Ato de Supremacia: diferenças entre revisões
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O Ato de Supremacia de novembro de 1534 (26 Hen. 8, c. 1) foi um ato do Parlamento da Inglaterra ao rei Henrique VIII que declara que ele é "o único chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra" e que a Coroa inglesa fala"todas as honras, dignidades, proeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros, e comodidades para a referida dignidade".<sup>[1]</sup> Pela letra da lei, ficou claro que o Parlamento não garantia o título ao Rei, o que sugere que eles tinham o direito de retirá-lo mais tarde, mas afirmava que era um dado adquirido. Henrique foi declarado "Defensor dos Brs" |
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O Ato de Supremacia de Henrique foi revogado no reinado da sua filha católica, Maria I. Igualmente sem surpresa, foi reintegrado pelos protestantes da sua meia-irmã, [[Isabel I da Inglaterra|Isabel I]], quando ela subiu ao trono. Isabel declarou-se Governadora Suprema da [[Igreja da Inglaterra]], e instituiu um [[Juramento de Supremacia]], que exigia que qualquer pessoa ou igreja, jurasse fidelidade ao monarca como Chefe da Igreja e do Estado, em gabinete público. Qualquer pessoa ou entidade que se recussasse a tomar o juramento poderia ser acusado de traição.<ref>1</ref> A utilização do termo [[Governador Supremo da Igreja de Inglaterra|Governador Supremo]], em vez de [[Chefe Supremo]], pacificou os católicos e os protestantes preocupados com uma líder feminina da Igreja da Inglaterra. Isabel, que foi uma [[política]], não perseguiu os leigos não-conformistas, ou seja, aqueles que não seguiam as regras estabelecidas da Igreja da Inglaterra, se as suas ações não prejudicassem diretamente a autoridade do monarca inglês, como foi o caso da [[polémica das vestimentas]]. |
O Ato de Supremacia de Henrique foi revogado no reinado da sua filha católica, Maria I. Igualmente sem surpresa, foi reintegrado pelos protestantes da sua meia-irmã, [[Isabel I da Inglaterra|Isabel I]], quando ela subiu ao trono. Isabel declarou-se Governadora Suprema da [[Igreja da Inglaterra]], e instituiu um [[Juramento de Supremacia]], que exigia que qualquer pessoa ou igreja, jurasse fidelidade ao monarca como Chefe da Igreja e do Estado, em gabinete público. Qualquer pessoa ou entidade que se recussasse a tomar o juramento poderia ser acusado de traição.<ref>1</ref> A utilização do termo [[Governador Supremo da Igreja de Inglaterra|Governador Supremo]], em vez de [[Chefe Supremo]], pacificou os católicos e os protestantes preocupados com uma líder feminina da Igreja da Inglaterra. Isabel, que foi uma [[política]], não perseguiu os leigos não-conformistas, ou seja, aqueles que não seguiam as regras estabelecidas da Igreja da Inglaterra, se as suas ações não prejudicassem diretamente a autoridade do monarca inglês, como foi o caso da [[polémica das vestimentas]]. |
Revisão das 14h11min de 20 de julho de 2016
O primeiro Ato de Supremacia (em inglês: Act of Supremacy) foi criado pelo rei Henrique VIII de Inglaterra concede Real Supremacia (Royal Supremacy) à autoridade legal do Monarca do Reino Unido. A Real Supremacia é especificamente utilizada para descrever a soberania jurídica das leis civis sobre as leis da Igreja na Inglaterra.
Primeiro Ato de Supremacia de 1534
O Ato de Supremacia de novembro de 1534 (26 Hen. 8, c. 1) foi um ato do Parlamento da Inglaterra ao rei Henrique VIII que declara que ele é "o único chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra" e que a Coroa inglesa fala"todas as honras, dignidades, proeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros, e comodidades para a referida dignidade".[1] Pela letra da lei, ficou claro que o Parlamento não garantia o título ao Rei, o que sugere que eles tinham o direito de retirá-lo mais tarde, mas afirmava que era um dado adquirido. Henrique foi declarado "Defensor dos Brs"
O Ato de Supremacia de Henrique foi revogado no reinado da sua filha católica, Maria I. Igualmente sem surpresa, foi reintegrado pelos protestantes da sua meia-irmã, Isabel I, quando ela subiu ao trono. Isabel declarou-se Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra, e instituiu um Juramento de Supremacia, que exigia que qualquer pessoa ou igreja, jurasse fidelidade ao monarca como Chefe da Igreja e do Estado, em gabinete público. Qualquer pessoa ou entidade que se recussasse a tomar o juramento poderia ser acusado de traição.[1] A utilização do termo Governador Supremo, em vez de Chefe Supremo, pacificou os católicos e os protestantes preocupados com uma líder feminina da Igreja da Inglaterra. Isabel, que foi uma política, não perseguiu os leigos não-conformistas, ou seja, aqueles que não seguiam as regras estabelecidas da Igreja da Inglaterra, se as suas ações não prejudicassem diretamente a autoridade do monarca inglês, como foi o caso da polémica das vestimentas.
A consolidação da Igreja e do Estado ao abrigo da Real Supremacia, tal como estabelecido pelos Tudors, instigou lutas políticas e religiosas nos séculos seguintes. Esta contenda, juntamente com outras lutas na Europa, é uma razão, para a separação constitucional da Igreja e do Estado em muitos países neste momento. No Reino Unido, no entanto, a Coroa, através do Governo, ainda conserva uma participação significativa na estabelecida Igreja da Inglaterra.
Referências
- ↑ 1