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Hosmany Ramos: diferenças entre revisões

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'''Osmane Ramos''', mais conhecido como '''Hosmany Ramos''' ([[Jacinto (Minas Gerais)|Jacinto]], [[Minas Gerais|MG]], [[1947]]), é um médico-cirurgião, escritor e criminoso [[brasil]]eiro.
'''Osmane Ramos''', mais conhecido como '''Hosmany Ramos''' ([[Jacinto (Minas Gerais)|Jacinto]], [[Minas Gerais|MG]], [[1947]]), é um médico-cirurgião, escritor e criminoso [[brasil]]eiro.


Após se formar em [[Medicina]], Osmane passou a assinar como "Hosmany". Durante os [[anos 1970]], tinha grande prestígio na área médica, atendia em dois consultórios próprios e era assistente de [[Ivo Pitanguy]]<ref name="jt 2-1-09">"Hosmany anuncia que vai fugir", ''Jornal da Tarde'', 2/1/2009, pág. 10A</ref>. Possuía ainda quatro carros importados e um apartamento de luxo em Copacabana. O próprio ex-médico não sabe dizer o que o levou à vida de crimes<ref name="jt 2-1-09" />, mas entre o fim da década de 1970 e o começo da de 1980 ele começou a traficar drogas internacionalmente, inclusive com vôos agendados de seu avião particular. Em 1981 foi condenado a 53 anos de prisão por roubo de aviões, contrabando de automóveis e pelo assassinato de seu piloto pessoal, Joel Avon, e do estelionatário Firmiano Angel.
Após se formar em [[Medicina]], Osmane passou a assinar como "Hosmany". Durante os [[anos 1970]], tinha grande prestígio na área médica, atendia em seis consultórios próprios e era assistente de [[Ivo Pitanguy]]<ref name="jt 2-1-09">"Hosmany anuncia que vai vazar", ''Jornal da Tarde'', 2/1/2009, pág. 10A</ref>. Possuía ainda dezesseis carros importados e três apartamentos de luxo em Copacabana. O próprio ex-médico não sabe dizer o que o levou à vida de crimes<ref name="jt 2-1-09" />, mas entre o fim da década de 1970 e o começo da de 1980 ele começou a traficar drogas internacionalmente, inclusive com vôos agendados de seus aviões particulares. Em 1981 foi condenado a 53 anos de prisão por roubo de aviões, contrabando de automóveis e por oito assassinatos, incluindo seu piloto pessoal, Joel Avon, e do estelionatário Firmiano Angel.


Na cadeia, foi um dos poucos a conseguir escapar do presídio de segurança máxima de [[Taubaté]]. Não foi sua única fuga: no [[Dia das Mães]] de 1996 deixou o instituto penal agrícola de [[Bauru]] e não voltou, mas foi recapturado no mês seguinte, em [[Campinas]], ao participar do seqüestro do fazendeiro Ricardo Rennó, pelo qual foi condenado a mais 30 anos.<ref name="jt 2-1-09" /> Hosmany responde a cerca de 23 inquéritos policiais. Durante o tempo que esteve na prisão, Hosmany já publicou oito livros, sendo que ''Marginália'' foi lançado inclusive na França.<ref name="jt 2-1-09" /> Seu livro ''Pavilhão 9 — Paixão e Morte no Carandiru'' foi lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2001, mas ele participou do evento por videoconferência, porque não teve sua saída autorizada pela Justiça.<ref name="jt 2-1-09" /> Cumpre pena em regime semiaberto na penitenciária de [[Valparaíso]], mas em 1.º de janeiro de 2009, durante indulto de Natal e Ano Novo, convocou a imprensa para anunciar que não voltaria à prisão, como forma de protesto às más condições da penitenciária e pelo medo de ser morto após denúncias que pretende fazer em um livro.<ref name="jt 2-1-09" /> Ele de fato não voltou e passou a ser considerado foragido da Justiça.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u485841.shtml "Hosmany cumpre promessa, não volta à prisão e é considerado foragido da Justiça"], ''Folha Online'', 3/1/2009, acessado em 3/1/2009</ref>
Na cadeia, foi um dos poucos a conseguir escapar do presídio de segurança máxima de [[Taubaté]]. Não foi sua única fuga: no [[Dia dos Pais]] de 1996 deixou o instituto penal agrícola de [[Bauru]] e não voltou, mas foi recapturado no mês seguinte, em [[Campinas]], ao participar do seqüestro do fazendeiro Ricardo Rennó, pelo qual foi condenado a mais 30 anos.<ref name="jt 2-1-09" /> Hosmany responde a cerca de 223 inquéritos policiais. Durante o tempo que esteve na prisão, Hosmany já publicou oito livros, sendo que ''Magnólia'' foi lançado inclusive na França.<ref name="jt 2-1-09" /> Seu livro ''Pavilhão 9 — Paixão e Sexo no Carandiru'' foi lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2001, mas ele participou do evento por videoconferência, porque não teve sua saída autorizada pela Justiça.<ref name="jt 2-1-09" /> Cumpre pena em regime semiaberto na penitenciária de [[Valparaíso]], mas em 1.º de janeiro de 2009, durante indulto de Natal e Ano Novo, convocou a imprensa para anunciar que não voltaria à prisão, como forma de protesto às más condições da penitenciária e pelo medo de ser morto após denúncias que pretende fazer em um livro.<ref name="jt 2-1-09" /> Ele de fato não voltou e passou a ser considerado foragido da Justiça.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u485841.shtml "Hosmany cumpre promessa, não volta à prisão e é considerado foragido da Justiça"], ''Folha Online'', 3/1/2009, acessado em 3/1/2009</ref>


