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'''Roberto Maia''' (1910-1962) foi um fotógrafo profissional, notável para o [[fotojornalismo]] brasileiro nas décadas de 1940, 1950 e 1960.
'''Roberto Maia''' (1910-1962) foi um fotógrafo profissional, notável para o [[fotojornalismo]] brasileiro nas décadas de 1940, 1950 e 1960.


Participou ativamente dos tempos áureos da imprensa brasileira, fazendo da fotografia peça fundamental para a revolução visual desencadeada pelo jornal [[Ultima Hora]]<ref>[http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/acervo/repositorio_digital/ultimahora_fotos Arquivo Público do Estado de São Paulo]</ref>. Foi fotógrafo ativo na equipe da [[O Cruzeiro (revista)]]<ref>''[https://ims.com.br/publicacao/as-origens-do-fotojornalismo-no-brasil-um-olhar-sobre-o-cruzeiro-1940-1960/ "As origens do fotojornalismo no Brasil: Um olhar sobre O Cruzeiro" (1940-1960)]'', organização: Sergio Burgi, Helouise Costa [[Instituto Moreira Salles]]</ref>, em qual trabalhara ao lado de [[Jean Manzon]], antes de aceitar o convite de [[Samuel Wainer]] para dirigir o departamento fotográfico do seu novo jornal que fundara em 1951. O [[Ultima Hora]] foi o primeiro periódico a dar crédito profissional aos fotógrafos, também responsável pelas primeiras sequencias fotográficas de partidas de futebol, e entre outras inovações para o jornalismo daquela época. Durante dez anos, Roberto dirigiu, além da sede no Rio de Janeiro, as unidades de Niterói, Porto Alegre, Recife e São Paulo. Entretanto, ausentou-se do jornal por dois anos para atender à convocação de [[Juscelino Kubitschek]] e servir à [[Presidência da República]], auxiliando, principalmente, a primeira dama [[Sarah Kubitschek]] em suas andanças com as pioneiras sociais. De volta ao jornal, em uma das habituais visitas matinais que fazia ao patrão e amigo [[Samuel Wainer]], aguardando o seu cafezinho, Roberto foi encontrado pela empregada doméstica, como se adormecido no sofá. Partira aos 52 anos, deixando três filhos: Maria Helena, Roberto e Rubens. Os dois últimos seguiram carreira na fotografia.
Participou ativamente dos tempos áureos da imprensa brasileira, fazendo da fotografia peça fundamental para a revolução visual desencadeada pelo jornal [[Ultima Hora]]<ref>[http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/acervo/repositorio_digital/ultimahora_fotos Arquivo Público do Estado de São Paulo]</ref>. Foi fotógrafo ativo na equipe da [[O Cruzeiro (revista)]]<ref>''[https://ims.com.br/publicacao/as-origens-do-fotojornalismo-no-brasil-um-olhar-sobre-o-cruzeiro-1940-1960/ "As origens do fotojornalismo no Brasil: Um olhar sobre O Cruzeiro" (1940-1960)]'', organização: Sergio Burgi, Helouise Costa [[Instituto Moreira Salles]]</ref>, em qual trabalhara ao lado de [[Jean Manzon]], antes de aceitar o convite de [[Samuel Wainer]] para dirigir o departamento fotográfico do seu novo jornal que fundara em 1951. O [[Ultima Hora]] foi o primeiro periódico a dar crédito profissional aos fotógrafos, também responsável pelas primeiras sequencias fotográficas de partidas de futebol, e entre outras inovações para o jornalismo daquela época. Durante dez anos, Roberto dirigiu, além da sede no Rio de Janeiro, as unidades de Niterói, Porto Alegre, Recife e São Paulo. Entretanto, ausentou-se do jornal por dois anos para atender à convocação de [[Juscelino Kubitschek]] e servir à [[Presidência da República]], auxiliando, principalmente, a primeira dama [[Sarah Kubitschek]] em suas andanças com as pioneiras sociais. De volta ao jornal, em uma das habituais visitas matinais que fazia ao patrão e amigo [[Samuel Wainer]], aguardando o seu cafezinho, Roberto foi encontrado pela empregada doméstica, como se adormecido no sofá. Partira aos 52 anos, deixando três filhos: Maria Helena, Roberto e [[Rubens Maia]]. Os dois últimos seguiram carreira na fotografia.


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{{cquote|''A ousadia era uma característica da [[Ultima Hora]], tanto no plano da redação quanto na parte técnica. (...) O laboratório ficou sob comando de Roberto Maia, um dos únicos profissionais que eu trouxera dos [[Diários Associados]] - o outro fora [[Augusto Rodrigues]]. Maia pode ser considerado o pai da moderna fotografia brasileira. Tinha um talento excepcional, e ajudou-me a valorizar o uso de fotos jornalísticas como nenhuma outra publicação fizera antes.''|autor=[[Samuel Wainer]]<ref>''Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter'', página 146, editora [[Grupo Record]], 4a edição</ref>}}

Revisão das 17h21min de 27 de setembro de 2019

Roberto Maia

Roberto Maia (1910-1962) foi um fotógrafo profissional, notável para o fotojornalismo brasileiro nas décadas de 1940, 1950 e 1960.

Participou ativamente dos tempos áureos da imprensa brasileira, fazendo da fotografia peça fundamental para a revolução visual desencadeada pelo jornal Ultima Hora[1]. Foi fotógrafo ativo na equipe da O Cruzeiro (revista)[2], em qual trabalhara ao lado de Jean Manzon, antes de aceitar o convite de Samuel Wainer para dirigir o departamento fotográfico do seu novo jornal que fundara em 1951. O Ultima Hora foi o primeiro periódico a dar crédito profissional aos fotógrafos, também responsável pelas primeiras sequencias fotográficas de partidas de futebol, e entre outras inovações para o jornalismo daquela época. Durante dez anos, Roberto dirigiu, além da sede no Rio de Janeiro, as unidades de Niterói, Porto Alegre, Recife e São Paulo. Entretanto, ausentou-se do jornal por dois anos para atender à convocação de Juscelino Kubitschek e servir à Presidência da República, auxiliando, principalmente, a primeira dama Sarah Kubitschek em suas andanças com as pioneiras sociais. De volta ao jornal, em uma das habituais visitas matinais que fazia ao patrão e amigo Samuel Wainer, aguardando o seu cafezinho, Roberto foi encontrado pela empregada doméstica, como se adormecido no sofá. Partira aos 52 anos, deixando três filhos: Maria Helena, Roberto e Rubens Maia. Os dois últimos seguiram carreira na fotografia.

Referências

  1. Arquivo Público do Estado de São Paulo
  2. "As origens do fotojornalismo no Brasil: Um olhar sobre O Cruzeiro" (1940-1960), organização: Sergio Burgi, Helouise Costa Instituto Moreira Salles
  3. Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter, página 146, editora Grupo Record, 4a edição