João de Meneses, o Craveiro

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D. João de Meneses, o Craveiro
Capitão de Tânger
Período 15/07/1566 - 01/08/1572
Antecessor(a) Lourenço Pires de Távora
Sucessor(a) Rui de Sousa de Carvalho
 Nota: Se procura outras personalidades com nome semelhante, veja João de Meneses (desambiguação).

João de Meneses, o craveiro capitão de Tânger.

De D. João de Meneses, O Craveiro pouco se sabe. Apenas pode-se conjeturar pelo seu alcunha, que seria o filho segundo de Dona Cecilia de Meneses, e de D. Diogo de Meneses, Craveiro da Ordem de Cristo (isso é claveiro), poeta de que muitas poesias encontramos no cancioneiro de Garcia de Resende. D. Diogo era por seu lado filho de D. Fernando o Narizes, este pai também de Duarte de Meneses, o d'Évora, capitão de Tânger, e por conseguinte pertencente à família cujos numerosos membros governaram essa mesma praça. Nesse caso o nosso D. João, seria também comendador de Valada, e como nos indica o Portugal Cuidadoso[1], «ficou cativo na batalha (de Alcácer Quibir), e no cativeiro morreo, sendo já muito velho. D. Diogo de Menezes, seu filho, e de sua mulher Dona Joanna da Sylva, filha de Antonio de Saldanha, foy com elle, e ficou cativo.»

Capitão de Tânger[editar | editar código-fonte]

Com a partida de Lourenço Pires de Távora, Capitão de Tânger, para Portugal, foi de novo eleito como governador Diogo Lopes da Franca, a quem sucedeu D. João de Meneses. Nessa época também foi para a cidade, «por ordem del-rei Dom Sebastião, Dom António, Prior do Crato.[2]»

Da sua capitania D. Fernando diz-nos que foi vítima duma cilada dos mouros, onde estes mataram e cativaram muitos portugueses. Por isso D. João tinha decidido queimar o mouro que tinham recebido e que os tinha enganado. Mas os mouros preveniram-no que «se fizessem dano ao mouro cativo haviam de queimar, à vista da cidade, todos os cristãos que tinham prisioneiros.[3]». «Compadecido das lágrimas das mulheres e dos filhos dos cativos, suspendeu o castigo».

Governou seis anos, até primeiro de Agosto de 1572, em que lhe sucedeu por eleição, Diogo Lopes da Franca como em outras ocasiãos. Pouco mais tarde, o rei entregou o governo a Rui de Sousa de Carvalho, irmão de Bernardim, que também tinha sido Governador.

Notas

  1. Portugal cuidadoso, e lastimado com a vida, e perda do senhor rey Dom Sebastião, o desejado de saudosa memoria. Pelo padre Jozé Pereira Bayão, presbytero de S. Pedro, natural do lugar de Gondelim, termo da Villa de Pena-cova, Bispado de Coimbra. Lisboa Occidental, na officina de Antonio de Sosa da Sylva. 1738.p.708
  2. História de Tânger durante la dominacion portuguesa, por D. Fernando de Menezes, conde de la Ericeira, etc. traduccion del R. P. Buanaventura Diaz, O.F.M., Misionero del Vicariato apostólico de Marruecos. Lisboa Occidental. Imprenta Ferreiriana. 1732. p. 89
  3. Ibid.

Precedido por
Lourenço Pires de Távora
Capitão de Tânger
15661572
Sucedido por
Rui de Sousa de Carvalho