Estação Ferroviária de Barca d'Alva
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| Barca d’Alva
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| Linha(s): | Linha do Douro |
| Município: | Figueira de Castelo Rodrigo |
| Inauguração: | Dezembro de 1887 |
| Encerramento: | 1988 |
A Estação Ferroviária de Barca d’Alva, também conhecida como Estação de Barca d’Alva, é uma antiga infra-estrutura da Linha do Douro, que servia a Freguesia de Escalhão, no Distrito da Guarda, em Portugal.
Descrição
Serviços
Esta interface não recebe quaisquer serviços de passageiros ou mercadorias, embora tenha, antes da sua desactivação, em 1988, recebido serviços semi-directos e directos.[1][2][3]
História
Inauguração
O troço entre o Pocinho e Barca d’Alva abriu em 9 de Dezembro de 1887.[4]
Nos finais de 1901, o director da Divisão de Minho e Douro dos Caminhos de Ferro do Estado previu introduzir carruagens de primeira classe nos serviços entre esta estação e o Porto.[5]
Em 1903, ainda não existia uma ponte rodoviária sobre o Rio Douro nas proximidades da Estação, e a Estrada Real n.º 53 (posteriormente designada de Estrada Nacional 221, que ligava a Estação a várias localidades na margem Sul do Douro, ainda detinha alguns troços em construção.[6] Em 1905, a ponte sobre o Rio Douro já tinha sido construída, tendo sido aprovadas obras de reparação na estrada entre esta ponte e a localidade de Freixo de Espada à Cinta.[7]
Em 1933, foram efectuadas, no edifício de passageiros desta estação, várias obras de reparação e melhoramentos.[8]
Declínio
Em 1984, o estado espanhol decidiu encerrar, entre outras ligações ferroviárias, o troço entre La Fuente de San Esteban e La Fregeneda, deixando sem quaisquer serviços, igualmente, o troço internacional entre esta última localidade e Barca d’Alva; este encerramento deveria ser concretizado no dia 1 de Janeiro de 1985.[9]
Em 1988, foi desactivado o troço entre o Pocinho e Barca d’Alva.
Referências literárias
A Estação aparece no livro A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós[10]:
| “ | Era uma Estação muito socegada, muito varrida, com rosinhas brancas trepando pelas paredes-e outras rosas em moitas, n'um jardim, onde um tanquesinho abafado de limos dormia sob duas mimosas em flôr que rescendiam. Um moço pallido, de paletot côr de mel, vergando a bengalinha contra o chão, contemplava pensativamente o comboio. | ” |
Ver também
Referências
- ↑ Caminhos de Ferro Portugueses (Abril de 2006). «Horário de Verão 1984» (PDF). O Comboio em Portugal. 48 páginas. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ Caminhos de Ferro Portugueses (Abril de 2006). «Horário de Verão 1980» (PDF). O Comboio em Portugal. 46 páginas. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ «Concurso Fotografico». Madrid: Resistor, S. A. Maquetren (em espanhol). 2 (19). 54 páginas 1993
- ↑ «Cronologia: 1875/1899 - Do Ínicio da Construção da Ponte Maria Pia ao Fim do Séc. XIX». Comboios de Portugal. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (337). 11 páginas. 1 de Janeiro de 1902
- ↑ MIRANDA, António Augusto Pereira de (16 de Abril de 1903). «Parte Official: Relatório acerca do estado da viação ordinária nas suas relações com as linhas férreas do Minho e Douro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (368). 130 páginas. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 18 (425). 1 de Setembro de 1905. 15 páginas. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 49 páginas. 16 de Janeiro de 1934. Consultado em 27 de Setembro de 2010
- ↑ «Noticias». Barcelona: Associació d'Amics del Ferrocarril-Barcelona. Carril (em espanhol) (10). 55 páginas
- ↑ «De Barca d'Alva a Tormes: Evocação de Eça de Queirós». Comboios de Portugal. Consultado em 27 de Setembro de 2010