Alfredo Kobal: diferenças entre revisões
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'''Alfredo Cristóvão Kobal''', nascido '''Alfred Krištof Kobal''', ([[Celje]], [[Eslovênia]], [[Ca.|c.]] [[1892]] — [[Miradouro (Minas Gerais)|Miradouro de Minas Gerais]], [[21 de setembro]] de [[1947]]<ref name="obituario">{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20121015174917/http://www.dioceseleopoldina.com/necrologico.php|título=Necrológico - Lista de Sacerdotes|publicado=Diocese Leopoldina|acessodata=20 de junho de 2012}}</ref>) foi um religioso [[Eslováquia|esloveno]] radicado no [[Brasil]]. |
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===Imigração Para o Brasil=== |
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Acabada a guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a [[Europa]], assim como muitas outras pessoas, passando pela [[Itália]], e de lá seguindo para o Brasil. |
Acabada a guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a [[Europa]], assim como muitas outras pessoas, passando pela [[Itália]], e de lá seguindo para o Brasil.Em 1920 toma o vapor Principe di Udine, na cidade de Gênova, desembarcando no [[porto de Santos]]<ref name="biogra" /><ref>{{citar web|url=http://www.museudaimigracao.org.br/acervodigital/upload/listas/BR_APESP_MI_LP_010699.pdf|título=Lista geral de passageiros|publicado=Museu da Imigração|acessodata=25 de setembro de 2013}}</ref> no dia 8 de junho do mesmo ano<ref group="Nota">Padre Alfredo consta como o número 173 na lista de passageiros, tendo se identificado como Cristóforo Kobal, sacerdote, 28 anos</ref>. Pouco depois se encaminha para a cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, o comerciante e madeireiro João Kobal. |
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Já em meados da década de 1920, desembarca no [[porto de Santos]]<ref name="biogra" />, e logo depois se encaminha para a cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, Jozef Kobal, onde iria conviver com pessoas do mais alto gabarito social brasileiro, inclusive com o fundador do jornal [[O Estado de São Paulo]], [[Júlio Mesquita]]. |
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===Legado=== |
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Em 1925 é nomeado pelo bispo da [[Campanha (Minas Gerais)|Campanha]], D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de [[São Gonçalo do Sapucaí]], sul de [[Minas Gerais]]<ref>{{Citar livro|nome=Celeste|sobrenome=Noviello |título=Minha Terra|editora=Excelsior Gráfica e Editora|local=[[Três Corações]]|ano=1995}}</ref>. Desempenha este cargo até [[1927]], quando é enviado a [[Lambari (Minas Gerais)|Lambari]]. Em 1930, é mandado a [[Virgínia (Minas Gerais)|Virgínia]], e aí permaneceria até a [[Revolução Constitucionalista de 1932]], quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no ''front'', na Região do Túnel, em [[Passa Quatro]]. |
Em 1925 é nomeado pelo bispo da [[Campanha (Minas Gerais)|Campanha]], D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de [[São Gonçalo do Sapucaí]], sul de [[Minas Gerais]]<ref>{{Citar livro|nome=Celeste|sobrenome=Noviello |título=Minha Terra|editora=Excelsior Gráfica e Editora|local=[[Três Corações]]|ano=1995}}</ref>. Desempenha este cargo até [[1927]], quando é enviado a [[Lambari (Minas Gerais)|Lambari]]. Em 1930, é mandado a [[Virgínia (Minas Gerais)|Virgínia]], e aí permaneceria até a [[Revolução Constitucionalista de 1932]], quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no ''front'', na Região do Túnel, em [[Passa Quatro]]<ref name="sacerdo" />. |
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Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira e futuro [[Presidente da República]], [[Juscelino Kubitschek de Oliveira]], o qual se torna seu grande amigo<ref>{{citar web|url=http://jk.globo.com/Series/JK/Personagem/0,,PS434-5085,00.html|título=Padre Kobal|publicado=Portal da Minissérie JK - Rede Globo|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref>. Aí também se tornou amigo de [[Benedito Valadares]], que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais. |
Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira e futuro [[Presidente da República]], [[Juscelino Kubitschek de Oliveira]], o qual se torna seu grande amigo<ref>{{citar web|url=http://jk.globo.com/Series/JK/Personagem/0,,PS434-5085,00.html|título=Padre Kobal|publicado=Portal da Minissérie JK - Rede Globo|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref>. Aí também se tornou amigo de [[Benedito Valadares]]<ref name="sacerdo" />, que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais. |
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===Últimos Anos de Vida e Morte=== |
===Últimos Anos de Vida e Morte=== |
Revisão das 05h32min de 25 de setembro de 2013
Padre Alfredo Kobal | |
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Padre Alfredo Kobal no sepultamento do Coronel Fulgêncio em Minas Gerais durante a Revolução de 1932. | |
Nome completo | Alfredo Cristóvão Kobal |
Nascimento | c. 1892 Celje, Eslovênia |
Morte | 21 de setembro de 1947 Miradouro, Minas Gerais |
Nacionalidade | esloveno |
Ocupação | religioso |
Alfredo Cristóvão Kobal, nascido Alfred Krištof Kobal, (Celje, Eslovênia, c. 1892 — Miradouro de Minas Gerais, 21 de setembro de 1947[1]) foi um religioso esloveno radicado no Brasil.
Biografia
Nascimento e Primeiros Anos
Nasceu na cidade de Celje, região da Estíria, na Eslovênia, época em que a região ainda compunha parte do Império Austro-Húngaro[Nota 1]. Era filho de Marko Kobal, oficial da Cavalaria Austríaca, natural da Eslovênia italiana, cidade de Gorizia, e Anna Heger, checa, natural de Vessely, na província da Morávia. Todos os filhos do casal, inclusive Padre Alfredo, seguiram a carreira esclesiástica[2].
Quando ainda jovem, se alistou e serviu o Exército Austríaco, quando a explosão da Primeira Guerra Mundial, foi convocado para o fronte. Desempenhava o cargo de chefe do Regimento 127 da Infantaria Austríaca, e também desempenhou a guarda do imperador Francisco José I[3]. Seriamente atingido por um estilhaço de granada no braço direito, foi acometido de uma gangrena, que o levaria a amputar o mesmo braço[2]. Católico como era, fez a promessa que se se salvasse de tal mal, devotaria sua vida ao Serviço Divino.
Curado da ferida no braço direito, já dispensado do Exército, entrou para a Escola de Teologia da Gorizia, na Itália, onde mais tarde seria ordenado Padre Capuchinho. Já ordenado sacerdote, ainda foi nomeado durante a Guerra como Capelão Capitão da Cavalaria Austríaca. Ainda desempenhou em Europa, durante a Guerra, o cargo de Provincial por Schwamberg, na Áustria.
Imigração Para o Brasil
Acabada a guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a Europa, assim como muitas outras pessoas, passando pela Itália, e de lá seguindo para o Brasil.Em 1920 toma o vapor Principe di Udine, na cidade de Gênova, desembarcando no porto de Santos[3][4] no dia 8 de junho do mesmo ano[Nota 2]. Pouco depois se encaminha para a cidade de São Paulo, onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, o comerciante e madeireiro João Kobal.
Legado
Em 1925 é nomeado pelo bispo da Campanha, D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de São Gonçalo do Sapucaí, sul de Minas Gerais[5]. Desempenha este cargo até 1927, quando é enviado a Lambari. Em 1930, é mandado a Virgínia, e aí permaneceria até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no front, na Região do Túnel, em Passa Quatro[2]. Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira e futuro Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o qual se torna seu grande amigo[6]. Aí também se tornou amigo de Benedito Valadares[2], que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais.
Últimos Anos de Vida e Morte
Com o fim da revolução, vai para Belo Horizonte, onde ainda viria tomar por frente a Paróquia de Santa Efigênia. Seus últimos trabalhos eclesiásticos foram em Muriaé, no Estado de Minas, e finalmente Miradouro, onde morreu[1].
Notas
- ↑ Algumas citações biográficas atribuem a Padre Alfredo a nacionalidade austríaca por politicamente esta região ser pertencente ao Império Austro-Húngaro, antes de sua dissolução.
- ↑ Padre Alfredo consta como o número 173 na lista de passageiros, tendo se identificado como Cristóforo Kobal, sacerdote, 28 anos
Referências
- ↑ a b «Necrológico - Lista de Sacerdotes». Diocese Leopoldina. Consultado em 20 de junho de 2012
- ↑ a b c d «Fez-se sacerdote por ter escapado da mutilação». A Noite. 6 páginas. 3 de abril de 1939. Consultado em 21 de setembro de 2013
- ↑ a b «Nas linhas de frente em Minas». A Noite: capa. 11 de agosto de 1932. Consultado em 21 de setembro de 2013
- ↑ «Lista geral de passageiros» (PDF). Museu da Imigração. Consultado em 25 de setembro de 2013
- ↑ Noviello, Celeste (1995). Minha Terra. Três Corações: Excelsior Gráfica e Editora
- ↑ «Padre Kobal». Portal da Minissérie JK - Rede Globo. Consultado em 15 de maio de 2012