Amélio da Toscana: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h44min de 13 de janeiro de 2013

Amélio da Toscana (em grego clássico: Ἀμέλιος), cujo nome de família era Gentilianus, foi um filósofo neoplatónico e escritor da segunda parte do século III. Era nativo da Toscana.[1]

Originalmente um estudante das obras de Numénio de Apameia, ele começou a assistir as lições de Plótino, no terceiro ano da estadia de Plótino na cidade de Roma,[2] não o tendo deixado até ao fim da sua vida, quando se retirou para Apameia, na Síria, o lugar nativo de Numénio.[3][4] Ele é erroneamente chamado de Apameos pela Suda.

Amélio (Amelius) não era o seu nome original; parece tê-lo escolhido para expressar desprezo para com as coisas mundanas. A palavraἀμέλεια (ameleia) signigica negligência em grego. Porfírio relatou na Vida de Plótino que Amélio preferia chamar a si próprio Amerius, trocando o L pelo R, porque, como explicava, se servia melhor o nome de Amereia (unificação) que o Ameleia (indiferença).[1]

Amélio lia e escrevia de maneira voraz, memorizando praticamente todos os ensinamentos de Numénio, e de acordo com Porfírio, escreveu mais de 100 volumes de dizeres e comentários. Plótino considerava Amélio um dos seus mais distintos discípulos. Foi Amélio que convenceu Porfírio sobre a verdade da doutrina de Plótino,[5] tendo-se juntado a ele nos esforços para induzir Plótino a passar as suas doutrinas para a escrita, esforços esses com sucesso.[6]

A sua principal obra foi um tratado em 40 livros argumentando contra a ideia de que Numénio fosse considerado o autor original das doutrina de Plótino.[7] Amélio é também citado por Eusébio e outros, como tendo expresso a aprovação da definição de logos do Evangelho de São João.[8][9][10][11][12][13]

Referências

  1. a b Porfírio, Vit. Plotin. 7
  2. Porfírio, Vit. Plotin. 3
  3. Porfírio, Vit. Plotin. 2.
  4. Smith, William (1867). «Amelius». In: William Smith. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. 1. Boston: Little, Brown and Company. 142 páginas 
  5. Porfírio, Vit. Plotin. 18
  6. Porfírio, Vit. Plotin. 5
  7. Porfírio, Vit. Plotin. 16-18
  8. Eusébio, Praeparatio evangelica xi. 19
  9. Theod. Gr. affect. ii.
  10. Cyrill. c. Julian. viii.
  11. Syrian, xii. Metaphys. p. 47, a. 61, b. 69, a. 88, a.
  12. Bentley, Remarks on Free-Thinking, p. 182, &c., Lond. 1743
  13. Johann Albert Fabricius, Bibliotheca Graeca iii. p. 160