José Filipe Rosário Nunes
José Filipe Rosário Nunes | |
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Nome completo | José Filipe Lopes do Rosário Nunes |
Nascimento | 23 de abril de 1925 Portimão, Algarve |
Morte | 14 de abril de 2013 (87 anos) Portimão |
Nacionalidade | Portugal |
Ocupação | Engenheiro agrónomo e professor |
José Filipe Rosário Nunes (Portimão, Algarve, 23 de Abril de 1925 - Portimão, 14 de Abril de 2013) foi um engenheiro agrónomo e professor português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascimento e formação
[editar | editar código-fonte]José Filipe Rosário Nunes nasceu na cidade de Portimão, no Algarve, em 23 de Abril de 1925, filho de uma abastada família de agricultores.[1] Era irmão da conhecida médica Maria Eugénia (1923 - 1978).[1]
Estudou em Portimão, e depois frequentou o Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, onde se licenciou em agronomia em 1949.[1]
Carreira profissional
[editar | editar código-fonte]José Filipe Rosário Nunes trabalhou como funcionário na Direcção Geral dos Serviços Agrícolas do Ministério da Economia, e esteve integrado na Junta de Investigação do Ultramar e depois no Instituto de Investigação Científica e Tropical.[1] Também ocupou a posição de chefe de brigada nos Estudos Apícolas do Ultramar, e passou por Angola, Moçambique e pelo arquipélago de São Tomé e Príncipe, antes e depois da Revolução de 25 de Abril de 1974.[1] Foi louvado em 1961 pelo governador do Moxico.[1] Também esteve no Brasil em 1978, tendo sido louvado pelo secretário de estado do Ensino Superior daquele país.[1]
Estudou principalmente a importância das abelhas africanas e europeias no processo de polinização, tendo sido responsável pela criação do cortiço melhorado, que combinava as características do cortiço indígena e da colmeia móvel, melhorando consideravelmente a produção apícola.[1] Investigou também a indústria apícola no Brasil, tendo descoberto que as abelhas nativas não eram capazes de fabricar mel, pelo que a produção naquele país só se tinha iniciado após a importação de abelhas, em meados do Século XIX.[1] Também foi o primeiro gerente do Grémio da Lavoura de Monchique.[1]
Como professor, ensinou vários cursos de silvicultura nos Estudos Gerais de Angola, e na Década de 1980 deu aulas de apicultura na Universidade de Évora.[1]
Também se dedicou à pesca desportiva, e às artes da fotografia e filmagem.[1] Apresentou um filme sobre apicultura no XXIV Congresso Internacional de Apicultura, realizado em 1973 na cidade de Buenos Aires, tendo sido premiado com uma medalha de ouro.[1]
Falecimento e família
[editar | editar código-fonte]José Filipe Rosário Nunes faleceu na cidade de Portimão em 14 de Abril de 2013.[1] Estava casado desde 1952 com Ana Maria Mira, com quem teve duas filhas e um filho.[1]
Obras publicadas
[editar | editar código-fonte]- Investigação e fomento em apicultura: o caso de Angola (1968) (Simpósio no Pavilhão da Feira Internacional de Lisboa em 1967)
- Investigação e fomento em apicultura: o caso de comunicações (1968)
- Apicultura: uma actividade nova em São Tomé e Príncipe (Palestra do Rádio Clube de São Tomé e Príncipe em 1968)
- I Curso intensivo de Apicultura de S. Tomé: promovido pela Estação Agrária e Florestal da B. F. A. P.. Resumo das lições (1970)
- In memoriam Armando Jacques Favre Castel-Branco (1909-1977)
- Investigação e fomento apícola na Lunda (Angola - 1972)
- Curso de iniciação apícola do Chimoio: resumo das lições: com a colaboração da Brigada Técnica do Revuè
- Curso de iniciação apícola: resumo das lições do I curso realizado na Guiné portuguesa
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8