Lista das fajãs da ilha de São Jorge

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A Fajã Rasa vista do norte.

A ilha de São Jorge, devido à sua orografia e ao alcantilado das suas costas, é caracterizada pela existências de numerosas fajãs, as quais em boa parte determinam o carácter da ilha, criando microclimas e compartimentando a sua paisagem e determinando as zonas de fixação da população. São locais utilizadas desde o início do povoamento para fazer culturas específicas que não se davam nas zonas de maior altitude. Eram também usadas, as de acessos mais fáceis, para a transumância do gado no Inverno visto que as pastagens de altitude são em geral demasiado expostas às intempéries para permitirem a presença constante de gados.

Com o seu carácter de microcosmos encaixados pelo mar e pelas falésias e com a relação que estabelecem entre o mar e a montanha, as fajãs fazem da ilha de São Jorge uma das mais belas do arquipélago açoriano, criando espaços carregados de encanto e mistério. Uma destas fajãs foi classificada como Maravilha de Portugal, na categoria de «Aldeias de Mar», no verão de 2017.

Uma fajã é geralmente um terreno plano, facilmente cultivável e capaz de suportar tipos de cultura que não medram em altitude devido às condições edafo-climáticas ali existentes. São quase sempre de pequena extensão, encaixadas sobre a beira-mar e formadas de materiais desprendidos das arribas ou por escoadas lávicas que formaram deltas junto à costa.

Listagem das fajãs[editar | editar código-fonte]

Vista da Fajã de São João.

São tantas as fajãs em São Jorge que é impossível fazer uma listagem exaustiva, até porque em relação às mais pequenas, nalguns casos simples plataformas encaixadas nas falésias, a toponímia por vezes não é concordante, a designação dada dependendo do interlocutor e da povoação em que habita.

Lista das fajãs da ilha de São Jorge:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Alberto Telles, Chorographia Geral dos Açores, Imprensa Nacional, Lisboa, 1891.
  • Carreiro da Costa, As fajãs, in Boletim da Comissão Reguladora dos Cereais do Arquipélago dos Açores, n.º 15, Ponta Delgada, 1952.
  • Carreiro da Costa, Etnologia dos Açores, vol. I, Câmara Municipal da Lagoa, Lagoa (Açores), 1989.
  • Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa e Editorial Verbo, 2001.
  • João Carlos Nunes, ‘’Paisagens Vulcânicas dos Açores’’, Amigos dos Açores, Ponta Delgada, 2003 (ISBN 972-814-403-2).
  • João Soares de Albergaria de Sousa, Corografia Açórica, 3.ª edição, Jornal de Cultura, Ponta Delgada, 1995 (ISBN 972-755-013-4).
  • José Cândido da Silveira Avelar, Ilha de São Jorge (Açores) - Apontamentos para a sua História, Horta, 1902.
  • José Rodrigues Ribeiro (Rei Bori), Dicionário Corográfico dos Açores, Direcção Regional da Cultura, Angra do Heroísmo, 1993.
  • José Rodrigues Ribeiro (Rei Bori), Dicionário Toponímico e Social da Ilha de São Jorge, Angra do Heroísmo, 1993.
  • Norberto Ávila, As Fajãs de São Jorge, Câmara Municipal da Calheta, Calheta de São Jorge, 1992.
  • Odília Teixeira, Ao Encontro das Fajãs, Câmara Municipal de Velas, Velas, 1995.
  • Victor Hugo Forjaz (coordenador), Atlas Básico dos Açores, OVGA, Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, Ponta Delgada, 2004 (ISBN 972-974-664-8).
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