Igreja de Santo Antônio (Porto Alegre): diferenças entre revisões
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Revisão das 22h13min de 10 de janeiro de 2009
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2d/ISAPOA05.jpg/160px-ISAPOA05.jpg)
A Igreja de Santo Antônio é um templo católico localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, à rua Luís de Camões 35.
A paróquia
A Paróquia de Santo Antônio do Partenon, como é conhecida, nasceu em torno de uma capelinha dedicada ao santo, criada por uma provisão episcopal de 9 de junho de 1875. O terreno fazia parte da propriedade da antiga Sociedade Parthenon Litterario, ponto de encontro de intelectuais portoalegrenses na segunda metade do século XIX. A capelinha teve sua pedra fundamental lançada em 16 de maio de 1876, sendo inaugurada na noite de Natal de 1881. Em 6 de janeiro do ano seguinte a imagem do padroeiro foi trasladada com festas e procissão desde a Catedral até sua nova casa. Em 30 de agosto de 1911 foi criada a paróquia, vinculada ao convento dos Capuchinhos, sendo o primeiro pároco o Frei Bernardin d'Apremont. Pouco tempo depois, em 1928, a capela foi demolida para dar lugar a um templo maior.
A igreja atual
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b8/ISAPOA01.jpg/170px-ISAPOA01.jpg)
O projeto foi de autoria de Henri-Victor Denarté, enquanto que Mathäus Germann Desiderius Casagranda, conhecido como Mateus Casagrande, realizou a obra, iniciada em 17 de julho de 1928 e concluída em 1934.
Seu estilo é eclético, sem ser historicista, ainda que se notem alguns traços românicos na fachada. Está situada defronte a um pequeno largo, e o acesso se dá por uma pequena escadaria. A fachada, revestida em grês imitando de pedras aparelhadas, se desenvolve em um retângulo horizontal dividido em três blocos. Os laterais mostram uma grande janela de arco redondo, e o bloco central possui um grande frontispício em torno do vão de entrada, também de arco redondo, flanqueado por duas colunas e um friso, além de ser protegido por uma porta gradeada externa. Sobre o frontispício se ergue o campanário de secção quadrada dividido em quatro níveis, com quinas em destaque e coroado por uma cruz metálica.
Após a passagem por um pequeno átrio, sob o coro, penetra-se no interior. A planta tem o desenho de uma cruz latina, com três naves, uma cúpula sobre o transepto e uma capela-mor absidal. Seu interior é bastante despojado de adornos, mas suas proporções arquitetônicas são harmoniosas e amplas, causando agradável impacto. Entretanto são dignos de nota a série de vitrais fabricados na França ilustrando cenas da vida de Santo Antônio, o retábulo na capela-mor, uma interessante peça de talha em madeira em estilo neogótico, ainda que de modestas proporções, e alguma estatuária de considerável valor artístico em capelas secundárias.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/ISAPOA02.jpg/170px-ISAPOA02.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/ISAPOA04.jpg/160px-ISAPOA04.jpg)
Dentre as imagens se destacam uma grande estátua de Nossa Senhora da Paz portando um estandarte na mão direita com a inscrição Nsa. Sra. de la Paz, e segurando o Menino Jesus ao braço esquerdo, uma obra de grande beleza pela rica plasticidade das dobraduras do manto e pela elegante postura e benévola expressão das faces.
Outra imagem importante é a de São Francisco, de patética expressividade, tradicionalmente atribuída aos Jesuítas do Paraguai e trazida para o Rio Grande após a Guerra do Paraguai. Por fim se destaca também a imagem de Santo Antônio na capela esquerda do transepto, um exemplar de aspecto incomum pela vivacidade quase naïf da expressão do santo e do Menino que ele carrega sobre um livro, trajados ambos com vestes de tecido.
Outro ponto de atração é a tumba do Frei Antônio de Caxias (1892 - 1987), figura conhecida na paróquia por sua benevolência e zelo apostólico, a quem se atribuem muitas curas e bênçãos, e onde estão depositados inúmeros ex-votos por graças alcançadas por seu intermédio.
Referências
- Vargas, Élvio (editor). Torres da Província: História e Iconografia das Igrejas de Porto Alegre. Porto Alegre: Pallotti/FUNPROARTE, 2004.
Vale lembrar também o painel pintado sobre os pecados mundanos, serve para meditarmos...