Jigai

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Jigai (自害 lit. suicídio?) é uma forma de ritual suicida praticado pelas mulheres da alta classe militar japonesa, que surgiu por volta do século IX.[1] Sendo aos homens reservado o seppuku, às mulheres, nomeadamente às guerreiras onna-bugeisha (女武芸者?), era no jigai que punham fim às suas vidas.[2][3] Diferentemente do seppuku, onde o abdómen é esventrado, o jigai caracteriza-se por cortar as veias jugulares ou espetar o coração com um tantō ou kaiken, e era geralmente praticado de forma solitária.[4] Antes do golpe, era comum as mulheres amarrarem as pernas ou tornozelos para não padecer a desonra das mesmas se abrirem deselegantemente com a queda, expondo as partes íntimas. Os motivos eram semelhantes aos seguidos pelos homens que cometiam seppuku, e no jigai, este deveria ser cometido para preservar a dignidade ou provar a fidelidade da mulher. O jigai era comum em casos de acompanhamento do seu senhor ou marido na morte, mesmo quando estes eram condenados à própria execução. Muitas recorriam a esta prática não somente quando estavam impossibilitadas de cumprir uma obrigação, mas também em casos em que estava eminente um ato violento de estupro.[4][5]

Referências

  1. «The Japanese Culture». Consultado em 25 de maio de 2014 
  2. Gonçalves, Edelson (2012). «O dever do sacrifício: uma reflexão sobre a motivação dos pilotos kamikaze na Segunda Guerra Mundial» (PDF). Consultado em 21 de maio de 2014 
  3. «Black Belt». Active Interest Media, Inc. 18 (12). Dez 1980: 47. 96 páginas. ISSN 0277-3066 
  4. a b (Ratti 1991, p. 116 - 117)
  5. (Turnbull 1996, p. 72)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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