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José de Alencar (Iguatu): diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
A primeira iniciativa visando a posterior ocupação do território que hoje constitui a maior parte das terras do atual Distrito de José de Alencar ocorreu inicialmente, por meio da concessão de uma antiga Sesmaria,concedida pelo Capitão-mor do Ceará, Gabbriel da Silva do Lago, a Manoel de Montes e Jorge Mendes Guimarães,a 03 de junho de '''1707'''. '''Livro das Sesmarias do Ceará, Volume 4 , Sesmaria nº 228'''. A segunda Sesmaria foi concedida pelo capitão-Mor do Ceará, Manuel Francez, a '''Jorge Mendes de Guimarães'''.'''Ver: '''Sesmarias Cearenses : Vol.10,Sesmaria nº 34''', concedida A 11 de julho de '''1722'''. A primeira Sesmaria possuía as dimensões de uma légua de largura(meia légua para cada lado do riacho da Serra)e três léguas de comprimento. A segunda Sesmaria localizava-se no riacho da Carnaúba, ocupando as mesmas dimensões da primeira.'''. O sesmeiro Jorge Mendes, alegava na solicitação que fez ao Capitão-mor, Manuel Francez, em 1722, que era morador no lugar e requeria a posse de mais terras para acomodar suas criações de gado. Provavelmente, o Sesmeiro nunca ocupou efetivamente todas as terras, que eram em quantidade suficiente para instalar várias fazendas de gado vacum e cavalar. Posteriormente,Jorge Mendes vendeu parte das terras ao Icoense Boticário, Morais. Este as vendeu, no ano de '''1805''', ao paraibano '''Antônio Manuel Alves da Silva(fundador da Fazenda da Serra)''', que já havia contraído matrimônio,em 1780, na Fazenda da Carnaúba, com '''Feliciana Barbosa de Lima(filha do Capitão Luis de Lavor Paes Barreto'''). Entre 1770 e 1780 já havia pelo menos três famílias habitando na Fazenda da Carnaúba: a família de Matias Ferreira Lima/Ana Josefa Barbosa, a de Constantino da Costa Nogueira/Maria Feliciana Barbosa Nogueira,(fundadores da fazenda da Carnaúba) e também sogro/sogra de Matias Ferreira Lima e a família de Luis de Lavor Paes Barreto/Ana de Lima Oliveira-sogro/sogra de Antonio Manuel Alves da Silva. Matias Ferreira Lima era filho dos pernambucanos Luis de Lavor Paes Barreto e Ana Lima de Oliveira. As famílias citadas foram, portanto, as pioneiras na colonização da região com suas fazendas de gado. A produção de Charque na Ribeira do Jaguaribe estava no auge, proporcionando fonte de renda para os Sesmeiros e suas famílias. Da Serra da Cipaúba ao sul, até abaixo da barra do riacho da Serra com o Riacho da carnaúba ao norte, era a extensão das duas Sesmarias. Do lado oeste da serra de Jorge Mendes até o lado leste da Chapada do Moura, era a extensão leste-oeste.'''Antônio Manuel Alves da Silva e Feliciana Barbosa de Lima''' constituíram nos moldes tradicionais das típicas famílias sertanejas, numerosa família de sete filhos, herdeiros das terras da antiga Sesmaria, distribuídas a partir de então, em faixas de terras paralelas, que partiam do riacho da serra até a Chapada do Moura. Os vestígios daquela antiga estrutura agrária ainda hoje são visíveis. Os primeiros documentos que citam a localidade de José de Alencar como Distrito de Iguatu datam da década de 1920 <ref>http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/ceara/iguatu.pdf</ref>. Inicialmente denominado '''José de Alencar'''. Conforme o decreto-lei número 448 de '''20 de dezembro de 1938''', passou a denominar-se simplesmente '''Alencar'''. Na divisão territorial datada de '''1 de agosto de 1955''', o Distrito volta a ser denominado '''José de Alencar'''.
