Ecdisteróide

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Estrutura química do ecdisteróide ecdisona.

Os ecdisteróides são hormônios esteróides dos artrópodes que são, principalmente, responsáveis pela muda, pelo desenvolvimento e, em menor grau, pela reprodução;[1][2][3] exemplos de ecdisteróides incluem ecdisona, ecdisterona, turkesterona e 2-desoxiecdisona.[4] Esses compostos são sintetizados em artrópodes a partir do metabolismo do colesterol dietético, metabolismo feito pela família Halloween do citocromo P450.[5] Os fitoecdisteróides também aparecem em muitas plantas, principalmente como agentes de proteção (toxinas ou anti-herbivoria) contra insetos herbívoros.[6][7]

A ecdisterona tem sido testada em mamíferos devido ao interesse no seu potencial efeito hipertrófico. Verificou-se que ela aumenta a hipertrofia em ratos em um nível semelhante a alguns esteróides anabólicos androgênicos e SARM S 1.[8] Propõe-se que isso ocorra através do aumento de cálcio, levando à ativação de Akt (proteína quinase B) e à síntese de proteínas nos músculos esqueléticos.[9]

Referências

  1. de Loof A (2006). «Ecdysteroids: the overlooked sex steroids of insects? Males: the black box». Insect Science. 13 (5): 325–338. Bibcode:2006InsSc..13..325D. doi:10.1111/j.1744-7917.2006.00101.x 
  2. Krishnakumaran A, Schneiderman HA (dezembro de 1970). «Control of molting in mandibulate and chelicerate arthropods by ecdysones». The Biological Bulletin. 139 (3): 520–538. JSTOR 1540371. PMID 5494238. doi:10.2307/1540371 
  3. Margam VM, Gelman DB, Palli SR (Junho de 2006). «Ecdysteroid titers and developmental expression of ecdysteroid-regulated genes during metamorphosis of the yellow fever mosquito, Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)». Journal of Insect Physiology. 52 (6): 558–568. PMID 16580015. doi:10.1016/j.jinsphys.2006.02.003 
  4. «Ecdysteroids Information». Examine.com. Consultado em 27 de maio de 2015 
  5. Mykles DL (Novembro de 2011). «Ecdysteroid metabolism in crustaceans». The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology. 127 (3–5): 196–203. PMID 20837145. doi:10.1016/j.jsbmb.2010.09.001 
  6. Dinan L (Junho de 2001). «Phytoecdysteroids: biological aspects». Phytochemistry. 57 (3): 325–339. Bibcode:2001PChem..57..325D. PMID 11393511. doi:10.1016/S0031-9422(01)00078-4 
  7. Dinan L, Savchenko T, Whiting P (Julho de 2001). «On the distribution of phytoecdysteroids in plants». Cellular and Molecular Life Sciences. 58 (8): 1121–1132. PMID 11529504. doi:10.1007/PL00000926 
  8. Parr MK, Botrè F, Naß A, Hengevoss J, Diel P, Wolber G (Junho de 2015). «Ecdysteroids: A novel class of anabolic agents?». Biology of Sport. 32 (2): 169–173. PMC 4447764Acessível livremente. PMID 26060342. doi:10.5604/20831862.1144420 (inativo 31 de janeiro de 2024) 
  9. Gorelick-Feldman J, Cohick W, Raskin I (Outubro de 2010). «Ecdysteroids elicit a rapid Ca2+ flux leading to Akt activation and increased protein synthesis in skeletal muscle cells». Steroids. 75 (10): 632–637. PMC 3815456Acessível livremente. PMID 20363237. doi:10.1016/j.steroids.2010.03.008