Teófilo Braga e Afonso Costa) está bem documentado e é hoje consensual entre os historiadores, até entre os de esquerda que apontam esse conflito como uma das causas da queda do regime (as outras foram a instabilidade política e a I Guerra). O objectivo não era um Estado secular ou laico mas sim a prazo acabar com o catolicismo em Portugal. A Igreja Católica deixou de ter personalidade jurídica e de poder ter património, sendo confiscados/nacionalizados todos os bens incluindo catedrais, igrejas e até doações e esmolas dos fiéis, encerrados os conventos e expulsos os frades/freiras, proibição de procissões ou culto fora das igrejas, proibição do ensino religioso, controlo do Estado sobre os seminários, remoção do direito de voto dos membros clero, etc. Vários bispos foram desterrados (proibidos de entrar nas suas dioceses) e demitidos (demissões que a Santa Sé não reconheceu). Um dos pontos principais de conflito entre Lisboa e Roma era precisamente o Governo da época querer a separação da Igreja face ao Estado (o que era legítimo, já se passava em vários países) mas não querer abdicar do poder de nomear e demitir bispos ou do beneplácito do Estado para a publicação das cartas apostólicas vindas de Roma como se passava antes de 1910, o que obviamente era inaceitável para a Santa Sé. Nenhuma destas medidas é consistente com liberdade religiosa, nem existe hoje em qualquer Estado democrático. Na conta final muitos historiadores (incluindo até padres) concluem que após a concordata de 1940 (que devolveu a maioria dos bens, cedeu gratuitamente os monumentos nacionais ao culto católico e revogou as medidas anticlericais anteriores) a Igreja ficou a ganhar com a separação, porque embora tenha perdido alguns privilégios próprios de uma religião oficial, libertou-se definitivamente da interferência do Governo na sua hierarquia e organização interna. Dux Æ 11h11min de 8 de janeiro de 2021 (UTC)Responder

@Dux Praxis:, Antesde mais obrigado pela sua opinião. Eu diria que o texto que menciona os conflitos entre a primeira república e a Santa Sé está bom e enumera os factos princiais. Penso que eu o @JMagalhães: conseguimos chegar a um consenso (que nao é a mesma coisa que compromisso) porque estamos de acordo no essencial. Acho que podemos deixar os factos falarem por si e nao vejo necessidade de abrir uma nova discussão falando sobre as motivaçoes por trás dos factos. Mas, claro, a wikipeida não é estática e Dux Praxis é livre de propôr alteraçoes. Quanto a quem cedeu mais e quem ganhou mais nas negociaçoes da Concordata de 1940, ainda nao cheguei a esse ponto. Talvez durante o fim de semana tenha tempo para desenvolver e completar a parte da negociaçãoJPratas (PhD) (discussão) 20h08min de 8 de janeiro de 2021 (UTC)Responder