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Bolha especulativa

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Uma bolha especulativa, bolha financeira, bolha econômica, entre outros nomes, é uma situação na qual o valor de um ativo se desvia fortemente do valor intrínseco correspondente desse mesmo ativo.[1][2][3][4] Tal situação pode também ser descrita como uma situação em que os preços dos ativos parecem basear-se em uma visão distorcida ou inconsistente sobre o futuro. Esta situação costuma causar sofrimento econômico, principalmente entre os mais pobres.[5]

Como é bastante difícil observar valores intrínsecos nos mercados reais, bolhas especulativas muitas vezes só podem ser conclusivamente identificadas por meio de uma retrospectiva após uma queda brusca nos preços de determinado ativo. Essa queda brusca é conhecida como quebra ou estouro da bolha. Tanto as fases de boom econômico e a recessão da bolha são exemplos de mecanismos de feedback positivo, em contraste com os mecanismos de feedback negativo, que determina o preço de equilíbrio. Em circunstâncias normais de mercado. Preços em uma bolha econômica podem flutuar de forma irregular, e torna-se impossível prever a capacidade de oferta e demanda sozinho.

As bolhas de ativos são agora amplamente consideradas como uma característica recorrente da história econômica moderna que remonta a 1600. A Tulipomania da Idade de Ouro holandesa (em meados da década de 1630) é frequentemente considerada a primeira bolha econômica registrada na história.[6]

Enquanto alguns economistas neguem a existência de bolhas,[7] a(s) causa(s) das bolhas permanece em disputa entre aqueles que estão convencidos de que os preços dos ativos muitas vezes desviam-se fortemente de seus valores intrínsecos. Muitas explicações têm sido sugeridas, e pesquisas mostraram recentemente que as bolhas podem aparecer mesmo sem incertezas econômicas,[8] especulação,[9] ou racionalidade limitada. Nesses casos, as bolhas podem ser discutidas como racionais, nas quais os investidores em todos os pontos serão totalmente compensados pela possibilidade de que a bolha entre em colapso obtendo retornos mais elevados. Estas abordagens requerem que o momento do colapso da bolha só possa ser previsto probabilisticamente, e o processo de bolha é muitas vezes modelado usando um modelo de comutação Markov.[10][11] Também tem sido sugerido que as bolhas podem em última análise, serem causadas por processos de coordenação de preços,[12] ou por normas sociais.

Bolhas na bolsa brasileira

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A história das bolhas na bolsa brasileira remetem ao início do mercado de capitais no país. Conhecida como a “crise do encilhamento”, por volta de 1889, ocorreu uma grave bolha de crédito por conta de estímulos à industrialização do Brasil. Dois casos que ganharam notoriedade foram as ações OGX (OGXP3); além da bolha do alicate envolvendo a empresa Mundial SA. (MNDL3).

Referências

  1. King, Ronald R.; Smith, Vernon L.; Williams, Arlington W.; van Boening, Mark V. (1993). «The Robustness of Bubbles and Crashes in Experimental Stock Markets». In: Day, R. H.; Chen, P. Nonlinear Dynamics and Evolutionary Economics. Nova York: Oxford University Press. ISBN 0-19-507859-4 
  2. Lahart, Justin (16 de maio de 2008). «Bernanke's Bubble Laboratory, Princeton Protégés of Fed Chief Study the Economics of Manias». The Wall Street Journal (em inglês) 
  3. Shiller, Robert (23 de julho de 2012). «Bubbles without Markets» (em inglês). Project Syndicate. Consultado em 17 de agosto de 2012 
  4. CADTM (18 de maio de 2021). «Speculative bubble». CADTM (em francês). Consultado em 18 de maio de 2021 
  5. Staff, Investopedia. «How Do Asset Bubbles Cause Recessions?». Investopedia (em inglês). Consultado em 15 de maio de 2021 
  6. Teeter, Preston; Sandberg, Jörgen (2017). «Cracking the enigma of asset bubbles with narratives». Strategic Organization (1): 91–99. ISSN 1476-1270. doi:10.2307/26369328. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  7. Garber, Peter (2001). Famous First Bubbles: The Fundamentals of Early Manias (em inglês). Cambridge, MA: MIT Press. ISBN 0-262-57153-6 
  8. Smith, Vernon L.; Suchanek, Gerry L. et al. (1988). «Bubbles, Crashes, and Endogenous Expectations in Experimental Spot Asset Markets» 5 ed. Econometrica. 56: 1119–1151. doi:10.2307/1911361 
  9. Lei, Vivian; Noussair, Charles N. et al. (2001). «Nonspeculative Bubbles in Experimental Asset Markets: Lack of Common Knowledge of Rationality Vs. Actual Irrationality» 4 ed. Econometrica. 69. 831 páginas. doi:10.1111/1468-0262.00222 
  10. Brooks, Chris; Katsaris, Apostolos (2005). «A three-regime model of speculative behaviour: modelling the evolution of the S&P 500 composite index» 505 ed. The Economic Journal. 115: 767–797. ISSN 1468-0297. doi:10.1111/j.1468-0297.2005.01019.x 
  11. Brooks, Chris; Katsaris, Apostolos (2005). «Trading rules from forecasting the collapse of speculative bubbles for the S&P 500 composite index» 5 ed. Journal of Business. 78: 2003–2036. ISSN 0740-9168. doi:10.1086/431450 
  12. Hommes, Cars; Sonnemans, Joep; Tuinstra, Jan; Velden, Henk van de (2005). «Coordination of Expectations in Asset Pricing Experiments» 3 ed. Review of Financial Studies. 18: 955–980. doi:10.1093/rfs/hhi003 
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