A primeira iniciativa visando a posterior ocupação do território que hoje constitui a maior parte das terras do atual Distrito de José de Alencar ocorreu inicialmente, por meio da concessão de uma antiga Sesmaria,concedida pelo Capitão-mor do Ceará, Gabbriel da Silva do Lago, a Manoel de Montes e Jorge Mendes Guimarães,a 03 de junho de '''1707'''. '''Livro das Sesmarias do Ceará, Volume 4 , Sesmaria nº 228'''. A segunda Sesmaria foi concedida pelo capitão-Mor do Ceará, Manuel Francez, a '''Jorge Mendes de Guimarães'''.'''Ver: '''Sesmarias Cearenses : Vol.10,Sesmaria nº 34''', concedida A 11 de julho de '''1722'''. A primeira Sesmaria possuía as dimensões de uma légua de largura(meia légua para cada lado do riacho da Serra)e três léguas de comprimento. A segunda Sesmaria localizava-se no riacho da Carnaúba, ocupando as mesmas dimensões da primeira.'''. O sesmeiro Jorge Mendes, alegava na solicitação que fez ao Capitão-mor, Manuel Francez, em 1722, que era morador no lugar e requeria a posse de mais terras para acomodar suas criações de gado. Provavelmente, o Sesmeiro nunca ocupou efetivamente todas as terras, que eram em quantidade suficiente para instalar várias fazendas de gado vacum e cavalar. Posteriormente,Jorge Mendes vendeu parte das terras ao Icoense Boticário, Morais. Este as vendeu, no ano de '''1805''', ao paraibano '''Antônio Manuel Alves da Silva(fundador da Fazenda da Serra)''', que já havia contraído matrimônio,em 1780, na Fazenda da Carnaúba, com '''Feliciana Barbosa de Lima(filha do Capitão Luis de Lavor Paes Barreto'''). Entre 1770 e 1780 já havia pelo menos três famílias habitando na Fazenda da Carnaúba: a família de Matias Ferreira Lima/Ana Josefa Barbosa, a de Constantino da Costa Nogueira/Maria Feliciana Barbosa Nogueira,(fundadores da fazenda da Carnaúba) e também sogro/sogra de Matias Ferreira Lima e a família de Luis de Lavor Paes Barreto/Ana de Lima Oliveira-sogro/sogra de Antonio Manuel Alves da Silva. Matias Ferreira Lima era filho dos pernambucanos Luis de Lavor Paes Barreto e Ana Lima de Oliveira. As famílias citadas foram, portanto, as pioneiras na colonização da região com suas fazendas de gado. A produção de Charque na Ribeira do Jaguaribe estava no auge, proporcionando fonte de renda para os Sesmeiros e suas famílias. Da Serra da Cipaúba ao sul, até abaixo da barra do riacho da Serra com o Riacho da carnaúba ao norte, era a extensão das duas Sesmarias. Do lado oeste da serra de Jorge Mendes até o lado leste da Chapada do Moura, era a extensão leste-oeste.'''Antônio Manuel Alves da Silva e Feliciana Barbosa de Lima''' constituíram nos moldes tradicionais das típicas famílias sertanejas, numerosa família de sete filhos, herdeiros das terras da antiga Sesmaria, distribuídas a partir de então, em faixas de terras paralelas, que partiam