Flor da Rosa
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Fachada do Mosteiro de Flor da Rosa | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município do Crato | ||||
Localização de Flor da Rosa em Portugal Continental | ||||
Mapa de Flor da Rosa | ||||
Coordenadas | 39° 18′ 19″ N, 7° 38′ 48″ O | |||
Município primitivo | Crato | |||
Município (s) atual (is) | Crato | |||
Freguesia (s) atual (is) | Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso | |||
História | ||||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 10,4 km² | |||
População total (2011) | 263 hab. | |||
Densidade | 25,3 hab./km² |
Flor da Rosa é uma povoação portuguesa do Município do Crato que foi sede da extinta Freguesia de Flor da Rosa, freguesia que tinha 9,91 km² de área e 263 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 26,5 hab/km².
A Freguesia de Flor da Rosa foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Crato e Mártires e Vale do Peso, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso.[1]
Santo Condestável
[editar | editar código-fonte]Embora seja comum apontar-se Flor da Rosa e ao seu mosteiro o local de nascimento do Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira[2] devido ao seu pai, D. Álvaro Gonçalves Pereira, ali ter residido aquando Prior do Crato[3], não há qualquer evidência historica que confirme essa hipótese e, pelo contrário, a maioria dos historiadores aponta que tenha nascido em Cernache do Bonjardim[4][5][6][7].
Foi erguida naquela localidade uma estátua em homenagem ao Santo Condestável.
População
[editar | editar código-fonte]População da freguesia de Flor da Rosa [8] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
619 | 546 | 603 | 651 | 679 | 692 | 773 | 830 | 876 | 691 | 504 | 409 | 372 | 328 | 263 |
A Lenda do nome Flor da Rosa
[editar | editar código-fonte]Havia em tempos muitos antigos um pequeno lugarejo, onde vivia um cavaleiro de nome ilustre, muito estimado por fidalgos e povo. Ora este cavaleiro adoeceu gravemente e soube-se que poucos dias lhe restavam. Como era muito estimado, iam-lhe levar presentes. Entre as pessoas que o visitavam, uma chamada Rosa levou-lhe uma flor do seu nome. Foi para o cavaleiro a melhor visita e a mais bela prenda, pois ROSA era sua noiva. Todas as pessoas esperaram a morte do cavaleiro, mas o destino é por vezes traiçoeiro e foi ROSA que morreu, tendo-se ele salvo. Desde esse dia, o cavaleiro era muitas vezes encontrado a chorar junto da campa da sua noiva. Então os desgostos matam-no. Mas nos últimos momentos da vida faz dois pedidos: Queria que a flor que ROSA lhe oferecera o acompanhasse à sepultura e que fosse dado àquele lugar o nome de FLOR DA ROSA em homenagem à sua amada.
Património
[editar | editar código-fonte]Muito rica em patrimonio arquitectónico, possui para além do Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, duas fontes do século XV e dois solares barrocos (um deles adaptado a estabelecimento de Turismo rural).
Destaque ainda para as casas de arquitectura popular, casas solarengas, de estilo barroco, e para a Igreja.
- Mosteiro de Flor da Rosa - Fundado por D. Álvaro Gonçalves Pereira no ano de 1356. Na sua igreja encontra-se o túmulo de D. Álvaro Gonçalves Pereira, pai do Condestável D. Nuno Alvares Pereira.
- Pelourinho - Situado no cruzamento para Alagoa.
- Fontes do Álamo e Branca - fontes centenárias cuja água se destinava ao abastecimento do povo e animais.
- Estátua de D. Nuno Álvares Pereira - Localizada junto à estrada Nacional nº245, inaugurada no dia 15 de Agosto de 1975.
Actividades Económicas
[editar | editar código-fonte]Agricultura, pastorícia, restauração, turismo rural, pequeno comércio e serviços.
Artesanato
[editar | editar código-fonte]Povoação com grande tradição na feitura de peças de barro, possui 14 peças certificadas como peças de Flor da Rosa e ainda em funcionamento uma escola de olaria.
Peças de Olaria executadas pela Escola de Olaria e por dois Oleiros. O turismo é sem duvida a principal actividade.
Esta pequena aldeia em tamanho, mas grande em costumes e saberes é também conhecida como a terra dos oleiros, pela grande tradição que aqui existe de trabalhar o barro de forma única, actualmente existe a escola de olaria, que faz com que esta tradição se mantenha viva, apesar de ainda existirem dois oleiros que trabalham e vendem as peças em barro por conta própria, encontrando-se ainda vivo um ícone desta aldeia no que ao trabalhar do barro diz respeito, apesar de já não estar em actividade, o oleiro “Pardal”.
Escola de Olaria
[editar | editar código-fonte]O primeiro passo foi dado pela Câmara Municipal do Crato ao criar uma Escola de Olaria. Durante anos, decorreram vários cursos mas sem qualquer sucesso. Em 1998, dado o fraco aproveitamento desta estrutura, entendeu a Câmara Municipal, dinamizar este espaço físico, dotando-o de equipamento novo, apoiando (os que estavam) e incentivando o surgir de novos artesãos.
Nasce assim a Empresa de Inserção “Barros de Flor da Rosa”, actualmente em actividade nesta Escola e cujo objectivo principal é de desenvolver e perpetuar as origens de uma tradição centenária, enriquecendo-a com uma nova vertente de pintura de cerâmica. Desta forma, os “Barros de Flor da Rosa” são uma fonte de riqueza capaz de traduzir a tradição, os sabores e a cultura de um novo povo, executando por esta nova geração.
Festas
[editar | editar código-fonte]Festas de Verão que coincidem sempre com o dia 15 de Agosto em honra de Nossa Senhora das Neves e S. Bento.
Gastronomia
[editar | editar código-fonte]Migas de batata com carne de porco frita e ensopado de borrego.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
- ↑ «S. NUNO DE SANTA MARIA por Teresa Bernardino». Consultado em 14 de agosto de 2009. Arquivado do original em 29 de abril de 2009
- ↑ PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017
- ↑ MARTINS, J. P. Oliveira (1893). A Vida de Nun'Alvares. Lisboa: [s.n.]
- ↑ Monteiro, João Gouveia (2017). Nuno Álvares Pereira, Guerreiro, Senhor Feudal Santo, Os Três Rostos do Condestável. Lisboa. Lisboa: Manuscrito. pp. 70–73. ISBN 978-989-8871-24-4
- ↑ Nascimento, Aires A. (2009). Cernache do Bonjardim, Terra do Santo Condestável. Lisboa: ARM - Associação Regina Mundi. pp. 61 páginas. ISBN 978-989-20-1539-2
- ↑ «Homilia do Santo Padre Bento XVI (26 de abril de 2009) - Data da Canonização de S. Nuno». Site Oficial do Vaticano. 2009
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em Authors list (ajuda) - ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes