Festa do Rei Sabá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A festa do Rei Sabá, é um evento de caráter religioso e cultural que acontece em São João de Pirabas no nordeste do Pará, reunindo adeptos do catolicismo romano, da pajelança cabocla e dos cultos de matriz afro.

O evento é tradição há mais de 75 anos na cidade todos os dias 19 e 20 de janeiro celebram-se a festividade do Rei Sabá que provem de Rei Sebastião, uma entidade que pertence a categoria dos encantados, seres que não conheceram a experiência da morte e sim, transformaram-se em entes que possuem seu próprio território a encantaria.[1]

A festa do Rei Sabá começa com uma procissão fluvial, dezenas de embarcações lotadas de devotos atravessam o Rio Pirabas que banha a frente da cidade, até a praia da Fortaleza. É mais de 12 km de praias banhadas pelo Oceano Atlântico, a ilha é ponto de culto às divindades da umbanda e sebásticas. Mas os católicos devotos de São Sebastião que rezam ao mártir da igreja católica também frequentam o lugar.[2]

Origem[editar | editar código-fonte]

Diante do sincretismo religioso, construiu-se a lenda que deu origem ao culto, onde relatos contam que, em um navio negreiro que transportava o rei Sebastião, naufragou quando transitava pela praia de Fortaleza localizada na região costeira de Pirabas, onde atualmente ocorre os rituais a festividade do Rei Sabá.[carece de fontes?][3]

Entretanto, não conseguiu mais sair de lá, assim, sentou-se de costas para o mar e se petrificou. Essa é uma das histórias contada, para trazer originalidade a festa religiosa em Pirabas.[4]

O encantado[editar | editar código-fonte]

A entidade tem como umas de suas existências materiais uma pedra escura, a qual tinha, ou tem, dependendo do ângulo e da percepção, o formato de uma pessoa sentada, uma vez que podemos observar manifestações naturais esculpida pela natureza, como algumas pessoas de Pirabas contam. Assim, tornou-se um monumento, com o acréscimo de base de concreto quadrangular, todavia, à primeira vista não lembra mais uma figura antropomorfa.[carece de fontes?][5]

A Pedra do Rei Sabá é a mais visitada durante os rituais, o evento começou há 80 anos, antes mesmo de Pirabas se tornar um município, e assim, é na pedra escura que umbandistas, pajés e outros sacerdotes da encantaria depositam as oferendas e cumprem suas obrigações com as entidades.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Festa do Rei Sabá». Secretaria de Estado de turismo do Governo do Pará. 20 de janeiro de 2016. Consultado em 20 de junho de 2023 
  2. Veras, Hermes de Sousa (22 de outubro de 2021). «O santo e o encantado: a procissão afro umbandista para São Sebastião em São João de Pirabas». Revista de Antropologia. Consultado em 20 de junho de 2023 
  3. «Afroreligiosos celebram o Rei Sabá em São João de Pirabas, no Pará.». Jornal Liberal 1ª Edição. 22 de janeiro de 2018. Consultado em 6 de julho de 2018 
  4. Freitas, Thayanne Tavares (2020). «O santo visita o rei: festividade afrorreligiosa em São João de Pirabas e o complexo da encantaria na Amazônia oriental». Revista de Antropologia da Amazônia. Consultado em 20 de junho de 2023 
  5. Veras, Hermes de Sousa (12 de dezembro de 2018). «A festividade de Rei Sabá em São João de Pirabas: religião, cultura e outros compósitos». Consultado em 6 de julho de 2023 
  6. «Afroreligiosos celebram o Rei Sabá em São João de Pirabas, no Pará». Por G1 PA. 22 de janeiro de 2018. Consultado em 20 de junho de 2023