do riacho da serra até a Chapada do Moura. Os vestígios daquela antiga estrutura agrária ainda hoje são visíveis. Os primeiros documentos que citam a localidade de José de Alencar como Distrito de Iguatu datam da década de 1920 <ref>http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/ceara/iguatu.pdf</ref>. Inicialmente denominado '''José de Alencar'''. Conforme o decreto-lei número 448 de '''20 de dezembro de 1938''', passou a denominar-se simplesmente '''Alencar'''. Na divisão territorial datada de '''1 de agosto de 1955''', o Distrito volta a ser denominado '''José de '''
'''A Guerra aos Índios:''' As Sesmarias estavam situadas em terras dos bravios índios [[Quixelôs]], habitantes das planícies dos Riachos da Serra, da Carnaúba e dos Cachorros, região à época rica em fauna e flora. Logo transformada aos olhos dos conquistadores e novos donos em áreas propícias ao criatório de gado e à agricultura, assim, não faltaram aos colonizadores "brancos" motivos para ocupar as antigas terras indígenas. Segundo texto publicado por J.B. Perdigão de Oliveira na Revista do [[Instituto do Ceará]],ano IV, 1890. "A expedição de 1727,comandada pelo Coronel João de Barros Braga subiu pela Ribeira do Jaguaribe e foi até os limites do Piauí, afugentando os índios, matando-os e aprisionando muitos. De tal forma que a partir daquela expedição eles não mais apareceram para atacar as povoações e fazendas" . Assim, os índios [[Icós]], [[Quixelôs]], [[Jucás]] e muitas outras tribos foram vítimas dessa guerra. Dessa forma, após a expedição de 1727, as terras da Sesmaria da Serra de Jorge Mendes estavam portanto disponíveis aos novos donos, assim como muitas outras áreas da Ribeira do [[Jaguaribe]] foram conquistadas e colonizadas com maior intensidade. Naquele tempo, muitos índios [[Quixelôs]], sobreviventes e "mansos" estavam aldeados na Missão da Telha([[Iguatu]]).
'''A Guerra aos Índios:''' As Sesmarias estavam situadas em terras dos bravios índios [[Quixelôs]], habitantes das planícies dos Riachos da Serra, da Carnaúba e dos Cachorros, região à época rica em fauna e flora. Logo transformada aos olhos dos conquistadores e novos donos em áreas propícias ao criatório de gado e à agricultura, assim, não faltaram aos colonizadores "brancos" motivos para ocupar as antigas terras indígenas. Segundo texto publicado por J.B. Perdigão de Oliveira na Revista do [[Instituto do Ceará]],ano IV, 1890. "A expedição de 1727,comandada pelo Coronel João de Barros Braga subiu pela Ribeira do Jaguaribe e foi até os limites do Piauí, afugentando os índios, matando-os e aprisionando muitos. De tal forma que a partir daquela expedição eles não mais apareceram para atacar as povoações e fazendas" . Assim, os índios [[Icós]], [[Quixelôs]], [[Jucás]] e muitas outras tribos foram vítimas dessa guerra. Dessa forma, após a expedição de 1727, as terras da Sesmaria da Serra de Jorge Mendes estavam portanto disponíveis aos novos donos, assim como muitas outras áreas da Ribeira do [[Jaguaribe]] foram conquistadas e colonizadas com maior intensidade. Naquele tempo, muitos índios [[Quixelôs]], sobreviventes e "mansos" estavam aldeados na Missão da Telha([[Iguatu]]).

