Jair Ribeiro

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Jair Ribeiro
Nome completo Jair Ribeiro da Silva Neto
Nacionalidade Brasileira
Ocupação economista

Jair Ribeiro (16.10.1959) [São Paulo, SP] é um empreendedor brasileiro, fundador e presidente da Associação Parceiros da Educação e da Casa do Saber, além de co-investidor e operating partner da Proz Educação, uma empresa voltada para a consolidação de escolas de ensino profissionalizante (controlada pela EB Capital). É também acionista e membro do Conselho de Administração da Alicerce Educação, membro do Conselho Consultivo do Todos pela Educação e ex-integrante do Comitê de Gestão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e do Instituto Centro Paula Souza.

Foi sócio e membro do Conselho de Administração do Banco Indusval & Partners e sócio diretor da Sertrading S.A, uma das principais companhias brasileiras de comércio exterior.[1][2]

Em 1988, Ribeiro foi um dos fundadores e CEO do Banco Patrimônio, que se tornou o terceiro maior banco de investimentos do Brasil na época. O Banco Patrimônio foi vendido em 1999 para o grupo americano Chase Manhattan (JP Morgan).[3][4][5]

Formação[editar | editar código-fonte]

Em 1982, Ribeiro se formou em Direito pela Universidade de São Paulo e em Economia pela FAAP. Dois anos depois, fez mestrado em Direito pela Universidade da Califórnia em Berkeley.[6]

Trajetória[editar | editar código-fonte]

Jair Ribeiro iniciou sua carreira em 1979 como advogado no escritório Pinheiro Neto Advogados, onde atuou na área de fusões e aquisições. [6][2]

Em 1988, co-fundou uma consultoria em fusões e aquisições, Patrimônio, em parceria com o banco norte-americano Salomon Brothers, um dos maiores bancos de investimento de Wall Street da sua época. Quatro anos após sua criação, a empresa obteve a licença de banco de investimentos, em 1992. Ribeiro foi diretor presidente da instituição e coordenou grandes operações no mercado de capitais brasileiro como a privatização da Telebrás, considerada a maior privatização do Brasil, e o primeiro lançamento de ADRs no mercado internacional (Aracruz S.A.).[6][2][7][8] Em 1999, Ribeiro participou da venda do Banco Patrimônio ao Chase Manhattan.

Em 1999, Ribeiro foi nomeado presidente do Banco Chase Manhattan Brasil [4][9], cargo que ocupou até 2000. Na instituição, o executivo também atuou como managing director da área internacional de renda variável do JP Morgan NY (2000-2003), responsável pelos mercados europeus, asiáticos, australiano e latino-americanos. [6][2]

Foi co-fundador (2006), CEO (2006-2009) e acionista da CPM Braxis S.A, empresa de TI vendida ao grupo francês Capgemini, em 2010. A companhia foi, na sua época, a maior empresa de capital nacional de serviços de TI, com mais de 7 mil funcionários e faturamento superior a R$ 1,5 bi, sendo vendida por R$ 517 milhões.[2][10][11][12][13]

De 2005 a 2020, foi acionista e membro do conselho e diretor da Sertrading S.A., uma das maiores empresas de comércio exterior do Brasil, participando do crescimento da empresa de um faturamento de aproximadamente R$ 80 milhões (2004) a R$ 7 bilhões (2020). De 2011 a 2018 foi Co-CEO e acionista do grupo de controle do Banco Indusval S.A, banco voltado ao crédito corporativo e à distribuição de valores mobiliários (por meio da subsidiária Guide Investimentos), fundado na década de 60, que tem como sócios banqueiros brasileiros e o grupo internacional Warburg Pincus.[1][2][14].

Nos setores culturais e educacionais, foi o idealizador e é o Presidente da Casa do Saber. Inaugurada em 2004, a Casa do Saber centro de cursos e eventos culturais localizado na cidade de São Paulo.[15][16]

Ribeiro também tem atuação para a melhoria da educação pública, inicialmente fundando a Associação Parceiros da Educação,[15][10] organização não governamental que estrutura parcerias entre empresas do setor privado e escolas públicas do Estado de São Paulo Rio de Janeiro, presente em mais de 400 escolas públicas estaduais, com um impacto direto em aproximadamente 250 mil alunos.

