Agência de classificação de risco de crédito: diferenças entre revisões

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==== Sites de agências de classificação de risco de crédito ====
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Revisão das 19h46min de 21 de março de 2013

Uma agência de classificação de risco de crédito (do inglês credit rating agency) ou, mais simplesmente, agência de classificação de risco,[nota 1] denominada, em Portugal, agência de notação financeira[8][9][10][11] ou agência de notação de risco[12], é uma empresa que, por conta de um ou vários clientes, qualifica determinados produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de governos ou países), avalia, atribui notas e classifica esses países, governos ou empresas, segundo o grau de risco de que não paguem suas dívidas no prazo fixado. Quando esse risco de inadimplência se refere a operações de crédito concedido a um Estados soberano ou ao seu Banco Central, é chamado risco soberano. Quando o risco se refere contratos de crédito firmados com a totalidade dos agentes (públicos, incluindo entidades infranacionais e não soberanas, ou privados) de um país, utiliza-se a expressão risco país.[13]

Cada agência de classificação de risco possui uma taxonomia própria. Quanto maior for a probabilidade de moratória do agente, pior será a sua nota ou a sua classificação. Geralmente, utiliza-se a escala A, B, C, D. Na escala da Standard & Poor's e da Fitch, a melhor classificação é AAA; a pior é D. Já na escala da Moody's, a melhor classificação é Aaa; a pior é C. Notas acima de BBB- ou Baa3 dão ao agente o grau de investimento, enquanto que os classificados abaixo dessa nota recebem o grau de especulação.[13]

História

Esse tipo de atividade começa a existir em meados do século XIX, nos Estados Unidos, quando algumas empresas forneciam aos comerciantes informações sobre a solvabilidade dos seus clientes, avaliando a capacidade desses cliente para honrar os pagamentos devidos em uma determinada obrigação financeira, tendo em vista a qualidade dos fiadores.[14] [15]

Historicamente, as primeiras agências de classificação de risco foram Fitch Ratings, Moody's e Standard & Poor's. Essas agências operam, sob remuneração, por solicitação de empresas e eventualmente de estados que desejam ser classificados, mas com independência em relação aos solicitantes.

Funcionamento

As agências atribuem as notas de risco de crédito não apenas a estados nacionais, mas também entidades subnacionais e empresas, especialmente bancos. O objetivo da classificação é mostrar a capacidade de pagamento de dívidas (valor total e juros) no prazo prometido - ou seja, mostrar a capacidade de o emissor cumprir seu contrato no prazo prometido.

As agências classificam tanto um devedor, quanto um título específico. Eventualmente, a depender das garantias ou cláusulas contratuais, um determinado título pode ser mais garantido do que o patrimônio do emissor, no seu conjunto. Nesse caso, a classificação do título pode superar a classificação do emissor.

Essas agências também atribuem notas aos chamados produtos financeiros estruturados (ou simplesmente "produtos estruturados"), que são derivativos de crédito ou títulos oriundos da securitização de créditos concedidos por bancos comerciais (incluindo hipotecas residenciais securitizadas), combinados com algum tipo de derivativo. Em meados de junho de 2007, por exemplo, diante de rumores de que dois hedge funds, geridos pelo Bear Stearns, cujos ativos eram garantidos por hipotecas subprimes, haviam sofrido perdas e que o banco tinha vendido USD 3,8 bilhões em bônus para fazer frente à reposição de garantias, as agências de classificação de risco começaram a rebaixar as notas de inúmeros títulos garantidos por hipotecas residenciais, tais como os RMBS (Residential-Mortgage-Backed Securities), e títulos estruturados de múltiplas tranches, como a CDO (Collateralized debt obligation).[16]

Críticas

A grande crítica às agências de classificação de risco reside no fato de os clientes das agências - ou seja, os responsáveis pelo faturamento delas - serem exatamente os países, municípios, bancos e empresas. Ou seja, a empresa ou ente público paga à agência de classificação para que esta faça a avaliação de sua capacidade de pagamento. A pedido da empresa contratante, a classificação pode manter-se confidencial - quando, por exemplo, a empresa contratante entende que a classificação atribuída ficou aquém de suas expectativas. Para que a classificação se torne pública, a empresa contratante deve autorizar formalmente a publicação. Todavia, a qualquer momento, a classificação pode ser revista e alterada - tanto para cima (upgrade) como para baixo (downgrade) -, caso a avaliação do risco de crédito atribuído à empresa ou ente público se modifique. [carece de fontes?]

Notas

  1. Outras denominações usadas no Brasil incluem: agência de notas de crédito[1][2], agência de rating ,[3][4] agência de análise[5] ou de avaliação de risco,[6] ou de avaliação de risco de crédito.[7]

Referências

  1. UOL Economia - Bovespa salta 6,3% e alcança recorde histórico após Brasil obter grau de investimento
  2. Veja - Em grau de investimento, caem as barreiras ao país
  3. Público (27 de janeiro de 2010). «Agência de "rating" Fitch não se entusiasma com OE de Teixeira dos Santos». Público 
  4. LOPES, Bruno Faria; RIBEIRO, Luís Reis (23 de dezembro de 2009). «Agências de rating. As três irmãs privadas que dizem quanto vale Portugal». i online 
  5. LIMA, Luciana (29 de maio de 2008). «Mais uma agência internacional melhora classificação de risco do país». Agência Brasil 
  6. Folha Online, Reuters (27 de maio de 2009). «Agência de avaliação de risco mantém nota máxima de crédito dos EUA». Folha Online 
  7. MADEIRA, Paulo Miguel (13 de janeiro de 2010). «Moodys considera que economia portuguesa enfrenta risco de "morte lenta"». Público 
  8. MATOS, Ana (10 de janeiro de 2005). «Ainda o "rating"». Ciberdúvidas 
  9. PINTO, Luísa (28 de janeiro de 2010). «Agências de notação financeira cautelosas nas apreciações sobre Portugal». Público 
  10. Nunes, Diogo (9 de fevereiro de 2010). «Risco de incumprimento nas obrigações portuguesas é "próximo de zero" - Fitch Ratings». Lusa 
  11. LOURO, A. Tavares; MATOS, Ana (10 de janeiro de 2005). «Ainda o rating». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 12 de julho de 2011 
  12. Lusa (2 de fevereiro de 2010). «BE defende criação de agência de notação de risco europeia». RTP 
  13. a b Risco-Soberano e Prêmios de Risco em Economias Emergentes, por Otaviano Canuto e Pablo Fonseca P. dos Santos. Série Temas de Economia Internacional. Ministério da Fazenda. Secretaria de Assuntos Internacionais. Brasília, outubro de 2003, p.16.
  14. Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Compedium on Debt, Sustainability and Development. Chapter VIII. "Credit Rating Agencies and their potential impact on developing countries". United Nations. Nova York e Genebra, 2009.
  15. FEIO, Diogo e CARNEIRO, Beatriz Soares, O Poder das Agências, matéria prima editores, Lisboa 2012.
  16. A arquitetura do sistema financeiro internacional contemporâneo, por Maryse Farhi e Marcos Antonio Macedo Cintra. Revista de Economia Política, vol. 29 n° 3. São Paulo, julho-setembro de 2009. ISSN 0101-3157.

Ver também

Ligações externas

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