Estêvão Fernandes de Castro
Estêvão Fernandes de Castro | |
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Nascimento | século XIII Reino da Galiza |
Morte | Desconhecido Coroa de Castela |
Cidadania | Coroa de Castela |
Progenitores |
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Cônjuge | Aldonza Rodríguez de León |
Filho(a)(s) | Fernando Rodrigues de Castro, Senhor de Lemos |
Ocupação | aristocrata, militar |
Estêvão Fernandes de Castro (em castelhano: Esteban Fernández de Castro; m. 1291) foi um Rico-homem do Reino da Galiza, senhor da Casa de Castro e detentor do senhorio de Lemos e de Sarria. Filho de Fernão Guterres de Castro e de Milia Iñiguez de Mendonça. foi pertigueiro maior de Santiago, Adiantado-mor e meirinho-mor da Galiza.
Biografia
[editar | editar código-fonte]A data de nascimento de Estêvão é incerta. Encontra-se documentado desde 1265 na documentacão medievais. Corria o ano de 1272 participou juntamente com o infante Felipe de Castela e outros ricos-homens, na revolta nobiliárquica contra o rei Afonso X o Sábio. Antes que a rebelião estalasse começou a manifestar-se os desacatos de alguns ricos-homens, entre os quais se encontrava o infante Felipe, Manifestaram-se junto da pessoa do rei, ao negarem-se a socorrer a cidade de Sevilha com as suas tropas a fim de dar socorro a Fernando de La Cerda, que se encontrava em combate com os muçulmanos. O rei de Granada, assim como o sultão dos merínidas, encontraram-se implicados nesta conjuntura que procurava desacreditar e desabilitar o soberano castelhano.[1]
Na Cortes de Burgos ocorridas em 1272 o rei Afonso X de Leão “o Sábio”, tentou negociar com os nobres e autorizou o matrimónio de Estevão Fernandes de Castro com Aldonça Rodrigues de Leão, filha de Rodrigo Afonso de Leão e neta do rei Afonso IX, e que era prima do próprio rei.
Depois das Cortes de Burgos e de parecer que o soberano alcançar um acordo com os nobres sublevados, romperam-se as negociações e os nobres sublevados contra o rei de Castela, entre os quais se encontrava Estêvão Fernandes de Castro, partiram para o Reino de Granada, onde foram acolhidos com todas as honras pelo rei de Granada Maomé I, onde depois precederam à elaboração de um acordo em Sabiote em que os nobres presentes se comprometiam com o soberano de Granada a prestar ajuda mutua contra qualquer ataque por parte do rei Afonso X de Castela, até que este rei aceita-se as suas exigências.
Antes de se dirigirme para Granada, os nobres em revolta saquearam o territorio castelhano, roubando gado e devastando alguns territórios, isto apesar do rei lhes enviar mensageiros, levando cartas em que lhes recordava os favores que tinham recebido do rei, assim como a traição ao não cumprirem os compromissos como vassalos do rei castelhano.[2] Nos finais de 1272, o rei Afonso X teve conhecimento de que o seu irmão, infante Felipe, negociava secretamente com o Rei de Navarra a fim de que este se envolvese numa guerra contra o Reino de Castela e Leão.
Entre os envolvidos nas negociações com o rei de Navarra estava Estêvão Fernandes de Castro, que reprovava ao rei Afonso o facto de este não lhe entregar a sua esposa, Aldonça Rodrigues de Leão, que se encontrava retida pelo rei, e reclamava o cargo de Adiantado maior de Galiza, que tinha desempenhado desde 1266.[3]
Nos inícios de 1273 encontrando-se na cidade de Toledo, o rei Afonso o Sábio reiniciou as negociações com os nobres e sublevados e acedeu à maioria das suas pretensões, entre as quais se contava a que fazia Estêvão Fernandes de Castro, que reclamava os 3000 maravedis de salários de Martim Afonso de Leão, filho ilegítimo de Afonso IX.