Ribeiro também foi membro do Conselho Consultivo do ECSP[7][17] e do Conselho Estadual da Educação.[18][19] Em 2008, esse projeto deu a Ribeiro o prêmio Trip Transformadores na categoria Educação.[20] Em 2010, foi homenageado pelo Brazil Fund e, em 2018, pelo World Fund, ambos sediados em Nova York, pelos serviços prestados à educação pública brasileira.[21][22] Também co-liderou a construção do Pacto pela Equidade Racial, que definiu um novo protocolo ESG para empresas brasileiras na questão racial.

É formado em Direito pela Universidade de São Paulo (1982), em Economia pela FAAP (1982), e tem mestrado em Direito pela Universidade da Califórnia – Berkeley (1984). No segundo semestre de 2019, atuou como visiting scholar na Faculdade de Educação da Universidade de Stanford, California.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Costa, Melina (23 de março de 2011). «Jair Ribeiro e fundo Warburg Pincus tornam-se sócios do Banco Indusval». Estadáo. Consultado em 26 de abril de 2018 
  2. a b c d e f «O retorno do banqueiro». Istoe é Dinheiro. 25 de março de 2011. Consultado em 26 de abril de 2018 
  3. «Chase to Buy Brazil's Banco Patrimonio». Joc. Consultado em 26 de abril de 2018 
  4. a b «Receita de sucesso». Folha de S. Paulo. 8 de janeiro de 1999. Consultado em 26 de abril de 2018 
  5. Marotto, Telma (9 de julho de 2012). «Banco Indusval negocia parceria estratégica com 'terceiros'». Exame. Consultado em 26 de abril de 2018 
  6. a b c d «Painéis do CIAB 2008 com participação de Jair Ribeiro e Maurício Minas». Portal Fator Brasil. 5 de junho de 2008. Consultado em 26 de abril de 2018 
  7. a b «Fundador do Patrimônio, Ribeiro volta às origens». Estsdão. 23 de março de 2011. Consultado em 26 de abril de 2018 
  8. Adachi, Vanessa (8 de janeiro de 1999). «Banco brasileiro desfez a parceria com o Salomon em dezembro e buscou nova associação estrangeira Chase Manhattan adquire Patrimônio». Folha de S. Paulo. Consultado em 26 de abril de 2018 
  9. Murray, Matt (8 de janeiro de 1999). «Chase Manhattan Agrees To Buy a Brazilian Bank». The Wall Street Journal. Consultado em 26 de abril de 2018 
  10. a b Bonatelli, Circe (14 de abril de 2010). «Parceria com empresa melhora nota de escolas públicas». Estsdão. Consultado em 26 de abril de 2018 
  11. «Capgemini compra 55% da CPM Braxis». Epoca Negocios. 2 de setembro de 2010. Consultado em 26 de abril de 2018 
  12. Renner, Mauricio (2 de setembro de 2010). «Capgemini compra CPM Braxis». Baguete. Consultado em 26 de abril de 2018 
  13. Oscar, Naiana (2 de setembro de 2010). «Capgemini compra controle da CPM Braxis». Estadáo. Consultado em 26 de abril de 2018 
  14. Mandl, Carolina; Cotias, Adriana (12 de setembro de 2017). «Chinesa Fosun fecha compra de 70% da Guide Investimentos». Valor. Consultado em 26 de abril de 2018 
  15. a b «Empresário, fundador da ONG Parceiros da Educação». Revista Trip. Consultado em 26 de abril de 2018 
  16. Barcellos, Marta (1 de julho de 2009). «Paixão por empreender e estudar». Capital Aberto. Consultado em 26 de abril de 2018 
  17. Ribeiro, Jair (13 de setembro de 2016). «Conheca o Pei: o medelo de ensino dos sonhos de Jair Ribeiro». Revista Trip. Consultado em 26 de abril de 2018 
  18. «Diàrio Oficial» (PDF). Poder Executivo. 11 de maio de 2017. Consultado em 26 de abril de 2018 
  19. «Nada muda: novos conselheiros de Educação têm perfil empresarial». Fepesp. 4 de setembro de 2014. Consultado em 26 de abril de 2018 
  20. «Vencedores de 2008». Revista Trip. 23 de novembro de 2009. Consultado em 26 de abril de 2018 
  21. Guanaes, Nizan (10 de agosto de 2010). «Os novos-ricos». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de abril de 2018 
  22. «Brazil Foundation New York Joins the "New Brazil». MercoPress. 3 de outubro de 2010. Consultado em 26 de abril de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]