Fajã Chã

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Esta bonita fajã fica entre a Fajã da Ribeira da Areia e a Fajã da Ponta Grossa ou do Mero.

Possui cerca de oito casas habitáveis, pelo menos um palheiro e um fio de lenha. Tem também quatro ribeiras de águas abundantes, onde aparecem eirós (enguia), quando há bastante lodo.

Antigamente havia um moinho de água que já se tinha desmoronado antes do terramoto de 1980. Esta fajã tem muito coelho que destroem a vinha, e os pomares de laranjeira e as hortas de batata, feijão, abóbora e alho.

Existe um carreiro, com início na freguesia do Norte Pequeno, que conduz a esta fajã, por onde as pessoas geralmente descem. Também há um atalho que vem desde a fajã da Penedia, sobe para a fajã das Funduras, passa pela Fajã da Ponta Grossa ou do Mero, e desce finalmente para a fajã Chã. Este percurso a pé leva cerca de trinta minutos e tem paisagem de cortar a respiração. Esta fajã tem uma fauna muito rica em que as aves são provavelmente um dos expoentes máximos: o melro, o tentilhão, a pomba, o pardal, o canário, a gaivota, o cagarro, o estorninho, a lambandeira, o maçarico aqui e ali aparecem alguns gansos selvagens.

Os pescadores descem aqui para apanhar a veja, o sargo e outros peixes. A pouca lapa que se apanha é de boa qualidade e muito saborosa.

Há cerca de trinta anos atrás não se encontrava quase ninguém no Norte Pequeno, em determinadas épocas do ano pois as pessoas desciam todas à fajã.

A esta migração periódica chamavam "a muda". Faziam-na nos meses de Fevereiro e Março, iam à procura do clima mais ameno que a fajã oferecia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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