Cabo Não: diferenças entre revisões

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O '''Cabo Não''' o '''Cabo do Não''', actual '''Cabo Chaunar''' é um [[Cabo (geografia)|cabo]] situado na costa atlântica de [[África]], no sul de [[Marrocos]], entre [[Tarfaya]] e [[Sidi Ifni]]. Até ao século XV era considerado intransponível por europeus e árabes, originando o seu nome.
O '''Cabo Não''' o '''Cabo do Não''', actual '''Cabo Chaunar''' é um [[Cabo (geografia)|cabo]] situado na costa atlântica de [[África]], no sul de [[Marrocos]], entre [[Tarfaya]] e [[Sidi Ifni]]. Até ao século XV era considerado intransponível por europeus e árabes, originando o seu nome.


Os navegadores [[República de Génova|genoveses]] do século XIII, [[Vandino e Ugolino Vivaldi]] poderão ter navegado até este cabo antes de se perderem no mar. Foi chamado ''"Cabo Não"'', ''"cabo Non"'' ou ''"Nam"'' pelos navegadores Portugueses do século XV, por ser considerado o ''non plus ultra'' além do qual a navegação seria impossível. "Quem o passa tornará ou não" escreveu o navegador italiano [[Alvise Cadamosto]] em "Navigazione"<ref>Rodrigues, Jorge Nascimento, Tessaleno Devezas, [http://books.google.com/books?id=w41UcD6ImZYC&lpg=1 "Portugal: o pioneiro da globalização: a Herança das descobertas"], p. 91, Centro Atlantico, 2009, ISBN 989-615-077-X</ref>
Os navegadores [[República de Génova|genoveses]] do século XIII, [[Vandino e Ugolino Vivaldi]] poderão ter navegado até este cabo antes de se perderem no mar. Foi chamado ''"Cabo Não"'', ''"cabo Non"'' ou ''"Nam"'' pelos navegadores Portugueses do século XV, por ser considerado o ''non plus ultra'' além do qual a navegação seria impossível. "Quem o passa tornará ou não" escreveu o navegador italiano [[Alvise Cadamosto]] em "Navigazione".<ref>Rodrigues, Jorge Nascimento, Tessaleno Devezas, [http://books.google.com/books?id=w41UcD6ImZYC&lpg=1 "Portugal: o pioneiro da globalização: a Herança das descobertas"], p. 91, Centro Atlantico, 2009, ISBN 989-615-077-X</ref>


Desde 1417 navios exploradores são enviados pelo [[Infante D. Henrique]] que viajou 180 milhas para além do Cabo Não até ao [[Cabo Bojador]], então considerado o limite sul do mundo, que se estendia pelo ''"mar tenebroso"<ref>William D'Hertburn, ''Progress and Prosperity: The Old World and Its Remaking Into the New'', 1911</ref>''(do latim ''Mare Tenebrarum'' ou ''Mare Tenebrosum'', ''Bahr al-Zulumat'' em ''árabe'', o nome medieval por que era conhecido o [[Oceano Atlântico]], inacessível aos marinheiros da época.
Desde 1417 navios exploradores são enviados pelo [[Infante D. Henrique]] que viajou 180 milhas para além do Cabo Não até ao [[Cabo Bojador]], então considerado o limite sul do mundo, que se estendia pelo ''"mar tenebroso"<ref>William D'Hertburn, ''Progress and Prosperity: The Old World and Its Remaking Into the New'', 1911</ref>'' (do latim ''Mare Tenebrarum'' ou ''Mare Tenebrosum'', ''Bahr al-Zulumat'' em árabe, o nome medieval por que era conhecido o [[Oceano Atlântico]], inacessível aos marinheiros da época.


== Referências ==
== Referências ==

Revisão das 17h03min de 16 de setembro de 2010

mapa de Marrocos

O Cabo Não o Cabo do Não, actual Cabo Chaunar é um cabo situado na costa atlântica de África, no sul de Marrocos, entre Tarfaya e Sidi Ifni. Até ao século XV era considerado intransponível por europeus e árabes, originando o seu nome.

Os navegadores genoveses do século XIII, Vandino e Ugolino Vivaldi poderão ter navegado até este cabo antes de se perderem no mar. Foi chamado "Cabo Não", "cabo Non" ou "Nam" pelos navegadores Portugueses do século XV, por ser considerado o non plus ultra além do qual a navegação seria impossível. "Quem o passa tornará ou não" escreveu o navegador italiano Alvise Cadamosto em "Navigazione".[1]

Desde 1417 navios exploradores são enviados pelo Infante D. Henrique que viajou 180 milhas para além do Cabo Não até ao Cabo Bojador, então considerado o limite sul do mundo, que se estendia pelo "mar tenebroso"[2] (do latim Mare Tenebrarum ou Mare Tenebrosum, Bahr al-Zulumat em árabe, o nome medieval por que era conhecido o Oceano Atlântico, inacessível aos marinheiros da época.

Referências

  1. Rodrigues, Jorge Nascimento, Tessaleno Devezas, "Portugal: o pioneiro da globalização: a Herança das descobertas", p. 91, Centro Atlantico, 2009, ISBN 989-615-077-X
  2. William D'Hertburn, Progress and Prosperity: The Old World and Its Remaking Into the New, 1911

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