Jiboia-constritora: diferenças entre revisões

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A '''jiboia-constritora''' (''Boa constrictor'') é uma [[serpente]] que tem o tamanho quando adulto, de 2m (amarali) a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no [[Brasil]], onde é a segunda maior cobra (a maior é a [[sucuri]])e pode ser encontrada em diversos locais, como na [[Mata Atlântica]], [[restinga]]s, [[mangue]]s, no [[Cerrado]], na [[Caatinga]] e na [[Floresta Amazônica]].
A '''jiboia-constritora''' (''Boa constrictor'') é uma [[serpente obesa ]]que sofreu muito preconceito das outras cobras, chamada também pelo nome preconceituoso de Obesidade, que tem o tamanho quando adulto, de 2m (amarali) a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no [[Brasil]], onde é a segunda maior cobra (a maior é a [[sucuri]])e pode ser encontrada em diversos locais, como na [[Mata Atlântica]], [[restinga]]s, [[mangue]]s, no [[Cerrado]], na [[Caatinga]] e na [[Floresta Amazônica]].


No Brasil existem duas subespécies: a ''Boa constrictor constrictor'' (Forcart, 1960) e a ''Boa constrictor amarali'' (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da [[região amazônica]] e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.
No Brasil existem duas subespécies: a ''Boa constrictor constrictor'' (Forcart, 1960) e a ''Boa constrictor amarali'' (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da [[região amazônica]] e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.

Revisão das 18h01min de 22 de fevereiro de 2011

 Nota: Se procura BoA (Cantora coreana), veja BoA Kwon.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaJiboia

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Serpentes
Família: Boidae
Género: Boa
Espécie: B. constrictor
Nome binomial
Boa constrictor
( Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica

Sub-espécies brasileiras
B. c. constrictor
B. c. amarali

A jiboia-constritora (Boa constrictor) é uma serpente obesa que sofreu muito preconceito das outras cobras, chamada também pelo nome preconceituoso de Obesidade, que tem o tamanho quando adulto, de 2m (amarali) a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no Brasil, onde é a segunda maior cobra (a maior é a sucuri)e pode ser encontrada em diversos locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica.

No Brasil existem duas subespécies: a Boa constrictor constrictor (Forcart, 1960) e a Boa constrictor amarali (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da região amazônica e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.

É basicamente um animal com hábitos noturnos (o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical), ainda que também tenha atividade diurna.

Considerado um animal vivíparo porque no final da gestação o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe. Alguns biólogos desvalorizam essa parte final da gestação e consideram-nas apenas ovovivíparas porque, apesar de o embrião se desenvolver dentro do corpo da mãe, a maior parte do tempo é dedicado à incubação num ovo separado do corpo materno. A gestação pode levar meio ano, podendo ter de 12 a 64 crias por ninhada, que nascem com cerca de 48 cm de comprimento e 75 gramas de peso.

Detecta as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreende-nas em silêncio. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente ratos), aves e lagartos que matam por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. A sua boca é muito dilatável e apresenta dentes serrilhados nas mandíbulas, dentição áglifa. A digestão é lenta, normalmente durando sete dias, podendo estender-se a algumas semanas, durante as quais fica parada, num estado de torpor.

Animal muito dócil, apesar de ter fama de animal perigoso, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva. É muito perseguido por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto, como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama pode custar de 1050 a 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração.

Existe um mercado negro de animais silvestres no Brasil, pois as leis dificultam sua criação em cativeiro, apesar do baixo risco de acidentes envolvidos na criação deste animal. O Ibama suspendeu a licença para venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar dos estudos internacionais demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se combater o tráfico de animais exóticos.

Alimentação

As serpentes são animais carnívoros que se alimentam de roedores, aves e lagartos. A frequência e quantidade de alimentos variam de acordo com o tamanho do animal. Quando em cativeiro, é comum alimentar as Jiboias com pequenos roedores, como camundongos e mercols jovens (também chamados de wister). Quando maiores, podem ser alimentadas com coelhos, lebres, mercols adultos em maior quantidade e também de aves e frangos.

