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Família Espandúnio

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Espandúnio (em latim: Spandunius) ou Espanduni (em armênio/arménio: Սպանդունի) foi uma família nobre armênia que teve grande proeminência até o século VII, quando desaparece do registro histórico.

Segundo Moisés de Corene, o nome da família deriva da palavra "carnificina, sacrifício" (սպանդ, spand), o que seria uma referência ao ofício que ocuparam.[1] Nicholas Adontz sugeriu que o nome deriva do prenome Esfendadates (Սպանդարատ, Spandarat) dos Camsaracanos.[2]

Para Moisés de Corene, os Espandúnios, junto dos Ziunacanos e Havenúnios, eram uma família de origem não-haíquida e os Espandúnios teriam recebido o ofício de mestre de holocaustos do mítico Valarsaces I, no tempo que a Armênia era pagã.[1][3] Cyril Toumanoff, ao assumir que estivessem relacionados aos Camsaracanos, afirma que não é provável que ocuparam o ofício citado por Moisés.[4] A Lista Militar (Զորնամակ, Zōrnamak), o documento que indica a quantidade de cavaleiros que cada uma das família nobres devia ceder ao exército real em caso de convocação, afirma que podiam arregimentar 300 cavaleiros.[5][6] Em 420, Abursã tem seu papel nos tumultos que assolam a Armênia nesse momento.[4] Em 555, compareceu ao Segundo Concílio de Dúbio.[3] A família deixa de ser mencionada no registro histórico a partir do século VII.[4]

Referências

  1. a b Moisés de Corene 1978, p. 139.
  2. Adontz 1970, p. 240, nota 15.
  3. a b Toumanoff 1963, p. 221, nota 262.
  4. a b c Toumanoff 1961, p. 65.
  5. Toumanoff 1963, p. 240.
  6. Toumanoff 1961, p. 83.
  • Adontz, Nicholas (1970). Armenia in the Period of Justinian. The Political Conditions Based on the nacarar System. Translated with Partial Revisions, a Bibliographical Note and Appendices, by N.G. Garsoïan. Lovaina: Peeters Publishers 
  • Toumanoff, Cyril (1961). «Introduction to Christian Caucasian History - II: States and Dynasties of the Formative Period». Traditio. 17 
  • Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press