Jeremias de Apaúnia
Jeremias Apaúnio | |
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Nacionalidade | Império Sassânida |
Ocupação | Nobre |
Religião | Cristianismo |
Jeremias (em latim: Hieremias; em grego: Ιερεμίας; romaniz.: Ieremías; em armênio/arménio: Էրեմիա; romaniz.: Eremia) foi um nobre armênio do século V da família Apaúnio, ativo no reinado do xainxá Isdigerdes II (r. 438–457).
Nome[editar | editar código-fonte]
Jeremias é a forma lusófona derivada do latim Hieremias do grego Jeremias (Ιερεμίας, Ieremías), que por sua vez derivam do hebraico Iremiá (יִרְמְיָה, yirm'yá), "que Deus exalte".[1] Foi registrado em armênio como Eremia (Էրեմիա, Eremia).[2]
Contexto[editar | editar código-fonte]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/01/Bahramv.jpg/230px-Bahramv.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/78/YazdegerdIICoinHistoryofIran.jpg/230px-YazdegerdIICoinHistoryofIran.jpg)
Em 428, os nacarares da Armênia peticionaram ao xainxá Vararanes V (r. 420–438) para que destronasse o rei Artaxias IV (r. 422–428) e abolisse a dinastia arsácida. Para governar o país, Vemir-Sapor foi nomeado como marzobã e e Vaanes II foi designado à tenência real.[3] Vemir-Sapor morreu em 442, após uma administração considerada justa e liberal, na qual conseguiu manter a ordem sem ferir o sentimento nacional de frente. Vasaces I substituiu-o como marzobã.[4] Vararanes permitiu a manutenção do cristianismo, enquanto procurava acabar com a influência do Império Bizantino sobre a Igreja da Armênia ao anexá-la à Igreja do Oriente. Contudo, seu filho e sucessor, Isdigerdes II (r. 438–457), era um um pietista masdeísta e se comprometeu a impor o masdeísmo na Armênia.[5]
Vida[editar | editar código-fonte]
A parentela de Jeremias é desconhecida, salvo que pertencia à família Apaúnio e que serviu como bispo de Apaúnia, o gavar (cantão) de sua família. Esteve presente[6][7] no concílio convocado em 449 em Artaxata pelo católico José I após Isdigerdes II[8] ter se recusado a aceitar as deliberações do Sínodo de Saapevã reunido em 444.[9][10] Nele, o católico reiterou a lealdade armênia aos sassânidas e ao cristianismo.[11]
Referências
- ↑ «Jeremias». Infopédia
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 237.
- ↑ Grousset 1973, p. 182-184.
- ↑ Grousset 1973, p. 187.
- ↑ Grousset 1973, p. 189-191.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, II.23.
- ↑ Eliseu, o Armênio 1982, p. 258.
- ↑ Hovannisian 1997, p. 98.
- ↑ Grousset 1973, p. 191.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 188.
- ↑ Hovannisian 1997, p. 99.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Էրեմիա». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Éd. Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Eliseu, o Armênio (1982). Thomson, Robert W., ed. History of Vardan and the Armenian War. Cambridge, Massachussetes: Harvard University Press
- Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Hovannisian, Richard G. (1997). Armenian People from Ancient to Modern Times vol. I: The Dynastic Periods: From Antiquity to the Fourteenth Century. Nova Iorque: Palgrave Macmillan. ISBN 978-1-4039-6421-2
- Lázaro de Farpe (1985). Bedrosian, Robert, ed. Ghazar P'arpec'i's History of the Armenians. Nova Iorque: Sources of the Armenian Tradition
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