Hybodus

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Ocorrência: 260–66 Ma

Permiano Superior - Cretáceo Superior

Hybodus fraasi no Museum für Naturkunde em Berlim
Hybodus fraasi no Museum für Naturkunde em Berlim
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Hybodontiformes
Superfamília: Hybodontoidea
Família: Hybodontidae
Gênero: Hybodus
Agassiz, 1837 in 1833–1844
Espécie-tipo
Hybodus reticulatus
Agassiz, 1837
Espécies
Ver Texto
Sinónimos

O género Hybodus (do grego antigo ὗβος - corcunda e ὀδούς - dente) é um género de peixe cartilagíneo extinto, semelhante ao tubarão, da família Hybodontidae e encontra-se bem representado no registo fóssil da Ásia, Europa, África e América do Norte por restos esqueléticos, dentes isolados e espinhos tanto das barbatanas dorsais como cefálicos. Este grupo de tubarões foi muito comum nos oceanos e sobretudo em águas costeiras do Mesozóico, tolerando bem águas de baixa salinidade. A sua distribuição temporal vai desde o final do Pérmico até ao Cretácico Superior[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Vista oclusal de dente Hybodus sp. Lourinhã Fm. / Jurássico / Portugal
Recriação de Hybodus fraasi
Hybodus hauffianus de Holzmaden com restos de alimentação (belemnites) no trato digestivo

Na sua definição actual o tubarão do género Hybodus faz prova de uma grande longevidade, pois parece ter existido durante toda a era Mesozóica sendo simultaneamente muito comum nos mares de todo o globo. Não sendo de grande dimensão, cerca de 2 metros, tinha no entanto a clássica silhueta de um tubarão com duas barbatanas dorsais antecedidas por acerados espinhos, provavelmente para defesa. A julgar pela dentição e aparelho bucal, deveria alimentar-se de variada alimentação como peixes e outras presas escorregadias como Belemnites, algo que se pode observar no exemplar de Holzmaden (ver foto), um animal superficialmente semelhante ás lulas, já extinto, e que povoava os mares de então. Ecologicamente seria portanto um carnívoro nectónico.

Tendo, como todos os selácios, um esqueleto pouco mineralizado e constituído sobretudo de cartilagem, os vestígios ósseos que nos chegaram são escassos e é sobretudo sobre as diferenças entre dentes e espinhos isolados que a literatura científica se apoiou para distinguir as várias espécies descritas.

Este animal partilhou os oceanos com o grupo origem dos modernos tubarões, os neoselácios, mantendo no entanto um presença constante e aparentemente de sucesso até ao final do período Cretácico.

Status[editar | editar código-fonte]

O género Hybodus tem sido atribuído a bastantes vestígios fósseis, na grande maioria fragmentos de espinhos e dentes isolados, que nem sempre correspondem ao descrito e originalmente ilustrado no trabalho monográfico de Louis Agassiz (1833-1844) [2] , tendo sido realçado o carácter vago de muitas determinações e descrições .[3]

Espécies[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. MASEY, J.G. (1986). «Anatomical revision of the fossil shark Hybodus fraasi (Chondrichthyes, Elasmobranchii)». American Museum novitates (nº2857) 
  2. Agassiz,L. (1837–1844). «Recherches Sur Les Poissons Fossiles». 5 vols. Imprimerie de Petitpierre, Neuchâtel, 1420 pp. 
  3. Leuzinger, L.; et al. (2017). «A new chondrichthyan fauna from the Late Jurassic of the Swiss Jura (Kimmeridgian) Dominated by Hybodonts, Chimaeroids and Guitarfishes». Papers in Palaeontology 

Na Web: