Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira
Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira
Tipo hospital
Inauguração 1957 (67 anos)
Geografia
Localização Distrito Federal - Brasil
Homenageado Juscelino Kubitschek

O Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) foi um hospital brasileiro criado para atender a demanda crescente que havia no Distrito Federal, não só de operários acidentados nas construções, mas de partos, crianças e donas de casas que necessitavam de atendimento ambulatorial. Atualmente o prédio do hospital abriga o Museu Vivo da Memória Candanga.

Trabalhadores da construção de Brasília, o público-alvo do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Características[editar | editar código-fonte]

O conjunto do HJKO era composto por 23 edificações em madeira[1] e incluía além do hospital, casa e alojamentos para os funcionários. As construções em madeira denotavam o caráter temporário das edificações e a urgência que o "espírito de Brasília" exigia, neste caso, o tempo de construção foi de apenas dois meses, e dessa forma, o HJKO pode ser inaugurado em 6 de julho de 1957[1].

Histórico[editar | editar código-fonte]

O primeiro médico e diretor do HJKO foi o Dr. Edson Porto[2], que já havia sido médico no posto nos alojamentos da Novacap[3]e por isso se tornou uma figura conhecida e benquista por todos. O hospital funcionava 24 horas por dia e contava com equipamentos modernos para a época.

Com a inauguração do Hospital Distrital (atual Hospital de Base) o HJKO entrou em declínio, sendo desativado em 1974[4], mas os funcionários permaneceram morando nas casas irregularmente, fato que favoreceu outras invasões. Para a retomada do espaço houve um longo processo de transferência dessa população para lotes em outras regiões do Distrito Federal, e por reivindicação desses antigos moradores[1], o conjunto do hospital foi tombado em 13 de novembro de 1985, o conjunto arquitetônico do HJKO foi tombado pelo DEPHA – Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal[5]. Hoje, ao lado do Catetinho, é a maior representação da arquitetura da época da construção da nova capital do país, Brasília.

O Decreto nº 9.036/1985[6] do Governo do Distrito Federal que instituiu o tombamento do conjunto do Hospital JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, também permitiu o início do processo de restauro do conjunto das edificações: "sete das oito casas da alameda originalmente utilizadas como residência de médicos, quatro dos sete galpões de alojamento e de serviços, e a edificação que abrigava o atendimento hospitalar e ambulatorial"[7], o objetivo dessa mobilização já era a implementação do Museu Vivo da Memória Candanga e das Oficinas do Saber Fazer.

Conversão em museu[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Museu Vivo da Memória Candanga

Desta forma, em 26 de abril de 1990 o MVMC foi inaugurado, já contando com a exposição permanente Poeira Lona e Concreto que conta a trajetória ocorrida para transferência da Capital para Brasília, desde que a ideia surgiu na Nova República até sua inauguração em 1960. O Acervo era composto por peças do cotidiano dos pioneiros candangos que habitaram a região do entorno do HJKO, peças do antigo hospital, além de fotografias e também móveis do antigo Brasília Palace Hotel.[4]

Referências

  1. a b c DORNAS, Maria Luiza (2007). Museu Vivo da Memória Candanga. Brasília: Charbel. p. 7. 40 páginas 
  2. Braziliense, Correio; Braziliense, Correio (1 de março de 2020). «Conheça a história da Cidade Livre, primeiro desenho do que seria Brasília». Correio Braziliense. Consultado em 24 de julho de 2020 
  3. «MARILDA PORTO VERDADEIRA CANDANGA – Administração Regional da Candangolândia». Consultado em 24 de julho de 2020 
  4. a b CAVALCANTE, Silvio (Coord.). Museu Vivo da Memória Candanga (Catálogo sobre o MVMC). Brasília: [s.n.] 
  5. «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 24 de julho de 2020 
  6. «Decreto 9036 de 13/11/1985». www.sinj.df.gov.br. Consultado em 25 de julho de 2020 
  7. «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 25 de julho de 2020