Jorge Couto: diferenças entre revisões
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Para sustentar a sua tese, '''Jorge Couto''' cruzou dados sobre as relações políticas entre Portugal e a Espanha à época, debruçou-se sobre interpretações minuciosas do "''Esmeraldo''" e de exemplares da [[cartografia]] da época, estudou os métodos usados no final do [[século XV]] para calcular a [[longitude]] e recorreu a relatos etno-históricos sobre as antigas populações [[indígena]]s da [[Amazônia]] e aos resultados das recentes escavações dirigidas pela [[arqueologia|arqueóloga]] [[Estados Unidos da América|estadunidense]] [[Anna Curtenius Roosevelt]],discípula de Donald Lathrap, na região de [[Santarém (Pará)|Santarém]] (nas margens do Tapajós) e na ilha de [[ilha do Marajó|Marajó]] (a maior ilha fluvio-marítima do mundo com cerca de 50 000 km2), situada na foz dos rios Amazonas e Pará e no encontro com o Atlântico. |
Para sustentar a sua tese, '''Jorge Couto''' cruzou dados sobre as relações políticas entre Portugal e a Espanha à época, debruçou-se sobre interpretações minuciosas do "''Esmeraldo''" e de exemplares da [[cartografia]] da época, estudou os métodos usados no final do [[século XV]] para calcular a [[longitude]] e recorreu a relatos etno-históricos sobre as antigas populações [[indígena]]s da [[Amazônia]] e aos resultados das recentes escavações dirigidas pela [[arqueologia|arqueóloga]] [[Estados Unidos da América|estadunidense]] [[Anna Curtenius Roosevelt]],discípula de Donald Lathrap, na região de [[Santarém (Pará)|Santarém]] (nas margens do Tapajós) e na ilha de [[ilha do Marajó|Marajó]] (a maior ilha fluvio-marítima do mundo com cerca de 50 000 km2), situada na foz dos rios Amazonas e Pará e no encontro com o Atlântico. |
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Colaborou com o almirante Max Justo Guedes (1927-2011), ilustre historiador brasileiro da ciência náutica, tendo publicado conjuntamente '''O Descobrimento do Brasil''' (Lisboa, 1998; Osaka, 2000) e uma coleção de 23 cartazes de grandes dimensões com o mesmo título (em português e em inglês) , editada pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses no ano do V Centenário do Achamento do Brasil. |
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Por ocasião do Bicentenário da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (2008) publicou diversos livros, artigos em catálogos de exposições e obras colectivas editados em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador da Bahia, salientando-se as obra '''A América Portuguesa nas coleções da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca da Ajuda '''(Lisboa, 2008) e, em co-autoria,''' Abertura dos Portos, 200 Anos '''(Salvador, Bahia, 2008). Dirigiu as obras '''Rio de Janeiro, capitale de l´Empire Portugais, 1808-1821''' (Paris, 2010) e''' Rio de Janeiro, capital do Império Português, 1808-1821''' (Lisboa, 2010), obras resultantes da realização em 2008, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian de Paris, de um Coloquio Internacional alusivo ao tema. |
Por ocasião do Bicentenário da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (2008) publicou diversos livros, artigos em catálogos de exposições e obras colectivas editados em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador da Bahia, salientando-se as obra '''A América Portuguesa nas coleções da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca da Ajuda '''(Lisboa, 2008) e, em co-autoria,''' Abertura dos Portos, 200 Anos '''(Salvador, Bahia, 2008). Dirigiu as obras '''Rio de Janeiro, capitale de l´Empire Portugais, 1808-1821''' (Paris, 2010) e''' Rio de Janeiro, capital do Império Português, 1808-1821''' (Lisboa, 2010), obras resultantes da realização em 2008, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian de Paris, de um Coloquio Internacional alusivo ao tema. |
Revisão das 13h48min de 18 de janeiro de 2014
Jorge Couto é um historiador e professor português. Docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador no Centro de História da mesma universidade, é considerado o principal especialista luso em História do Brasil. Antigo presidente do Instituto Camões (1998-2002) e diretor da Biblioteca Nacional de Portugal (2005-2011).
Biografia
É autor de numerosos livros, artigos, introduções e prefácios publicados em Portugal, Brasil, Espanha, França, Estados Unidos da América, China e e Japão. Alguns dos seus livros e artigos foram traduzidos para inglês, espanhol, francês e japonês.
No seu livro mais conhecido, A Construção do Brasil (Lisboa, 1995, 1997, 1998; Madrid, 1996; Rio de Janeiro, 2011), defende a tese da descobrimento do Brasil em 1498, por Duarte Pacheco Pereira, com base no estudo do manuscrito Esmeraldo de situ orbis, produzido pelo próprio navegador e cosmógrafo entre 1505 e 1507 e que ficou desaparecido por quase quatro séculos.
Para sustentar a sua tese, Jorge Couto cruzou dados sobre as relações políticas entre Portugal e a Espanha à época, debruçou-se sobre interpretações minuciosas do "Esmeraldo" e de exemplares da cartografia da época, estudou os métodos usados no final do século XV para calcular a longitude e recorreu a relatos etno-históricos sobre as antigas populações indígenas da Amazônia e aos resultados das recentes escavações dirigidas pela arqueóloga estadunidense Anna Curtenius Roosevelt,discípula de Donald Lathrap, na região de Santarém (nas margens do Tapajós) e na ilha de Marajó (a maior ilha fluvio-marítima do mundo com cerca de 50 000 km2), situada na foz dos rios Amazonas e Pará e no encontro com o Atlântico.
Colaborou com o almirante Max Justo Guedes (1927-2011), ilustre historiador brasileiro da ciência náutica, tendo publicado conjuntamente O Descobrimento do Brasil (Lisboa, 1998; Osaka, 2000) e uma coleção de 23 cartazes de grandes dimensões com o mesmo título (em português e em inglês) , editada pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses no ano do V Centenário do Achamento do Brasil.
Por ocasião do Bicentenário da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (2008) publicou diversos livros, artigos em catálogos de exposições e obras colectivas editados em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador da Bahia, salientando-se as obra A América Portuguesa nas coleções da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca da Ajuda (Lisboa, 2008) e, em co-autoria, Abertura dos Portos, 200 Anos (Salvador, Bahia, 2008). Dirigiu as obras Rio de Janeiro, capitale de l´Empire Portugais, 1808-1821 (Paris, 2010) e Rio de Janeiro, capital do Império Português, 1808-1821 (Lisboa, 2010), obras resultantes da realização em 2008, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian de Paris, de um Coloquio Internacional alusivo ao tema.
Foi presidente do Instituto Camões (1998-2002), director da Biblioteca Nacional de Portugal (2005-2011) e diretor-geral do Livro e das Bibliotecas (2010-2011).
Foi agraciado com condecorações de diversos países (Brasil, França, Roménia, Marrocos e Togo), avultando as brasileiras (Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul e oficial da Ordem de Mérito Naval).
Sócio correspondente do Instituto Histórico da Ilha Terceira (Angra do Heroísmo), do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Rio de Janeiro) e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (Salvador).
Recebeu diversos Prémios, designadamente do Grémio Literário (2011) e da Fundação Luso-Brasileira (2011).