Revisão das 22h50min de 3 de maio de 2014

José de Alencar é um distrito do município de Iguatu, estado do Ceará. O Distrito de José de Alencar encontra-se em pleno processo de emancipação política, com data para realização de plebiscito ainda não definida.[1].

História

A primeira iniciativa visando a posterior ocupação do território que hoje constitui a maior parte das terras do atual Distrito de José de Alencar ocorreu inicialmente, por meio da concessão de uma antiga Sesmaria,concedida pelo Capitão-mor do Ceará, Gabbriel da Silva do Lago, a Manoel de Montes e Jorge Mendes Guimarães,a 03 de junho de 1707. Livro das Sesmarias do Ceará, Volume 4 , Sesmaria nº 228. A segunda Sesmaria foi concedida pelo capitão-Mor do Ceará, Manuel Francez, a Jorge Mendes de Guimarães.Ver: Sesmarias Cearenses : Vol.10,Sesmaria nº 34, concedida A 11 de julho de 1722. A primeira Sesmaria possuía as dimensões de uma légua de largura(meia légua para cada lado do riacho da Serra)e três léguas de comprimento. A segunda Sesmaria localizava-se no riacho da Carnaúba, ocupando as mesmas dimensões da primeira.. O sesmeiro Jorge Mendes, alegava na solicitação que fez ao Capitão-mor, Manuel Francez, em 1722, que era morador no lugar e requeria a posse de mais terras para acomodar suas criações de gado. Provavelmente, o Sesmeiro nunca ocupou efetivamente todas as terras, que eram em quantidade suficiente para instalar várias fazendas de gado vacum e cavalar. Posteriormente,Jorge Mendes vendeu parte das terras ao Icoense Boticário, Morais. Este as vendeu, no ano de 1805, ao paraibano Antônio Manuel Alves da Silva(fundador da Fazenda da Serra), que já havia contraído matrimônio,em 1780, na Fazenda da Carnaúba, com Feliciana Barbosa de Lima(filha do Capitão Luis de Lavor Paes Barreto). Entre 1770 e 1780 já havia pelo menos três famílias habitando na Fazenda da Carnaúba: a família de Matias Ferreira Lima/Ana Josefa Barbosa, a de Constantino da Costa Nogueira/Maria Feliciana Barbosa Nogueira,(fundadores da fazenda da Carnaúba) e também sogro/sogra de Matias Ferreira Lima e a família de Luis de Lavor Paes Barreto/Ana de Lima Oliveira-sogro/sogra de Antonio Manuel Alves da Silva. Matias Ferreira Lima era filho dos pernambucanos Luis de Lavor Paes Barreto e Ana Lima de Oliveira. As famílias citadas foram, portanto, as pioneiras na colonização da região com suas fazendas de gado. A produção de Charque na Ribeira do Jaguaribe estava no auge, proporcionando fonte de renda para os Sesmeiros e suas famílias. Da Serra da Cipaúba ao sul, até abaixo da barra do riacho da Serra com o Riacho da carnaúba ao norte, era a extensão das duas Sesmarias. Do lado oeste da serra de Jorge Mendes até o lado leste da Chapada do Moura, era a extensão leste-oeste.Antônio Manuel Alves da Silva e Feliciana Barbosa de Lima constituíram nos moldes tradicionais das típicas famílias sertanejas, numerosa família de sete filhos, herdeiros das terras da antiga Sesmaria, distribuídas a partir de então, em faixas de terras paralelas, que partiam do riacho da serra até a Chapada do Moura. Os vestígios daquela antiga estrutura agrária ainda hoje são visíveis. Os primeiros documentos que citam a localidade de José de Alencar como Distrito de Iguatu datam da década de 1920 [2]. Inicialmente denominado José de Alencar. Conforme o decreto-lei número 448 de 20 de dezembro de 1938, passou a denominar-se simplesmente Alencar. Na divisão territorial datada de 1 de agosto de 1955, o Distrito volta a ser denominado José de

A Guerra aos Índios: As Sesmarias estavam situadas em terras dos bravios índios Quixelôs, habitantes das planícies dos Riachos da Serra, da Carnaúba e dos Cachorros, região à época rica em fauna e flora. Logo transformada aos olhos dos conquistadores e novos donos em áreas propícias ao criatório de gado e à agricultura, assim, não faltaram aos colonizadores "brancos" motivos para ocupar as antigas terras indígenas. Segundo texto publicado por J.B. Perdigão de Oliveira na Revista do Instituto do Ceará,ano IV, 1890. "A expedição de 1727,comandada pelo Coronel João de Barros Braga subiu pela Ribeira do Jaguaribe e foi até os limites do Piauí, afugentando os índios, matando-os e aprisionando muitos. De tal forma que a partir daquela expedição eles não mais apareceram para atacar as povoações e fazendas" . Assim, os índios Icós, Quixelôs, Jucás e muitas outras tribos foram vítimas dessa guerra. Dessa forma, após a expedição de 1727, as terras da Sesmaria da Serra de Jorge Mendes estavam portanto disponíveis aos novos donos, assim como muitas outras áreas da Ribeira do Jaguaribe foram conquistadas e colonizadas com maior intensidade. Naquele tempo, muitos índios Quixelôs, sobreviventes e "mansos" estavam aldeados na Missão da Telha(Iguatu).

A inauguração da estação ferroviária em 1916 [3] foi um marco importante na história de José de Alencar, pois possibilitou o escoamento da produção agrícola local, assim como, facilitou o deslocamento para a Capital Fortaleza.

Hoje o Distrito é constituído por 52 sítios e uma população de 8.220 habitantes [4], maior do que muitos municípios brasileiros. A emancipação é fundamental para que José de Alencar possa desenvolver todo o seu potencial, através de investimentos diretos na produção de arroz e na pecuária, e assim confirmar o seu pioneirismo no Estado do Ceará.


Datas históricas

1707: 03 de junho - Manoel do Monte e Jorge Mendes Guimarães obtiveram a primeira Sesmaria da região, concedida pelo capitão mor do Ceará grande, Gabriel da Silva do Lago.

