Farinha de mandioca suruí

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A farinha suruí, sinônimo de farinha de mesa, é uma variedade de farinha produzida artesanalmente nas casas de farinha a partir da moagem da mandioca-mansa (Manihot dulcis, com pequeno teor de ácido cianídrico),[1][2][3] cultivada na região amazônica. Popular na região Norte do Brasil fazendo parte da refeição diária,[4] devido o sabor e textura diferenciados, considerado um produto de luxo em algumas regiões do estado.

A farinha suruí possui grãos finos e alto valor energético, com teor elevado de amido, contém fibras e alguns minerais como potássio, cálcio, fósforo, sódio e ferro.[4] O produto é amplamente obtido no mercado Ver-o-Peso.[4]

O termo suruí provêm do nome de uma etnia indígena que habita a região amazônica, no estado de Rondônia, conhecida por suas tradições e práticas culturais.[5]

A produção da farinha envolve diversas etapas, que incluem: lavagem, descascamento, ralagem, prensagem da mandioca não puba ( púia), além da torração leve e, peneiração do produto final.[4] A massa é macerada no induá (pilão), reduzidos em grãos a pó finissimo e passado na urupema de rolo miúdo. A farinha é utilizada na aplicação de caldos para enfermos, alimentos leves, enchimento de aves, farofa por ser muito fina.[6]

Na região Norte brasileira há diversos tipos de farinhas derivadas da mandioca, como por exemplo: farinha-d'água, farinha de tapioca, farinha uarini e, farinha suruí.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Mandioca». Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Consultado em 2 de maio de 2023 
  2. «Secretaria de Atenção Primária a Saúde» (PDF). Mnistério da Saúde. Consultado em 2 de maio de 2023. Resumo divulgativo 
  3. MARCELO DINO. «PROJETO DE LEI Nº 4356/2021». ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
  4. a b c d e «Farinha de Tapioca Jaú». Herbário da UEPA Profª Drª Marlene Freitas da Silva (MFS). Coleção de frutos, sementes e plântulas amazônicas: conhecimento e valorização do patrimônio genético natural. 14 de julho de 2020. Consultado em 2 de maio de 2023 
  5. «Estudo aponta mudanças em alimentação tradicional do povo indígena Paiter Suruí». Fiocruz. Consultado em 2 de maio de 2023 
  6. «REVISTA BRASILEIRA DE FOLCLORE, ano III, n. 5, janeiro/ abril de 1963» (PDF). Catálogo das Artes. Consultado em 2 de maio de 2023. Resumo divulgativo 

Veja também[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]