Em 1273 foi extinto o cargo de Adiantado maior da Galiza, que era desempenhado por Estêvão Fernandes de Castro, que em 1276 foi nomeado Pertiguero maior de Santiago e, dois anos depois, meirinho-mor da Galicia.[4]
Em 1282, Estêvão Fernandes de Castro, que durante a Guerra Civil Castelhana deu o seu apoio aos companheiros do Sancho IV "o Bravo”, que lutava contra o seu pai o rei Afonso o Sábio, foi recompensado pelo infante Sancho, o qual lhe fez a entrega das rentas provenientes dos arrendamentos por três anos das terças dos Bispados de Zamora, Salamanca, Ciudad Rodrigo e Coria.[3]
Faleceu depois de junho 1291, ano em que faz um contrato de compromisso, em nome do seu filho Fernando, a favor de Violante.[a]
Relações familiares
[editar | editar código-fonte]Casou em 1265 com Aldonça Rodrigues de Leão, filha de Rodrigo Afonso de Leão, senhor de Aliger e de Inês Rodrigues de Cabrera, de quem teve:
- Fernando Rodrigues de Castro (1280 - Monforte de Lemos, 1304), Senhor de Lemos e Sarria casado com Violante Sanchez de Castela, senhora de Ucero e filha ilegítima do rei Sancho IV de Leão e Castela o Bravo. Deste casamento nasceu Pedro Fernandes de Castro o da Guerra que faleceu em 1304, durante a batalha travada na Galiza contra o infante Filipe de Castela, irmão de Fernando IV de Leão e Castela o Emprazado.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Esteban Fernández de Castro», especificamente desta versão.
- [a] ^ em 18 de junho de 1291(Mosteiro Femenino de Sancti Spíritus de Salamanca, documento 36): Carta de arras dada por Estêvão Fernandes de Castro em nome de seu filho Fernando Rodrigues de Castro a Violante, filha do rei Sancho IV de Castilla e María Afonso de Ucero, que consistiam em "o meu castelo de Villa Martín que foy de don Rodrigo Ferrandes de Valdorna, avoe de dona Aldonza Rodríguez, mia moller que foy", mais terras em Santiago de Compostela e em Toronho, i.e., Coto d'Arcos de Condesa, coto de Salcedo, e outras propriedades.
Referências
- ↑ González Jiménez 2004, p. 244-245.
- ↑ González Jiménez 2004, p. 254-255.
- ↑ a b González Jiménez 2004, p. 257-259.
- ↑ Beltrán Pepió 2000, p. 15-16.
- ↑ Arco y Garay 1954, p. 180-181.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Arco y Garay, Ricardo del (1954). Sepulcros de la Casa Real de Castilla (em espanhol). Madrid: Instituto Jerónimo Zurita. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. OCLC 11366237
- Armesto, Victoria (1969). Galicia feudal (em espanhol). Volumen 1 1ª ed. Vigo: Editorial Galaxia S.A. OCLC 6388126
- Beltrán Pepió, Vicente (2000). «Esteban Fernández de Castro y Fernán Díaz Escalho». Madrid: Universidad Complutense: Servicio de Publicaciones y Departamento de Filología Románica y Filología Eslava. Madrygal: Revista de estudios gallegos (em espanhol) (3): 13-20. ISSN 1138-9664
- Echániz Sans, María (1993). El Monasterio Femenino de Sancti Spíritus de Salamanca, Colección Diplomática (1268 - 1400) (em espanhol). Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca. ISBN 84-7481-748-X
- González-Doria, Fernando (2000). Diccionario heráldico y nobiliario de los Reinos de España (em espanhol) 1ª ed. San Fernando de Henares (Madrid): Ediciones Trigo S. L. ISBN 84-89787-17-4
- González Jiménez, Manuel (2004). Alfonso X el Sabio (em espanhol) 1ª ed. Barcelona: Editorial Ariel S. A. ISBN 84-344-6758-5
- Menéndez Pidal de Navascués, Faustino (1982). Heráldica medieval española (em espanhol). Volumen I: La Casa Real de Castilla y León. Madrid: Instituto Luis de Salazar y Castro. ISBN 8400051505
- Pardo de Guevara y Valdés, Eduardo (2000). Los señores de Galicia: tenentes y condes de Lemos en la Edad Media (em espanhol) 1ª ed. [S.l.]: Fundación Pedro Barrié de la Maza. ISBN 84-89748-71-3