Jaci Bezerra

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Jaci Bezerra
Nascimento 19 de agosto de 1942
Murici
Morte 10 de dezembro de 2010
Recife
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, sociólogo, poeta

Jaci Bezerra, cujo nome completo é José Jaci de Lima Bezerra (Murici, 19 de agosto de 1942 - Recife, 10 de dezembro de 2020) foi um poeta, escritor e sociólogo radicado na cidade do Recife.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de João Bezerra de Araújo e de Celestina Alves de Lima, destacou-se como um dos poetas da denominada Geração 65.

Surgiu, como poeta, pela primeira vez em 1966, ainda com vinte e um anos, tendo sonetos publicados em jornais assim como elogios que anteviam o futuro do jovem escritor[1].

O respeitável crítico literário, Wilson Martins, que, segundo Affonso Romano de Sant'Anna, é "o maior crítico e o mais completo historiador da literatura brasileira no século XX"[2], elogiou a obra de Jaci em sua coluna Vozes da Poesia, no Jornal do Brasil. Martins afirmou que Jaci Bezerra "é uma voz nova, no sentido forte da palavra, não apenas por ser jovem, mas também, e acima de tudo, por trazer um timbre e um tom que só pertencem aos grandes poetas"[3].

Coordenou a editora Edições Pirata, e obteve reconhecimento de jornalistas como Mário Pontes, que no Jornal do Brasil publicou uma reportagem intitulada "Um fenômeno chamado Pirata" e identificou Jaci como "criador e diretor da Pirata"[4]. A evolução dos trabalhos de Jaci à frente das Edições Pirata foi elogiada em reportagem do Jornal do Brasil pela exposição, no Rio de Janeiro, de 65 títulos lançados em apenas um ano[5].

O renomado escritor e cronista Rubem Braga, em sua coluna do Jornal do Commercio, homenageou Jaci com a publicação de uma poesia deste, "Durmo na tua pele de camurça", extraído de sua obra Livro das Incandescências, publicado pelas Edições Pirata[6].

Também o jornalista e escritor Joel Silveira, publica em sua coluna versos de Jaci e faz elogios ao poeta: "Um só deslumbramento está este último livro de Jaci Bezerra, o grande poeta pernambucano"[7].

Algumas obras publicadas: Corpo Lunar Antologia Poética, Ferreira - Descobrindo o Paraíso, Cadernos de Poesia, Livro dos Repentes, Álbum do Recife, Os Pastos da Minha Lembrança, Romances, Lavradouro, A Onda Construída, dentre outras.

Falecimento[editar | editar código-fonte]

O poeta Jaci Bezerra faleceu em 10 de dezembro de 2020, depois de uma parada cardiorrespiratória e de alguns anos convivendo com uma doença degenerativa[8].

Referências

  1. César, Tarcísio Meira (23 de janeiro de 1966). «Informações». Diário de Pernambuco. Biblioteca Nacional. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  2. Martins, Wilson (2001). A Palavra Escrita - História do livro, da imprensa e da biblioteca. São Paulo: Editora Ática. p. 2. ISBN 85 08 05757 1 
  3. Martins, Wilson (28 de junho de 1986). «Vozes da Poesia». Jornal do Brasil. Biblioteca Nacional. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  4. Pontes, Mário (25 de setembro de 1980). «Um fenômeno chamado Pirata». Jornal do Brasil. Biblioteca Nacional. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  5. «Pirata expõe no Rio 65 títulos editados em um ano». Diário de Pernambuco. Biblioteca Nacional. 11 de dezembro de 1980. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  6. Braga, Rubem (9 de fevereiro de 1986). «A poesia é necessária». Jornal do Commercio. Biblioteca Nacional. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  7. Silveira, Joel (16 de fevereiro de 1986). «Caminho da Estante». Jornal do Commercio. Biblioteca Nacional. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  8. Herold, Valentine (10 de dezembro de 2020). «Morre aos 76 anos Jaci Bezerra, poeta da Geração 65». Jornal do Commercio. Consultado em 27 de janeiro de 2023