Alfredo Kobal: diferenças entre revisões

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'''Alfredo Cristóvão Kobal''', nascido Alfred Hristov Kobal, nasceu na cidade de [[Celje]], na [[Eslovênia]], em finais do [[Século XIX]], quando este país ainda pertencia ao [[Império Austro-Húngaro]].
'''Alfredo Cristóvão Kobal''', nascido '''Alfred Hristov Kobal''', ([[Celje]], [[Eslovênia]], finais do [[século XIX]] — [[Miradouro (Minas Gerais)|Miradouro]], ? de ?) foi um religioso [[Eslováquia|esloveno]] radicado no [[Brasil]].


Era filho de Marko Kobal, Oficial da Cavalaria Austríaca, natural da [[Eslovênia]] italiana, cidade de [[Gorizia]], e Anna Heger, [[República Checa|checa]], natural de Vessely, na província da [[Morávia]].
Era filho de Marko Kobal, Oficial da Cavalaria Austríaca, natural da [[Eslovênia]] italiana, cidade de [[Gorizia]], e Anna Heger, [[República Checa|checa]], natural de Vessely, na província da [[Morávia]].
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Curado da ferida no braço direito, já dispensado do Exército, entrou para a Escola de Teologia da Gorizia, na Itália, onde mais tarde seria ordenado Padre [[Capuchinho]]. Já ordenado sacerdote, ainda foi nomeado durante a Guerra como Capelão Capitão da Cavalaria [[Áustria|Austríaca]]. Ainda desempenhou em [[Europa]], durante a [[Primeira Guerra Mundial|Guerra]], o cargo de Provincial por Schvanberg, na [[Áustria]].
Curado da ferida no braço direito, já dispensado do Exército, entrou para a Escola de Teologia da Gorizia, na Itália, onde mais tarde seria ordenado Padre [[Capuchinho]]. Já ordenado sacerdote, ainda foi nomeado durante a Guerra como Capelão Capitão da Cavalaria [[Áustria|Austríaca]]. Ainda desempenhou em [[Europa]], durante a [[Primeira Guerra Mundial|Guerra]], o cargo de Provincial por Schvanberg, na [[Áustria]].


Acabada a Guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a [[Europa]], assim como muitas outras pessoas, passando pela [[Itália]], e de lá seguindo para o Brasil.
Acabada a guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a [[Europa]], assim como muitas outras pessoas, passando pela [[Itália]], e de lá seguindo para o Brasil.
Por volta de 1919, desembarca no Porto de [[Santos]], e logo depois se encaminha para a cidade de [[São Paulo]], onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, Jozef Kobal, onde iria conviver com pessoas do mais alto gabarito social brasileiro, inclusive com o fundador do Jornal "[[O Estado de São Paulo]]", [[Júlio Mesquita]].


Por volta de 1919, desembarca no [[porto de Santos]], e logo depois se encaminha para a cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, Jozef Kobal, onde iria conviver com pessoas do mais alto gabarito social brasileiro, inclusive com o fundador do jornal [[O Estado de São Paulo]], [[Júlio Mesquita]].
Em 1925 é nomeado pelo Bispo da [[Campanha (Minas Gerais)|Campanha]], D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de [[São Gonçalo do Sapucaí]], Sul de [[Minas Gerais]]. Desempenha este cargo até 1927, quando é enviado a [[Lambari (Minas Gerais)|Lambari]]. Em 1930, é mandado a [[Virgínia]], e aí permaneceria até a [[Revolução Constitucionalista de 1932]], quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no front, na Região do Túnel, em [[Passa Quatro]].


Em 1925 é nomeado pelo bispo da [[Campanha (Minas Gerais)|Campanha]], D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de [[São Gonçalo do Sapucaí]], sul de [[Minas Gerais]]. Desempenha este cargo até 1927, quando é enviado a [[Lambari (Minas Gerais)|Lambari]]. Em 1930, é mandado a [[Virgínia (Minas Gerais)|Virgínia]], e aí permaneceria até a [[Revolução Constitucionalista de 1932]], quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no ''front'', na Região do Túnel, em [[Passa Quatro]].
Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira, e futuro [[Presidente da República]], [[Juscelino Kubitschek de Oliveira]], o qual se torna seu grande amigo. Aí também, se tornou amigo de [[Benedito Valadares]], que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais.


Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira e futuro [[Presidente da República]], [[Juscelino Kubitschek de Oliveira]], o qual se torna seu grande amigo. Aí também se tornou amigo de [[Benedito Valadares]], que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais.
Com o fim da [[Revolução Constitucionalista de 1932|Revolução]], vai para [[Belo Horizonte]], onde ainda viria tomar por frente a Paróquia de Santa Efigênia. Seus últimos trabalhos eclesiásticos foram em [[Muriaé]], no [[Minas Gerais|Estado de Minas]], e finalmente [[Miradouro (Minas Gerais)|Miradouro]], onde morreu.


Com o fim da revolução, vai para [[Belo Horizonte]], onde ainda viria tomar por frente a Paróquia de Santa Efigênia. Seus últimos trabalhos eclesiásticos foram em [[Muriaé]], no [[Minas Gerais|Estado de Minas]], e finalmente [[Miradouro (Minas Gerais)|Miradouro]], onde morreu.
[[Categoria:Religiosos da Eslovênia|Kobal]]

[[Categoria:Religiosos do Brasil|Kobal]]
[[Categoria:Eslovenos|Kobal]]
[[Categoria:Padres católicos do Brasil|Alfredo Kobal]]

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Revisão das 07h36min de 9 de janeiro de 2008

Alfredo Cristóvão Kobal, nascido Alfred Hristov Kobal, (Celje, Eslovênia, finais do século XIXMiradouro, ? de ?) foi um religioso esloveno radicado no Brasil.

Era filho de Marko Kobal, Oficial da Cavalaria Austríaca, natural da Eslovênia italiana, cidade de Gorizia, e Anna Heger, checa, natural de Vessely, na província da Morávia.

Quando ainda jovem, se alistou e serviu o Exército Austríaco, quando a expolsão da Primeira Guerra Mundial, foi convocado para o front. Desempenhava o cargo de chefe do Regimento 127 da Infantaria Austríaca. Seriamente atingido por um estilhaço de granada no braço direito, foi acometido de uma gangrena, que o levaria a amputar o mesmo braço. Católico como era, fez a promessa que se se salvasse de tal mal, devotaria sua vida ao Serviço Divino.

Curado da ferida no braço direito, já dispensado do Exército, entrou para a Escola de Teologia da Gorizia, na Itália, onde mais tarde seria ordenado Padre Capuchinho. Já ordenado sacerdote, ainda foi nomeado durante a Guerra como Capelão Capitão da Cavalaria Austríaca. Ainda desempenhou em Europa, durante a Guerra, o cargo de Provincial por Schvanberg, na Áustria.

Acabada a guerra, por motivos sociais, políticos e econômicos, resolve deixar a Europa, assim como muitas outras pessoas, passando pela Itália, e de lá seguindo para o Brasil.

Por volta de 1919, desembarca no porto de Santos, e logo depois se encaminha para a cidade de São Paulo, onde vive por um tempo com seu tio, também imigrante, Jozef Kobal, onde iria conviver com pessoas do mais alto gabarito social brasileiro, inclusive com o fundador do jornal O Estado de São Paulo, Júlio Mesquita.

Em 1925 é nomeado pelo bispo da Campanha, D. Inocêncio Engelke, para vigário da Paróquia de São Gonçalo do Sapucaí, sul de Minas Gerais. Desempenha este cargo até 1927, quando é enviado a Lambari. Em 1930, é mandado a Virgínia, e aí permaneceria até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando se oferece como voluntário para ordenar missas e salvamentos no front, na Região do Túnel, em Passa Quatro.

Aí conhece o ainda médico da Força Pública Mineira e futuro Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o qual se torna seu grande amigo. Aí também se tornou amigo de Benedito Valadares, que mais tarde seria então governador do estado de Minas Gerais.

Com o fim da revolução, vai para Belo Horizonte, onde ainda viria tomar por frente a Paróquia de Santa Efigênia. Seus últimos trabalhos eclesiásticos foram em Muriaé, no Estado de Minas, e finalmente Miradouro, onde morreu.