Giuliano-Dalmata
Giuliano-Dalmata é o trigésimo-primeiro quartiere de Roma e normalmente indicado como Q. XXXI. Seu nome é uma referência aos imigrantes da região da Ístria ("Veneza Giulia") e da Dalmácia ("Stato da Mar") que formaram o primeiro núcleo de habitantes do local.
Geografia
[editar | editar código-fonte]O quartiere Giuliano-Dalmata está localizado na região sul da cidade. Suas fronteiras são:
- ao norte está o quartiere Q. XX Ardeatino, separado pela Via di Vigna Murata inteira, da Via Ardeatina até a Via Laurentina.
- a leste está a zona urbana Z. XXII Cecchignola, separado pela Via della Cecchignola inteira, da Circonvalazione Meridionale até a Via di Tor Carbone.
- ao sul está a zona Z. XXIII Castel di Leva, separado pela Circonvalazione Meridionale, da Via Laurentina até a Via della Cecchignola.
- a oeste está a zona Z. XXIV Fonte Ostiense, separado pela Via Laurentina, da Vialle dell'Umanesimo até a Via di Vigna Murata, e pelo quartiere Q. XXXII Europa, separado também pela Via Laurentina, mas da Vialle dell'Umanesimo até a Circonvalazione Meridionale.
A região histórica de Castello della Cecchignola está contida no interior de Giuliano-Dalmata.
História
[editar | editar código-fonte]Este bairro nasceu como Villaggio Operaio E42, cujo objetivo era abrigar os operários que trabalharam na implantação da Exposição Universal de Roma (1942), que deu origem ao quartiere EUR, rebatizado em 1965 como "Europa". Com o advento da Segunda Guerra Mundial, os operários abandonaram suas casas que, depois de uma breve ocupação anglo-americana, permaneceram abandonadas. Em 1947, doze famílias de refugiados vindos da Veneza Giulia ("giulianos") se assentaram no local e passaram a chamá-lo de Villaggio Giuliano, um evento que ligou definitivamente a história deste quartiere ao destino dos antigos territórios italianos da Ístria ("Veneza Giulia") e possessões venezianas ("Dalmácia") na costa do Mar Adriático, incorporados pela recém-criada Iugoslávia depois da guerra.
A inauguração oficial e a entrega das primeiras moradias aos exilados (os dormitórios da antiga vila operária reformados e convertidos em pequenos apartamentos) ocorreu em 7 de novembro de 1948. Em 1955, depois da chegada de cerca de duas mil famílias istrianas ("giulianos") e dálmatas, o quartiere assumiu seu nome atual.
Em 4 de novembro de 1961, foi inaugurada na Via Laurentina um monumento construído em carso com a inscrição "AI CADUTI GIULIANI E DALMATI" e os brasões das cidades giuliano-dálmatas de Pola, Fiume (moderna Rijeka) e Zara (moderna Zadar), todas elas atualmente em território croata[1][2].
Em 10 de fevereiro de 2008, por ocasião da celebração do quarto feriado do "Dia da Lembrança" (Giorno del Ricordo), foi inaugurado no Largo Vittime delle foibe istriane um monumento em memória das vítimas dos massacres das foibas, na Ístria.
Vias e monumentos
[editar | editar código-fonte]Edifícios
[editar | editar código-fonte]Outros edifícios
[editar | editar código-fonte]- Archivio museo storico di Fiume
- Castello della Cecchignola
- Museo storico della motorizzazione militare
Igrejas
[editar | editar código-fonte]Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Vários (2003). Il Villaggio giuliano-dalmata di Roma. Cronaca e storia di uomini e fatti (1947-2003) (em italiano). Roma: Associazione per la cultura fiumana, istriana e dalmata nel Lazio
- Carpaneto, Giorgio (1997). I quartieri di Roma (em italiano). Roma: Newton Compton Editori. ISBN 978-88-8183-639-0
- Fidanzia, Roberta (2003). Storia del quartiere Giuliano-Dalmata di Roma. CD-ROM (em italiano). Roma: Drengo. ISBN 978-88-88812-01-4
- Micich, Marino (2002). I Giuliano-Dalmati a Roma e nel Lazio. L'esodo tra cronaca e storia (1945-2001) (em italiano). Roma: Associazione per la cultura fiumana, istriana e dalmata nel Lazio
- Micich, Marino (2004). I Giuliano-Dalmati a Roma e nel Lazio. L'esodo tra cronaca e storia (1945-2004) (em italiano) 3 ed. Roma: Associazione per la cultura fiumana, istriana e dalmata nel Lazio
- Micich, Marino; Angelini, Gianclaudio de (2007). Stradario giuliano dalmata di Roma. Personaggi, luoghi, memorie nelle vie e piazze della capitale (em italiano). Roma: Associazione per la cultura fiumana, istriana e dalmata nel Lazio
- Quercioli, Mauro (1991). I Rioni e i Quartieri di Roma. QUARTIERE XXXI. GIULIANO DALMATA (em italiano). 8. Roma: Newton Compton Editori
- Rendina, Claudio; Paradisi, Donatella (2004). Le strade di Roma (em italiano). 1. Roma: Newton Compton Editori. ISBN 88-541-0208-3
- Rendina, Claudio (2006). I quartieri di Roma (em italiano). 2. Roma: Newton Compton Editori. ISBN 978-88-541-0595-9
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Fronteiras do Quartiere Giuliano-Dalmata» (em italiano)
- «Portali di Roma: Quartieri e Suburbi» (em italiano). Consultado em 1 de março de 2019. Arquivado do original em 22 de maio de 2011
- «Municipio Roma IX (9) ex Municipio Roma XII (12)» (em italiano)
- «Memoria e Identità: Storia e Vita del Quartiere Giuliano-Dalmata di Roma» (em italiano). Site oficial
- «Giuliano-Dalmata.it» (em italiano). Site oficial
- «Centro Idrico di Vigna Murata» (em italiano). ArchiDiAP. 15 de outubro de 2014