Jonathan Paul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Jonathan Paul é um ativista norte-americano que luta pelas causas ambientais e pelos direitos dos animais.

Prisão[editar | editar código-fonte]

Jonathan foi preso em Janeiro de 2006, no que é considerado ter sido o maior cerco da história policial à ativistas ambientais e dos direitos dos animais. Foi o que o FBI chamou de "Operation Backfire", mas ficou mais conhecida entre aqueles que suportam causas ecológicas e críticos como "Ameaça Verde".[1]

Jonathan aceitou um acordo para redução de pena caso ele admitisse culpa no caso do incêndio do matadouro Cavel West. Em solidariedade para com outros três acusados, o acordo incluiu a condição de que nenhum dos quatro seriam requeridos a implicar ou identificar nenhum outro indivíduo além de si mesmos, ou testemunhar na corte contra qualquer outra pessoa.[2] Dos 10 acusados, apenas quatro assinaram este acordo, sendo eles: Daniel McGowan, Nathan (Exile) Block, Joyanna (Sadie) Zacher e Jonathan. Alguns meses antes, os outros 6 acusados asssinaram acordos de confissão diferentes, que requeriam que eles implicassem outras pessoas.[3]

Jonathan Paul está sendo representado pelo advogado Marc Blackman.[3]

Atividades prévias a Cavel West[editar | editar código-fonte]

Jonathan Paul tem sido vegan por mais de 25 anos, desde a adolescência, não fazendo uso de nenhum produto de origem animal, e ajudando gatos e cães abandonados.[4]

Em 1987 Jonathan se tornou co-fundador da Hunt Saboteurs US, e por 5 anos ele ativamente protegeu espécies como carneiro-selvagem, veado, urso-negro-asiático de caçadores, colocando seu corpo entre suas armas e os animais.[5]

Em 1990 Jonathan passou a documentar fazendas de criação de pele, pelos EUA. Se fingindo passar por comprador legítimo, ele comprou uma fazenda em Montana e reabilitou mais de 65 visons, 2 linces e 2 linces pardos.[5]

Em 1995 ele co-fundou a organização sem fins lucrativos Sea Defense Alliance, para impedir anuais a tubarões nas águas de Santa Cruz, Califórnia e para protestar contra barcos com sonar de baixa frequência à procura de óleo na costa de Santa Barbara, Califórnia.

Animal Liberation Front[editar | editar código-fonte]

Jonathan estava envolvido ações para liberar animais cuja responsabilidade foi assumida pela Animal Liberation Front (ALF), uma organização clandestina internacional de resgatadores de animais que quebram a lei para salvar animais de laboratórios de pesquisa, abatedouros, fazendas para a criação de peles - qualquer lugar em que os animais estejam presos ou sejam maltrados.[6][7]

Durante suas duas décadas associado ao ALF, Jonathan realizou o resgate de cães, gatos, macacos, ratos, coelhos, cavalos selvagens (notóriamente do Bureau of Land Management, onde eles seriam mortos para o consumo da carne) e visons.

Em 1997 Jonathan ajudou a queimar e destruir o matadouro Cavel West, um matadouro em Oregon que matava 500 cavalos por semana. Ele recebeu a mais dura sentença do que qualquer outro ativista indiciado, uma vez que ele se recusou a delatar outros nomes de possíveis envolvidos em troca de uma redução na pena, e porque o governo americano o vê como um líder da defesa dos Direitos dos Animais.[5][8]

Por anos, residentes de Redmond, Oregan, onde Cavel West estava localizado, tentaram fechar o matadouro por conta do mau cheiro, os gritos dos animais, e porque o sangue dos cavalos era tanto ao ponto de entupir o sistema de esgoto local.[4][7][8]

Ironicamente, Jonathan veio a se tornar um altamente condecorado bombeiro e agente de socorro emergente técnico (SET) em 1999. Segundo o próprio, ele foi inspirado por sua irmã, Caroline, que havia sido bombeira por 13 anos. Jonathan foi nomeado Bombeiro Revelação de 1999 e Bombeiro do Ano por três anos consecutivos, assim como Provedor de SET do Ano, e dois outros Prémios por Excelência.

Em 2005, ele dirigiu um "Ônibus Baleia" educando crianças em idade escolar sobre baleias e outros mamíferos marinhos ameaçados.[5]

Manifesto[editar | editar código-fonte]

Da prisão, Jonathan emitiu uma série de cartas manifestando sua opinião a respeito do sistema legislativo vigente, negligência governamental para com os animais, e terror. Segundo Jonathan:[9]

"O uso do termo “ecoterrorista” pelo governo funciona bem para com seus planos de indução de medo e paranoia que induzem o público a ser complacente, passivo e silenciado. Depois dos ataques do dia 11 de Setembro o governo proclamou que qualquer um que se oponha às políticas de nosso governo seria agora classificado como "terrorista". Esta foi a oportunidade perfeita para começar a picar a Constituição e a dominar nossas liberdades civis, protegidas pela Constituição, pelo uso do medo. Por induzir o medo no público americano, nosso governo, e as corporações que controlam o governo, começou a criminalizar o direito das pessoas de se opor à suas práticas, por conseguinte, reforçando sua premissa - o máximo dos lucros para 1% da população, os super-ricos e a elite. Isto é tudo muito perturbador para mim, não apenas nossos direitos têm sido pisados, mas, mais importante, porque eles tem destruído nosso mundo natural com impunidade. A guerra contra a Natureza é diretamente relacionada com a guerra contra a Constituição."

Jonathan Paul foi condenado sob a acusação de conspiração e incêndio criminoso, a 51 meses de confinamento à Instituição Correcional Federal em Phoenix, Arizona.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. http://eberhardtpress.org/pdf/greenscare2c_big.pdf THE GREEN SCARE flyer, verificado em 30/12/09
  2. http://www.supportjonathan.org/ verificado em 30/12/09
  3. a b http://www.cldc.org/pdf/plea_doc_paul.pdf Arquivado em 23 de setembro de 2007, no Wayback Machine. verificado em 30/12/09
  4. a b http://www.alexandrapaul.com/corner/jonathan_spark.htm Arquivado em 25 de outubro de 2010, no Wayback Machine. 1 verificado em 30/12/09
  5. a b c d e http://www.alexandrapaul.com/corner/jonathan.htm Arquivado em 17 de maio de 2008, no Wayback Machine. verificado em 30/12/09
  6. http://www.animalliberationfront.com/ verificado em 30/12/09
  7. a b Rosebraugh, Craig.; "Burning rage of a dying planet: speaking for the Earth Liberation Front"; 2004; 108 pages; Lantern Books
  8. a b Best, Steven; J. Nocella, Anthony; "Igniting a Revolution: Voices in Defense of the Earth"; 450 pages; 2006.
  9. http://breakallchains.blogspot.com/2008/01/will-real-eco-terrorists-please-stand.html -http://www.supportjonathan.org/update006.htm