1722: 11 de julho - o português Jorge Mendes de Guimarães obteve a concessão da segunda Sesmaria na região. As terras das Sesmarias eram contíguas e limitada de sul-norte pela Serra da Cipaúba até abaixo da barra do Riacho da Serra com o riacho da Carnaúba e de leste-oeste da serra de Jorge Mendes até o lado leste da Chapada do Moura.

1780 Antonio Manuel Alves da Silva(filho do Capitão José Alvares da Silva e Teotonia Maria, da Fazenda São Gonalo, Cariri de Fora ou Cariri Velho, Paraíba) casa-se no dia 10 de maio, na Fazenda da Carnaúba com Feliciana Barbosa Lima Lavor .

1840: Chega à serra do Morais, proveniente da Paraíba, João Velho de Holanda Montenegro, pioneiro da família Holanda Montenegro, na serra do Morais.

1853: falecimento de Florêncio Alves da Silva, filho de Antônio Manuel e herdeiro das terras onde veio a surgir o povoado de José de Alencar.

1854: João Velho de Holanda Montenegro,casado com Clemência Maria de Jesus Alves da Silva(filha de Florêncio),obteve da sua sogra, a viúva Ana Joaquina de Carvalho, a posse das terras do sítio Serra.

1890 Inauguração do Açude do Governo, tornando-se o primeiro açude público de Iguatu.

1900 : 06 de setembro - a Fazenda Pátio, do delegado de Iguatu, Capitão Antônio Ferreira Lima, é atacada sem sucesso, por José Dantas e seus cangaceiros.

1911: 12 de Novembro, faleceu o Capitão Antônio Ferreira Lima, homem influente na sociedade Iguatuense, delegado de polícia na administração do Intendente, acciolysta, Coronel Belizário Cícero Alexandrino.

1916 : 30 de março - inauguração da Estação Ferroviária, seis anos após a inauguração da estação de Iguatu.

1916: o farmacêutico Júlio Holanda Lima Verde, instala a sua farmácia, cujo funcionamento permanece até o ano de 1942.

1918: por iniciativa de Raquel Ferreira Lima, filha de Francisco Bezerra Cavalcante e Raimunda Ferreira Lima, teve início a construção da antiga capela dedicada a São Sebastião,(Raquel era irmã do Capitão Antônio Ferreira Lima e casada com Pedro de Holanda Montenegro) era avó materna de Dr José Holanda Montenegro.

1922: inaugurado e aberto ao tráfego o ramal ferroviário que fazia a ligação da estação ferroviária do Distrito de José de Alencar com a Vila de Orós.

1927: 26 de dezembro - A questão dos "Brozogós", envolvendo Luis Alves Martins(Luis Brozogó)e (Ladislau Alves Martins (Ladislau Brozogó) e outros. O combate se deu próximo á Cruz de Pedras contra os Felizardos e os Araújos da Tatajuba. Dos oito envolvidos, resultaram quatro mortes e quatro gravemente feridos.

1936: Matias Djanira de Lavor é eleito vereador exercendo sucessivos mandatos até o ano de 1954, ocupou também o cargo de presidente da Câmara Municipal de Iguatu

1942 : Inauguração da nova Igreja de São Sebastião, em missa celebrada pelo padre Francisco de Holanda Montenegro.

1955 : 03 de outubro - dia da eleição, Azor Gomes de Araújo,assassina a tiros, o presidente da Câmara Municipal de Iguatu, Antônio Holanda Lavor.

1958: Dr.José Holanda Montenegro é eleito vereador,assumindo durante o mandato o cargo de secretário da Câmara Municipal de Iguatu.

1961: 11 de janeiro - inaugurada pelo então Presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, a barragem do Açude Orós, cuja represa veio a alagar muitos sítios e fazendas do Distrito de José de Alencar. Porém, hoje é a maior fonte de riqueza do Distrito.

1962: 03 de outubro, Solário Ferreira Lima é eleito vereador para a Camara Municipal de Iguatu, pelo PTB, permanecendo no cargo até 1966,sendo o único vereador a residir no distrito.

1968: 15 de maio - desativado o ramal da Estrada de Ferro que fazia a ligação do Distrito de José de Alencar com a cidade de Orós.

1976: 15 de novembro - Francisco Pedro Alves Neto(Chico Neto)é eleito vereador para a Câmara Municipal de Iguatu, exercendo o mandato até dezembro de 1992.

1982: Manoel Airton de Lavor é eleito vereador ,permanecendo no cargo até dezembro de 2004,ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal de Iguatu.

1979: lamentável demolição do prédio histórico da antiga Estação Ferroviária.

1982: inauguração do sistema de abastecimento de água, na administração do então prefeito Elmo Moreno.

1992: 16 de Abril - falece o ex-líder político e ex-vereador Matias Djanira de Lavor.

1994: 13 de março - faleceu Solário Ferreira Lima, aos 84 anos de idade. Agropecuarista e comerciante durante 50 anos. Com grande destaque para o comércio de algodão.

1996: 21 de novembro - falece a professora Maria Guedes Holanda. Foi professora por mais de trinta anos na Vila de Alencar e no Sítio Carnaúba. Era filha de Sadoc Holanda Lima Verde e Maria Pacífico Guedes.

1998: 03 de outubro - o ex-prefeito Francisco Marcelo Sobreira é eleito Deputado Estadual.

2002: 11 de janeiro, comemoração de 60 anos da Igreja de São Sebastião, em missa celebrada pelo Monsenhor Francisco de Holanda Montenegro e padre José Marques.

2004: 24 de setembro - faleceu Dr. José Holanda Montenegro aos 81 anos de idade. Dr.Montenegro destacou-se incansavelmente pela prestação de serviços de saúde à população de Alencar.

2004: 03 de outubro Ednaldo de Lavor Couras é eleito vereador para a Câmara Municipal de Iguatu, reeleito em 2008 e assume a Presidência da mesma Casa Legislativa.

2009 : 25 de julho, o Bispo Diocesano de Iguatu, D. João José Costa, celebra pela primeira vez na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, na Vila Estrada.

2013 : 10 de dezembro, falece em Fortaleza o ex vereador Francisco Pedro Alves Neto(Chico Neto) exerceu o mandato de janeiro de 1977 a dezembro de 2004.

Economia

A região, principalmente a partir da segunda metade do século XVIII, passou pela consolidação da pecuária extensiva como base econômica comercial, por situar-se ao lado da "Estrada das Boiadas" ou "Estrada dos Inhamuns", o que facilitava o deslocamento de parte das boiadas do criatório local para as feiras de gado do Icó ou para abastecer as charqueads próximas à cidade do Aracati. Por bastante tempo houve um maior intercâmbio comercial com Aracati(até 1850, ainda era o principal centro urbano do Ceará) do que mesmo com a capital - Fortaleza. No entanto, com o advento da Estrada de Ferro, a partir de 1910 (Iguatu) e 1916 (José de Alencar) esse intercâmbio direciona-se mais para Fortaleza e o Cariri.

Arrozal semi-maduro

A Cultura do Algodão: A partir do final do século XVIII, a cotonicultura no Ceará recebe um grande impulso, pois o algodão torna-se um produto de exportação em larga escala. Os campos de Algodão são cultivados então em áreas desmatadas para tal fim. O algodão, consorciado com a pecuária torna-se fonte de renda mais estável, apesar dos constantes prejuízos ocasionados pelas frequentes secas na região. Tendo parte do seu território cortado pelo Rio Jaguaribe, perenizado pelas águas do Açude Orós, o Distrito de José de Alencar possui economia baseada na agropecuária. O Distrito vivenciou grande crescimento econômico com a cultura algodoeira nas décadas de 60 e 70 do século passado.

A Cultura do Arroz: As terras de aluvião,à margem direita do rio Jaguaribe,banhadas pelos riachos(Carnaúba,Serra e Cachorros) seus afluentes locais ,representam áreas potencialmente irrigáveis para a cultura do arroz.No entanto,mesmo com a inauguração do Açude de Orós em 1961,não existe sistema de irrigação adequado para aumentar a produtividade e diminuir os custos da produção.Há muito desperdício de àgua pelos canais de terra e consumo de energia para o bombeamento da água.Mesmo assim, atualmente, o arroz irrigado é o principal produto agrícola produzido no Distrito.

Educação

A sede do Distrito conta com uma Escola de Ensino Médio, contemplada com o Programa de Inclusão Digital do Governo Federal [5]. Várias outras escolas menores de Ensino Fundamental estão distribuídas pela zona rural do Distrito.

Referências