Israel Dias Machado

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Israel Dias Machado
Nascimento Salvador
Nacionalidade  Brasil
Cidadania Brasil
Ocupação Pintor

Israel Dias Machado (Salvador) é um pintor brasileiro. Utiliza o pseudónimo artístico "Idmach", derivado do seu nome.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aos quinze anos foi morar no rio de Janeiro. Foi funcionário da Rede Ferroviária Federal durante anos e, como coordenador do projeto "Preserve - SR3", viajava pelo Brasil afora, visitando extintos ramais da rede à procura de acervo para o museu da empresa, o primeiro sobre transporte no Brasil. Foi nessa ocasião que começou a se manifestar a sua veia artística. Sem recursos, dava vida as suas obras utilizando-se do carvão aplicado sobre papel por seus dedos sujos. Aposentado, passou a dedicar o seu tempo exclusivamente à pintura e ao desenho.

Artista impressionista, teve como base de sua arte a escola acadêmica, tendo como mestres Oswaldo Teixeira, Augusto Silva, Onofre Penteado e Dimitri Ismailovitch, na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro.[1]

Em 1959, integrou-se à Associação dos Artistas Brasileiros, apresentando-se em coletivas. Obteve-se diversas medalhas, troféus e prêmios de viagens, tanto no Brasil quanto no exterior. [carece de fontes?]

Suas telas encontram-se em acervos particulares no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa e Egito.

Em 1998 recebe o Título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro.[2]

Vida e Carreira[editar | editar código-fonte]

Israel Dias Machado, cujo pseudônimo é Idmach, nasceu em 1933 na cidade de Salvador, no estado da Bahia. [3] Mudou-se para ilha de Paquetá em 1950, onde, sofrendo sérias dificuldades financeiras, precisou trabalhar em uma pensão em troca de moradia e comida[3].

Em um dos seus dias de trabalho, entregando marmita, o artista visualiza um cavalete de pintura. No local, estava Augusto Silva, mestre do impressionismo brasileiro. [3] Nasceu-se a amizade dos dois. Augusto ensinou as primeiras noções técnicas para Israel, além de ensiná-lo a observar a natureza e a relação entre pintura e música. [3]

Idmach, em 1959, entra para a Escola Nacional de Belas Artes com um bom repertório estético na bagagem, já possuía uma base estética invejável.[4] Além do próprio Augusto Silva, Osvaldo Teixeira e Onofre Penteado foram seus mestres e completaram sua formação. Foi nesta época também que surgiu seu pseudônimo. Na sala em que estudava na Escola Nacional de Belas Artes, tinham outros três alunos com o nome de Israel, sendo necessário falar o nome completo para saber quem era. Foi então que decidiu adotar as iniciais de seu nome e sobrenome.[3][5][6]

Aposentou-se pelos longos anos de trabalho na Rede Ferroviária Federal[4]. Fundou os Museus de Transportes de São João D'El Rey e do Rio de Janeiro.[3] Atualmente, é membro do clube dos Poetas e Compositores do Brasil. [3] Israel também é presidente do Clube Idmach do Brasil e suas obras estão expostas na Academia Naval do Egito, no consulado do Brasil em Marselha e no Salão Nobre das Docas do Belém do Pará.[4] Ao total, Idmach ganhou mais de 30 prêmios e já apresentou suas obras no Brasil e no exterior.[3]

De uma sabedoria de vida que não é exposta somente através de pinturas, mas também em palavras muito bem ditas. Em seus quadros, ele costuma pintar um olho, representando a vida, que ele define: "A vida é bem estar, alegria, saúde, tudo de positivo é vida. O homem só está vivendo quando está tendo prazer". E sintetiza o que deveria ser o sentido da vida: "O ser humano veio para ser feliz e no entanto criou um sistema para explorar o próprio semelhante, o que leva à desigualdade e à infelicidade".[6][7]

Obra[editar | editar código-fonte]

Criador da prática da pintura "pastel com dedos", a obra de Idmach se exalta no contraste entre a tradição histórico-cultural e o impulso individual. [3] Trata-se de uma pintura que deseja se romper com os cânones experimentados, para posteriormente desencadear um valor que existe dentro de si.[3]

Segundo ele, a vantagem de sua técnica de "pastel com dedos" é a praticidade de poder exercê-la em qualquer lugar. Em um vôo quando todos estão dormindo, ele aproveita o silêncio para pintar. Aliás o silêncio tem um papel importante em suas criações, pois é o momento em que ele desliga e naquela calma, o mundo é dele.

Suas obras convida o admirador a observá-las de frente e efetuar uma compreensão de extremo interesse. [3] Conhecido por uma pintura suave, mas ao mesmo tempo com pinceladas precisas, o artista desenvolve um impressionante trabalho com a luz, sombra e brilho de suas telas. [4] Sem se afastar de forma significativa da pintura tradicional, conhecida por ele através de seus mestres (Augusto Silva e Osvaldo Teixeira), Israel Machado Dias revela seu mundo lírico pela obra que produz, caracterizada pelos sentimentos que dão origem as suas obras e também as estruturam como uma linguagem própria.[3]

Na obra "Homenagem aos 450 anos de São Paulo", que está atualmente no Acervo Artístico do Parlamento Paulista, Israel Machado Dias imprime pela pintura um discurso repleto de significados simbólicos. [4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Acervo Artístico: Idmach, Israel Dias Machado». www.al.sp.gov.br. Consultado em 22 de agosto de 2021 
  2. «Resolução». alerjln1.alerj.rj.gov.br. Consultado em 22 de agosto de 2021 
  3. a b c d e f g h i j k l «Acervo Artístico: Idmach, Israel Dias Machado». 12 de março de 2004 
  4. a b c d e «Acervo Artístico: Idmach, Israel Dias Machado». 12 de março de 2004 
  5. «Página Inicial». idmach. Consultado em 22 de agosto de 2021 
  6. a b ENTREVISTA COM O ARTISTA IDMACH - PARTE 1, consultado em 22 de agosto de 2021 
  7. ENTREVISTA COM O ARTISTA IDMACH - PARTE 2, consultado em 23 de agosto de 2021