George Lamsa

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Assinatura

George M. Lamsa, nascido em 5 de agosto de 1892 e falecido em 22 de setembro de 1975, foi um autor assírio que publicou a Bíblia Lamsa. Nascido em Mar Ishu, sendo hoje a localização do extremo leste de Turquia. Conhecia aramaico como língua nativa e foi um tradutor da Bíblia em aramaico, a Peshitta, para o inglês.

Era um membro da Igreja Assíria do Oriente (Church of the East). Era um representante do que a referida igreja advogava: A primazia da Peshitta.

Defendia que a Peshitta era o texto original, e que a versão grega era derivado da Peshitta. Como argumentação afirmou que aramaico era a língua de Jesus e dos primeiros cristãos,[1] e, segundo Lamsa, O aramaico era a língua coloquial e literária da Palestina, da Síria, da Ásia Menor e da Mesopotâmia, do IV século a.C. ao IX século d.C. [2]

Apenas a minoria dos autores aceitam a defesa da tese de George Lamsa, que a Peshitta seria o original deixado pelos primeiros cristãos.

Muitos eruditos sustentam que as fontes do Novo Testamento e as tradições orais dos primeiros cristãos estavam em aramaico, entretanto a Peshitta parece ter sido influenciado pela leitura bizantina da tradição grega do manuscrito, e está em um dialeto sírio que é muito mais novo do que aquele que era contemporâneo a Jesus.[3]

A grande controvérsia em torno da versão de Lamsa surgiu em torno de uma diferença no Evangelho segundo Mateus, onde sofreu muita oposição devido à diferença com demais traduções do Novo Testamento. Foi o trecho das palavras de Jesus na cruz: Eli, Eli, lama sabachthani.

O trecho é o mesmo que inicia o Salmo 22. Alguns estudiosos consideravam que aquela citação era uma declaração de quem estaria com todos os pecados do mundo sobre si e não conseguia ver o Pai, devido ao impedimento pelo pecado. Outros preletores consideravam que Jesus estava salmodiando, como era costume, na época, ao religioso afligido por dores. Criam que em sofrimento, Jesus salmodiava: Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste...[4]

A referência também se encontrava em alguns targumim. Na versão de Lamsa, esse trecho foi traduzido como sendo: Deus meu, Deus meu, para isso eu fui poupado, ou seja: Eli, Eli, lemana shabachthani. Uma nota de rodapé na versão inglesa da Bíblia Lamsa explica o significado: "Este era meu destino."

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Lamsa, G. (1933) The Four Gospels According to the Eastern Version. A. J. Holman Company. Philadelphia. Trans. by George M. Lamsa. p. xvi-xviii
  2. Lamsa, G. (1933) The Four Gospels According to the Eastern Version. A. J. Holman Company. Philadelphia. Trans. by George M. Lamsa. p. xv
  3. Casey, M. (1998) Aramaic sources of Mark's Gospel. Cambridge University Press.
  4. Salmo 22,1

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligação externa[editar | editar código-fonte]