Carino: diferenças entre revisões

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Era o filho mais velho de [[Caro]], que quando assumiu o império, elevou tanto [[Carino]] como seu irmão mais novo [[Numeriano]] como "Césares". Carino não partiu para a campanha contra os [[Persas]], dirigida por seu pai, acompanhado de seu irmão.


A Carino coube permanecer em [[Roma]] e cuidar da administração imperial na ausência de seu pai. Com as vitórias paterna na [[Pérsia]] em 283 d.C. foi nomeado "[[Augusto]]", ou seja, hierarquicamente igual ao seu pai em relação ao poder imperial.
A Carino coube permanecer em [[Roma]] e cuidar da administração imperial na ausência de seu pai. Com as vitórias paterna na [[Pérsia]] em 283 foi nomeado "[[Augusto]]", ou seja, hierarquicamente igual ao seu pai em relação ao poder imperial.


O fim da [[Guerra Persa]] foi comemorada inclusive com a cunhagem de moedas onde pai e filho aparecem juntos. Apartir de Caro o Império foi "dividido" não-oficialmente entre Ocidente e Oriente. [[Carino]] coube a parte ocidental, [[Numeriano]] o lado oriental. Com a morte de [[Caro]], [[Numeriano]] segue para [[Roma]] e na viagem de retorno a capital morre em circunstâncias misteriosas. Os exércitos romanos no oriente não reconhecem Carino como sucessor de [[Numeriano]] e elegem Diocles, que depois ficou conhecido como [[Diocleciano]], na época alto oficial do exércitos orientais.
O fim da [[Guerra Persa]] foi comemorada inclusive com a cunhagem de moedas onde pai e filho aparecem juntos. Apartir de Caro o Império foi "dividido" não-oficialmente entre Ocidente e Oriente. [[Carino]] coube a parte ocidental, [[Numeriano]] o lado oriental. Com a morte de [[Caro]], [[Numeriano]] segue para [[Roma]] e na viagem de retorno a capital morre em circunstâncias misteriosas. Os exércitos romanos no oriente não reconhecem Carino como sucessor de [[Numeriano]] e elegem Diocles, que depois ficou conhecido como [[Diocleciano]], na época alto oficial do exércitos orientais.
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Grant, Michael - Glio Imperatori Romani - Storia e Segreti - Newton & Compton Editori - Roma 2004 ISBN 88-541-0202-4
* Grant, Michael, ''Gli Imperatori Romani - Storia e Segreti'', Newton & Compton Editori, Roma, 2004, ISBN 88-541-0202-4


[[Categoria:Imperadores romanos]]
[[Categoria:Imperadores romanos]]

Revisão das 10h56min de 22 de junho de 2007

Marcus Aurelius Carinus - Carino foi imperador de Roma entre 283 a 285 d.C.

Era o filho mais velho de Caro, que quando assumiu o império, elevou tanto Carino como seu irmão mais novo Numeriano como "Césares". Carino não partiu para a campanha contra os Persas, dirigida por seu pai, acompanhado de seu irmão.

A Carino coube permanecer em Roma e cuidar da administração imperial na ausência de seu pai. Com as vitórias paterna na Pérsia em 283 foi nomeado "Augusto", ou seja, hierarquicamente igual ao seu pai em relação ao poder imperial.

O fim da Guerra Persa foi comemorada inclusive com a cunhagem de moedas onde pai e filho aparecem juntos. Apartir de Caro o Império foi "dividido" não-oficialmente entre Ocidente e Oriente. Carino coube a parte ocidental, Numeriano o lado oriental. Com a morte de Caro, Numeriano segue para Roma e na viagem de retorno a capital morre em circunstâncias misteriosas. Os exércitos romanos no oriente não reconhecem Carino como sucessor de Numeriano e elegem Diocles, que depois ficou conhecido como Diocleciano, na época alto oficial do exércitos orientais.

Carino, tinha como base moral as vitórias na Germânia e na Britânia (tanto a assumir os títulos de Germânico Máximo e Britânico Máximo). Do alto de seus títulos Carino não conseguiu evitar que Marco Aurélio Sabino Juliano, general e governador (CORRECTOR) do Vêneto se rebelasse juntamente com os exécitos do Danúbio. Esse revoltoso declara-se imperador, e chega a cunhar moedas onde se apodera das duas Panônias (PANNONIAE AUGusti) e prometendo liberdade geral (LIBERTAS PUBLICA).

Em 285 d.C. Carino reage ao general rebelde e lhe impõe uma derrota militar próxima a cidade de Verona Carino, incorporando a seu exército as tropas de seu general rebelde, decide chegar a hora de combater Diocleciano.

Os dois exércitos se enfrentaram em Margum, no Danúbio. O resultado começava a se definir com a vitória de Carino sobre o rival mas, repentinamente, foi assassinado por um de seus oficiais, o que resultou no fim das hostilidades e a união dos exéricitos sob o comando de Diocleciano. Segundo fontes partidárias de Diocleciano, Carino foi morto por um oficial que descobriu que o imperador estava seduzindo sua esposa. A "Historia Augusta" assim diz de Carino: "Sua banheira era sempre mantida gelada com neve(...)nomeou como prefeito de Roma um simples porteiro, escandalizando a cidade (...) era o mais corrupto dos homens, adúltero e que corrompia a juventude, era sodomita. Encheu seu palácio de atores, prostitutas, cantores, ainda assim casou-se nove vezes, divorciando-se de algumas esposas inclusive algumas delas estando grávidas."

Seja verdade ou não, nas sua moedas (inúmeras moedas do período ajudam a montar um panorama "oficial" do governo de Carino) somente uma esposa é citada: Magnia Urbica, identificada como sua esposa e consorte. Outras moedas ainda mostram as efígies de seu pai Caro, seu irmão Numeriano e de um jovem chamado Nigriniano, denominado "nipote" de Caro, o qual deveria ser ou filho de Numeriano ou seu próprio filho. Suas moedas identificam uma política de publicidade voltada a família imperial. No fim de seu governo as moedas já proclamam a devoção das tropas ao imperador, a promessa de paz e tranquilidade, mais uma vez utilizadas como propaganda governamental, visto que além das ameaças militares houve um grande incêndio no mesmo período em Roma, que destruiu bairros inteiros da capital.

Temos então duas correntes de pensamento que julgam Carino, uma das suas moedas que retratam a política oficial do imperador e outra, pesadamente crítica, deixada por Diocleciano e seus sucessores. Dos fatos podemos apenas salientar um detalhe: quando seu irmão Numeriano morreu, as tropas sob seu comando não aceitaram de forma alguma que Carino assumisse os poderes do irmão. Por que? Essa questão, infelizmente, nunca poderá ser respondida.


  • Grant, Michael, Gli Imperatori Romani - Storia e Segreti, Newton & Compton Editori, Roma, 2004, ISBN 88-541-0202-4