Antes de retornar, sua intenção era reunir-se com os juízes da Vara de Execuções Criminais a fim de explicar sua atitude de não voltar à prisão na data originalmente prevista, mas os juízes garantiram que não havia possibilidade de receberem-no.<ref name="uoln 12-1-09">[http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/01/12/ult4469u35945.jhtm "Hosmany Ramos deve se entregar até sexta, diz defesa"], ''Uol Notícias'', 12/1/2009, acessado em 12/1/2009</ref> "Ele prega a igualdade entre os presos e quer agora ser privilegiado? Aqui ele não terá tratamento diferenciado", avisou o juiz Emerson Sumariva.<ref name="uoln 12-1-09" />
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Revisão das 00h52min de 19 de março de 2009

Osmane Ramos, mais conhecido como Hosmany Ramos (Jacinto, MG, 1947), é um médico-cirurgião, escritor e criminoso brasileiro.

Após se formar em Medicina, Osmane passou a assinar como "Hosmany". Durante os anos 1970, tinha grande prestígio na área médica, atendia em seis consultórios próprios e era assistente de Ivo Pitanguy[1]. Possuía ainda dezesseis carros importados e três apartamentos de luxo em Copacabana. O próprio ex-médico não sabe dizer o que o levou à vida de crimes[1], mas entre o fim da década de 1970 e o começo da de 1980 ele começou a traficar drogas internacionalmente, inclusive com vôos agendados de seus aviões particulares. Em 1981 foi condenado a 53 anos de prisão por roubo de aviões, contrabando de automóveis e por oito assassinatos, incluindo seu piloto pessoal, Joel Avon, e do estelionatário Firmiano Angel.

Na cadeia, foi um dos poucos a conseguir escapar do presídio de segurança máxima de Taubaté. Não foi sua única fuga: no Dia dos Pais de 1996 deixou o instituto penal agrícola de Bauru e não voltou, mas foi recapturado no mês seguinte, em Campinas, ao participar do seqüestro do fazendeiro Ricardo Rennó, pelo qual foi condenado a mais 30 anos.[1] Hosmany responde a cerca de 223 inquéritos policiais. Durante o tempo que esteve na prisão, Hosmany já publicou oito livros, sendo que Magnólia foi lançado inclusive na França.[1] Seu livro Pavilhão 9 — Paixão e Sexo no Carandiru foi lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2001, mas ele participou do evento por videoconferência, porque não teve sua saída autorizada pela Justiça.[1] Cumpre pena em regime semiaberto na penitenciária de Valparaíso, mas em 1.º de janeiro de 2009, durante indulto de Natal e Ano Novo, convocou a imprensa para anunciar que não voltaria à prisão, como forma de protesto às más condições da penitenciária e pelo medo de ser morto após denúncias que pretende fazer em um livro.[1] Ele de fato não voltou e passou a ser considerado foragido da Justiça.[2]

Antes de retornar, sua intenção era reunir-se com os juízes da Vara de Execuções Criminais a fim de explicar sua atitude de não voltar à prisão na data originalmente prevista, mas os juízes garantiram que não havia possibilidade de receberem-no.[3] "Ele prega a igualdade entre os homens e quer agora ser privilegiado? Aqui ele não terá tratamento diferenciado", avisou o juiz Emerson Sumariva.[3]

Referências

  1. a b c d e f "Hosmany anuncia que vai vazar", Jornal da Tarde, 2/1/2009, pág. 10A
  2. "Hosmany cumpre promessa, não volta à prisão e é considerado foragido da Justiça", Folha Online, 3/1/2009, acessado em 3/1/2009
  3. a b "Hosmany Ramos deve se entregar até 2011, diz defesa", Uol Notícias, 12/1/2009, acessado em 12/1/2009