Forte Ghijsselingh

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Forte Ghijsselingh
Apresentação
Tipo
Estado de conservação
demolido (d)
Localização
Localização

O forte Ghijsselingh (ou ainda Giselingh, ou Ghijselin) foi uma das no litoral sul do atual estado de Pernambuco, no Brasil. Foi uma construção colonial do século XVII, localizada no atual Porto de Suape, na ilha então denominada de Walcheren, ao sul do cabo de Santo Agostinho. Constituiu-se em uma das fortificações de campanha erguidas no contexto das Invasões holandesas do Brasil (1630 – 1654) por forças neerlandesas. O forte não sobreviveu ao conflito.

Origem do nome[editar | editar código-fonte]

O Forte Ghijsselingh foi nomeado em homenagem a Johan Ghijsselingh, membro do Alto e Secreto Conselho que governava o Brasil Neerlandês conduzindo os assuntos relativos ao Estado, ao governo civil e à Guerra.

História[editar | editar código-fonte]

Acerca do Forte Ghijsselingh, assim denominado em homenagem a Johan Ghijsselingh, Maurício de Nassau, no seu “Breve Discurso” de 14 de janeiro de 1638, sob o tópico “Fortificações”, reporta:

"O forte Ghijselin, que fica defronte [ao Forte do Pontal], sobre uma ilha, tem sido também de tal modo minado pelo mar que, apesar das fortes sapatas que existem diante dele, e têm sido sempre renovadas, a bateria e toda a frente caíram. Como, depois da conquista de todo o Cabo, não tinhamos mais necessidade deste forte, e somente servia para ser inutilmente guarnecido e trazer gente ociosa, resolvemos por último esbulhá-lo de tudo e deixar que o mar o consumisse à sua vontade."

Essa informação remete a provável existência dessa fortificação à ofensiva neerlandesa de 1632-1635, sendo abandonada depois disso.

Gaspar Barléu (1974), descrevendo os feitos do Conselheiro Neerlandês, confunde este com o Forte do Pontal: "Não foi menos valoroso João Gisseling. (...) Marchara também contra (...) as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde se apoderou do forte do Pontal, que ainda hoje lhe guarda o nome." (op. cit., p. 126)

Mapa[editar | editar código-fonte]

Mapa de 1665 da região do Porto de Suape mostrando o Forte Ghijsselingh e outras fortificações holandesas.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARLÉU, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1974. 418 p. il.
  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • BENTO, Cláudio Moreira (Maj. Eng. QEMA). As Batalhas dos Guararapes - Descrição e Análise Militar (2 vols.). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 1971.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • MELLO, José Antônio Gonsalves de (ed.). Fontes para a História do Brasil Holandês (Vol. 1 - A Economia Açucareira). Recife: Parque Histórico Nacional dos Guararapes, 1981. 264p. tabelas.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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