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Ectoplasma: diferenças entre revisões

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== Alguns registros ==
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O '''ectoplasma''' é, alegadamente, uma substância fluídica, de aparência diáfana, sutil, que flui do corpo de um [[médium]] apto a produzir fenômenos físicos, principalmente a materialização.
O '''ectoplasma''' é, alegadamente, uma substância fluíridica, de aparência diáfana, sutil,e insana que flui do corpo de um [[médium]] apto a produzir fenômenos físicos, principalmente a materialização.


O pesquisador [[Ernesto Bozzano]], relata em seu livro "Pensamento e Vontade", que a substância ectoplásmica já era bem conhecida pelos [[alquimia|alquimistas]] do século [[XVII]], como [[Paracelso]], que a denominou ''Mysterium Magnum'', e [[Thomas Vaughan]], que a definiu por ''Matéria Prima''. Também o [[polímata]] [[Emanuel Swedenborg]], grande [[espiritualista]] do século [[XVIII]], realizou experimentos com a substância sem empregar o termo ectoplasma, registrou sobre “uma espécie de vapor que lhe saía de todos os poros, um vapor
O pesquisador [[Ernesto Bozzano]], relata em seu livro "Pensamento e Vontade", que a substância ectoplásmica já era bem conhecida pelos [[alquimia|alquimistas]] do século [[XVII]], como [[Paracelso]], que a denominou ''Mysterium Magnum'', e [[Thomas Vaughan]], que a definiu por ''Matéria Prima''. Também o [[polímata]] [[Emanuel Swedenborg]], grande [[espiritualista]] do século [[XVIII]], realizou experimentos com a substância sem empregar o termo ectoplasma, registrou sobre “uma espécie de vapor que lhe saía de todos os poros, um vapor

Revisão das 21h32min de 9 de setembro de 2013

 Nota: Este artigo é sobre um suposto fenômeno parapsíquico. Para outros significados, veja Ectoplasma (desambiguação).
Dr. Albert von Schrenck-Notzing observando o que seria supostamente uma manifestação ectoplásmica feita pela médium Eva Carrière (1912).
Suposta materialização ectoplásmica de um rosto feita pela médium Eva Carriére (1912).

O termo ectoplasma (gr. ektós "por fora" e plasma "molde" ou "substância" que sai de qualquer lugar do corpo), foi introduzido na Parapsicologia pelo fisiologista Charles Richet para designar uma espécie de substância esbranquiçada que pode exteriorizar-se para fora do corpo de determinados médiuns, mais frequentemente pela boca, mas que pode sair por qualquer parte do corpo.[1] É também supostamente sensível a determinados impulsos, se exterioriza visível a partir do corpo de determinados indivíduos com características especiais (sensitivo), permitindo a materialização de formas de corpos humanos distintos daquele de onde saiu ou de formas de membros tais como mãos, rostos e bustos (ectocoloplasmia - formação de apenas partes ou membros do objeto ou coisa materializada). Apesar de existirem muitos registros de atividade ectoplásmica, incluindo matarial fotográfico, sua existência, até o momento, não foi comprovada pelo método científico.

Alguns registros

O ectoplasma é, alegadamente, uma substância fluíridica, de aparência diáfana, sutil,e insana que flui do corpo de um médium apto a produzir fenômenos físicos, principalmente a materialização.

O pesquisador Ernesto Bozzano, relata em seu livro "Pensamento e Vontade", que a substância ectoplásmica já era bem conhecida pelos alquimistas do século XVII, como Paracelso, que a denominou Mysterium Magnum, e Thomas Vaughan, que a definiu por Matéria Prima. Também o polímata Emanuel Swedenborg, grande espiritualista do século XVIII, realizou experimentos com a substância sem empregar o termo ectoplasma, registrou sobre “uma espécie de vapor que lhe saía de todos os poros, um vapor d'água assaz visível, que descia até roçar no tapete”[2].

O criador do termo, C. Richet, Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1913 por descobrir a anafilaxia (uma reação alérgica), dedicou-se a trabalhos com o intuito de descrever experiências sobre os fenômenos de materialização produzidos por Eva Carrière e alguns outros médiuns.[3]

O psiquiatra italiano Enrico Imoda, produziu o livro "Fotografias de Fantasma", com prefácio de C. Richet. Nesse livro, Imoda mostra uma teoria elaborada a partir das experiências de ideoplastia, onde propôs três formas para o ectoplasma: a invisível, a fluídica-visível e a concreta. Posteriormente, o psiquiatra francês Gustave Geley, primeiro diretor do Instituto Metapsíquico Internacional de Paris, alegou nas sessões de materializações que o ectoplasma, ainda na forma invisível, girava em torno das pessoas antes da produção dos fenômenos.

O Professor Geley afirmava que, nestas sessões, que realizou na Europa e nos Estados Unidos junto a outros cientistas, Espíritos, ou "operadores" como Geley os chamava, agiam sobre o cérebro do médium, para provocar a emanação do ectoplasma, que ia se acumulando até que fosse empregado por esses mesmos espíritos para produzirem diversos tipos de fenômenos mediúnicos de efeito físico, tais como a materialização e o poltergeist, infelizmente esses trabalhos realizados no fim do século XIX e início do seculo XX, ocorreram sem o uso concreto do método científico e até hoje a existência do ectoplasma não foi provada por meio de tal método.

O ectoplasma é descrito como um fenômeno natural mediúnico que produz uma substância etérea (semi-material) com a propriedade ou possibilidade de adensar-se até ficar ao alcance dos cinco sentidos humanos, tornando-se visível, tangível e, ainda, sob o influxo da vontade dos espíritos, moldável, assumindo a forma e algumas características de objetos ou seres orgânicos, inclusive corpos humanos completos.

As pesquisas científicas em relação ao ectoplasma foram feitas em proporção relativamente grande até a década de 1920.

Suposta composição

O ectoplasma seria uma substância fria e húmida. As vezes de consistência um pouco viscosa e no geral inodora. Aqui estão listadas alguns relatos de sua composição hipotética:[4]

Outras acepções

O termo ectoplasma, largamente utilizado no cinema em filmes e desenhos animados onde aparecem fantasmas, ganhou certa popularidade, e teria tido acepções não necessariamente condizentes com os conceitos religiosos ou parapsicológicos, nem por isso menos verdadeiro considerando que trata-se de suposição.

É no Espiritismo, consoante seu crescimento ocorrido no Brasil, entretanto, que o vocábulo ganhou definições mais específicas, estabelecendo-se conceitualmente como a substância base para as manifestações físicas decorrentes de supostos fenômenos mediúnicos.

Filmografia

  • "Ectoplasma (O Filme)". Ganem, Frederico (entrevistado); Vieira, Waldo (depoimento); Luna, Mário (edição). Produção: ViaCons Filmes (coprodução TV-Complexis), 2013.
  • "Science and the Seance". Tr: "A Ciência e as Sessões Espíritas". Produção: BBC, 2005.
  • "The Haunting in Connecticut". Tr: "Evocando Espíritos". Produção: Gold Circle Films e Integrated Films & Management, 2009.

Referências

  1. [www.parapsych.org/glossary_e_k.html «Glossary - Key Words Frequently Used in Parapsychology»] Verifique valor |url= (ajuda) (html) (em inglês). The Parapsychological Association. 2009. Consultado em 17 de abril de 2013. Cópia arquivada em 1997. Term introduced into parapsychology by Charles Richet to describe the “exteriorized substance” produced out of the bodies of some physical mediums and from which materializations are sometimes formed. (From the Greek ektos, “outside,” + plasma, “something formed or molded”) 
  2. BOZZANO, Ernesto. Pensamento e vontade. 8 ed. Rio de janeiro: FEB 1991. Pgs. 67 e 68.
  3. Artur Conan Doyle (1960). História do Espiritismo. trad. Júlio de Abreu Filho. [S.l.]: Pensamento 
  4. a b Munari, Luciano Ricardo (2008). «1». In: Margareth R. Fonseca Carvalho. Ectoplasma. Descobertas de um médico psiquiatra 1ª ed. Limeira, SP: Editora do Conhecimento. p. 23 e 24. 164 páginas. ISBN 978-86019-05-4 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas

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