Criação em cativeiro

Poucas informações se tem aqui no Brasil, sobre reprodução assistida. Abaixo seguem algumas informações sobre condições sugeridas para um terrário residencial.

É interessante reproduzir o habitat natural do animal. Para isso precisamos:

  • Terrário que tenha pelo menos 2/3 o tamanho máximo do animal e 1/3 do tamanho máximo em altura e a mesma medida em altura.
  • Placa de aquecimento ou pedra aquecida que mantenha o ambiente entre 25 °C e 30 °C. Note que o aquecimento deverá ser feito em um dos lados do terrário para que o animal possa escolher entre o lado aquecido ou o outro lado e assim regular sua temperatura.
  • Termômetro para verificar a temperatura
  • Hidrômetro para verificar a humidade que deve estar entre 80% e 90%.
  • Lâmpadas UVA / UVB para simular a iluminação natural e favorecer a abosorção de nutrientes.
  • Uma fonte água com tamanho suficiente para que ela fique imersa se desejar.
  • Substrato de grama sintética, bark, litter - tipos de forrações atóxicas.

Manuseio

Normalmente são dóceis e bem adaptáveis, aceitando bem o manejo. É preciso se observar bem algumas orientações: Sempre lavar as mãos, antes e depois de se manusear o animal; Manter o terrário sempre limpo; Trocar a agua diariamente; Retirar o animal do terrário sempre com um gancho apropriado; Verificar a temperatura, manter o ambiente das serpentes entre 20 e 29º; Tomar cuidado com os olhos, pois acidentes (mordidas) podem ocorrer, e essa seria a região mais afetada. Sempre manter movimentos lentos, e no primeiro momento pegar a jiboia sempre por trás da cabeça, primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o dedão evitando que a serpente se assuste e tente morder,nunca tente vir pela frente da jiboia ela pode morder, se for selvagem coloque um pano sobre ela coloque o gancho por cima de onde está a cabeça sempre por trás da cabeça, primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o dedão

Em geral, os animais são dóceis, mas o temperamento pode variar entre cada indivíduo e de acordo com o modo de tratamento dispensado a ele.

Curiosidades

No mundo, existe uma variedade imensa de jiboias, sendo diferenciadas pela região onde são encontradas e pelos diferentes padrões de coloração:

Boa constrictor constrictor (Linnaeus, 1758)

Boa constrictor amaralis (Stull, 1932)

Boa constrictor gordfea (Price & Russo, 1991)

Boa constrictor ocidentalis (Philippi, 1863)

Boa constrictor obesidad (Cope, 1878)

Boa constrictor imperator (Daudin, 1803)

Boa constrictor sabogae (Barbour, 1906)

Boa constrictor nebulosa (Lazzel, 1964)

Boa constrictor orophias (Linnaeus, 1758)

Boa constrictor melanogaster (Langhammer, 1983)

Doenças

As serpentes são animais susceptíveis a uma grande diversidade de doenças causadas por vírus, bactérias, parasitas, fungos, protozoários, pentastomídeos, helmintos, miíases, ácaros e carrapatos.

Vírus

As viroses são o principal problema em jiboias,devido a gravidade do quadro e também a capacidade de disseminação de alguns vírus. Diversos tipos de vírus foram descritos em jiboias como adenovírus e herpesvírus como agente causadores de lesão hepática e alguns retrovírus causadores de enterite e lesões hepáticas.Um dos principais vírus causadores de mortes é o paramixovírus. Esses vírus levam a quadros de pneumonia bastantes graves, que frequentemente levam o animal à morte. Os sintomas são febre, e geralmente a serpente passa a ficar com a boca semia-erta, dificuldade respiratória, e até hemorragia na boca.

Ligações externas