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Carlos de Liz Teixeira Branquinho: diferenças entre revisões

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Em 2011, decorridos quase 70 anos sobre os actos heroicos de 1944, as autoridades húngaras homenagearam a acção de Branquinho, descerrando uma placa com o seu nome e o de Sampaio Garrido. A placa foi colocada na parede exterior do antigo Grand Hotel Dunapalota-Ritz, onde então se localizava a Legação Portuguesa.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.publico.pt/politica/noticia/hungria-homenageia-diplomatas-portugueses-que-salvaram-judeus-na-ii-guerra-mundial-1489565 |título=Hungria homenageia diplomatas portugueses que salvaram judeus na II Guerra Mundial|nome=Lusa |sobrenome= |jornal= Público|data=13 de Abril de 2011|acessadoem=7 de Abril 2015}}</ref>
Em 2011, decorridos quase 70 anos sobre os actos heroicos de 1944, as autoridades húngaras homenagearam a acção de Branquinho, descerrando uma placa com o seu nome e o de Sampaio Garrido. A placa foi colocada na parede exterior do antigo Grand Hotel Dunapalota-Ritz, onde então se localizava a Legação Portuguesa.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.publico.pt/politica/noticia/hungria-homenageia-diplomatas-portugueses-que-salvaram-judeus-na-ii-guerra-mundial-1489565 |título=Hungria homenageia diplomatas portugueses que salvaram judeus na II Guerra Mundial|nome=Lusa |sobrenome= |jornal= Público|data=13 de Abril de 2011|acessadoem=7 de Abril 2015}}</ref>


Também em Budapeste, nas traseiras da Sinagoga Dohány, junto à Árvore da Vida, está erigido um memorial que recorda o Holocausto, e faz homenagem a todos aqueles que ajudaram a salvar Judeus. Numa das pedras está gravado o nome do diplomata português, Carlos de Liz-Teixeira Branquinho, juntamente com o de outros diplomatas, como [[Raoul Wallenberg]] e Carl Lutz. Mais tarde, o nome de Sampaio Garrido também veio a ser gravado nesta placa.
Também em Budapeste, nas traseiras da Sinagoga Dohány, junto à Árvore da Vida, está erigido um memorial que recorda o Holocausto, e faz homenagem a todos aqueles que ajudaram a salvar Judeus. Numa das pedras está gravado o nome do diplomata português, Carlos de Liz-Teixeira Branquinho, juntamente com o de outros diplomatas, como [[Raoul Wallenberg]], Angel Sanz Briz e Carl Lutz. Mais tarde, o nome de Sampaio Garrido também veio a ser gravado nesta placa.


== Condecorações ==
== Condecorações ==

Revisão das 19h42min de 8 de maio de 2017

Alberto Carlos de Liz Teixeira Branquinho
Nascimento 27 de janeiro de 1902
Morte 1973 (71 anos)
Viseu
Nacionalidade Portugal português
Ocupação Embaixador
Placa Comemorativa dos feitos de Sampaio Garrido e Carlos Branquinho, (Budapest, District XIII, Újpesti Quay Nr 5).

Alberto Carlos de Liz Teixeira (ou Liz-Teixeira) Branquinho (Portugal, 27 de Janeiro de 1902 - Viseu, 1973) foi um diplomata português que, enquanto Encarregado de Negócios em Budapeste em 1944, salvou cerca de 1,000 judeus do holocausto.

Vida

Lápide na Sinagoga de Budapeste onde o nome de Branquinho aparece junto do Raoul Wallenberg e Carl Lutz

Frequentou o Colégio Militar entre 1912 e 1919. Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pela Universidade Técnica de Lisboa ingressou no quadro diplomático em 1930. Ocupou diversos postos, nomeadamente, no Rio de Janeiro, Pequim e Xangai.

Em Março de 1944 as tropas alemãs ocupam a Hungria e instalam um novo governo, mais subserviente, chefiado por Dome Sztojay. As perseguições ao judeus intensificam-se dando-se início a confisco de bens, uso obrigatório da estrela amarela e encerramento em guetos. Nessa altura, diplomatas dos países neutros, como Portugal, Espanha (Giorgio Perlasca ), Suécia (Raoul Wallenberg), Suíça (Carl Lutz) e o Vaticano (Angelo Rotta), começaram a acolher milhares de judeus perseguidos. No dia 23 de Abril de 1944, respondendo a um pedido dos aliados para reduzir o nível de representação diplomática em Budapeste, Salazar chama o Embaixador Carlos Sampaio Garrido deixando no seu lugar o Encarregado de Negócios, Teixeira Branquinho.[1]

Branquinho obteve então de Salazar a autorização para atribuir passaportes portugueses a judeus húngaros, que provassem ter tido nos últimos anos “quaisquer espécie de relações morais, intelectuais ou comerciais com Portugal ou com o Brasil” (país que Portugal representava diplomaticamente). Ao todo, com autorização de Salazar, Branquinho emitiu cerca de 1,000 documentos de protecção, dos quais 700 passaportes provisórios sem indicação de nacionalidade portuguesa, conforme exigência de Salazar para que, mais tarde, a não pudessem reclamar.[2]

Mais tarde Branquinho foi colocado em Washington (1945), em Caracas (1945), Jacarta (1950), Madrid (1951), Paris (1955), Ankara (1957) com credenciais de Embaixador e Haia (1964) também na qualidade de Embaixador.

Em 2011, decorridos quase 70 anos sobre os actos heroicos de 1944, as autoridades húngaras homenagearam a acção de Branquinho, descerrando uma placa com o seu nome e o de Sampaio Garrido. A placa foi colocada na parede exterior do antigo Grand Hotel Dunapalota-Ritz, onde então se localizava a Legação Portuguesa.[3]

Também em Budapeste, nas traseiras da Sinagoga Dohány, junto à Árvore da Vida, está erigido um memorial que recorda o Holocausto, e faz homenagem a todos aqueles que ajudaram a salvar Judeus. Numa das pedras está gravado o nome do diplomata português, Carlos de Liz-Teixeira Branquinho, juntamente com o de outros diplomatas, como Raoul Wallenberg, Angel Sanz Briz e Carl Lutz. Mais tarde, o nome de Sampaio Garrido também veio a ser gravado nesta placa.

Condecorações

  • Oficial da Ordem Militar de Cristo; cruz de benemerência da Cruz Vermelha Portuguesa;
  • Grã-cruz da Ordem Orange-Nassau, dos Países Baixos;
  • Grande Oficial da Ordem de Isabel, a Católica, de Espanha;
  • Grande Oficial do Mérito Civil, de Espanha;
  • Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul, do Brasil;
  • Comendador da Ordem do Libertador, da Venezuela.

Bibliografia

Fontes Primárias

Fontes Secundárias Académicas

  • Meneses, Filipe Ribeiro (2010). Salazar , Biografia Política 1 ed. Portugal: Dom Quixote. 324 páginas. ISBN 9789722040051 
  • Milgram, Avraham (1999). «Portugal, the Consuls, and the Jewish Refugees, 1938-1941» (PDF) (em Ingles). Shoah Resource Center, The International School for Holocaust Studies. Consultado em 14 de Abril de 2014 
  • Milgram, Avraham (2011). Portugal, Salazar, and the Jews (em Ingles) 1 ed. Israel: Yad Vashem Publications. 324 páginas. ISBN 9653083872 
  • Pimentel, Irene Flunser (2006). Judeus em Portugal Durante a II Guerra Mundial 1 ed. Portugal: Esfera dos Livros. 432 páginas. ISBN 9896260133 
  • Paldiel, Mordecai (2007). Diplomat Heroes of the Holocaust (em inglês) 1 ed. Jersey City, EUA: Ktav Pub Inc. pp. 207–208. ISBN 9780881259094 
  • Pimentel, Irene Flunser; Ninhos,Cláudia (2013). Salazar, Portugal e o Holocausto 1 ed. Portugal: Temas e Debates. 908 páginas. ISBN 9789896442217 

Fontes Secundárias, Outras

Referências

  1. Milgram 2011, pp. 264.
  2. Pimentel 2006, pp. 343-350.
  3. «Hungria homenageia diplomatas portugueses que salvaram judeus na II Guerra Mundial». Público. 13 de Abril de 2011. Consultado em 7 de Abril 2015  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)