Estratégio Apião (cônsul)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Estratégio. Para outras pessoas de mesmo nome, veja Apião (desambiguação).
Estratégio
Nacionalidade Império Bizantino
Etnia Grega
Progenitores Mãe: Leôncia
Pai: Estratégio
Cônjuge Prejecta?
Filho(a)(s) Estratégio, Apião, Jorge
Ocupação Oficial

Flávio Estratégio Apião Estratégio Apião (em latim: Flavius Strategius Apion Strategius Apion; m. entre 577 e 579) foi um oficial militar bizantino do século VI, ativo durante o reinado dos imperadores Justiniano (r. 527–565) e Justino II (r. 565–578). Membro da rica e proeminente família Apião de Oxirrinco, no Egito, ascendeu nas fileiras na burocracia imperial até tornar-se cônsul em 539 e receber o título honorífico de patrício.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Díptico consular de Estratégio

Estratégio Apião foi filho do sênior Estratégio com sua esposa Leôncia.[2][3] Teve um filho também conhecido como Estratégio, nomeado num dos papiros de Oxirrinco. Esse filho e sua esposa Eusébia mantiveram relações amigáveis com papa Gregório I, que foi mencionado em sua extensa correspondência.[4] O mais jovem Estratégio não era o único herdeiro de Apião mencionado em seu testamento. Compartilhou sua herança com Prejecta, outro Apião e Jorge. Uma interpretação do texto sugere Prejecta como a viúva de Estratégio Apião, enquanto Estratégio, Apião e Jorge eram seus três filhos.[5]

Estratégio Apião é mencionada variadamente como cônsul, homem ilustre e conde dos domésticos durante os anos 530. Textos de ca. 547-548 mencionam-no como patrício, enquanto textos de ca. 548/9 a 550/1 mencionam-no como duque da Tebaida. Essa posição tipicamente veio com o título honorífico de patrício. É chamado patrício num texto de 556, indicando que já havia o recebido. Pelo período foi chamado de estratelata e pagarco de Arsinoé. Isso colocou-o no comando da pagarquia local e Oxirrinco e suas proximidades.[5]

Os papiros de Oxirrinco preservam informações como a extensão das propriedades familiares e os negócios relativos a eles. João Malalas também menciona uma residência de Apião em Constantinopla em relação ao incidente de maio de 562, quando certas pessoas da Casa de Apião proferiram insultos verbais à facção Verde do hipódromo. Apião presumivelmente estava ativo no senado bizantino quando presente na capital. Aparece na documentação como ainda vivo por 557, embora já estivesse morto por 579.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul posterior ao Império Romano
Precedido por:
João, o Capadócio
com IV pós-consulado de Paulino (Ocidente)
Apião
539
com V pós-consulado de Paulino (Ocidente)
Pós-consulado de João (Ocidente)
Sucedido por:
Justino
com VI pós-consulado de Paulino (Ocidente)
II pós-consulado de João, o Capadócio (Ocidente)


Referências

  1. Martindale 1992, p. 96, 98.
  2. Keenan 2000, p. 627.
  3. Hickey 2012, p. 14, 16.
  4. Martindale 1992, p. 96, 98–99.
  5. a b Martindale 1992, p. 97–98.
  6. Martindale 1992, p. 98.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Hickey, Todd (2012). Wine, Wealth, and the State in Late Antique Egypt: The House of Apion at Oxyrhynchus. Ann Arbor, Michigão: Imprensa da Universidade de Michigão. ISBN 978-0-472-11812-0 
  • Keenan, James K. (2000). «Egypt». In: Cameron, Averil; Ward-Perkins, Bryan; Whitby, Michael. The Cambridge Ancient History, Volume XIV - Late Antiquity: Empire and Successors, A.D. 425–600. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Michigão. pp. 612–637. ISBN 978-0-521-32591-2 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8