Jules Henri Fayol: diferenças entre revisões
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Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em [[metalurgia]]. Casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos, Marie Henriette, Madeleine e Henri Joseph, o último sempre hostil às idéias um POBRETÃO DE 1º CATEGORIA Urwick]]. |
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Criou o ''Centro de Estudos Administrativos'', onde se reuniam semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios [[Comércio|comerciais]], [[Indústria|industriais]] e [[Governo|governamentais]], contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores estavam [[Luther Guilick]], [[James D. Mooney]], [[Oliver Sheldon]] e [[Lyndal F. Urwick]]. |
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Também direcionou seu trabalho para a [[empresa]] como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias adotadas por [[Frederick Winslow Taylor|Taylor]] e [[Henry Ford|Ford]]. |
Revisão das 21h51min de 11 de maio de 2011
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Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de Julho de 1841 — Paris, 19 de Novembro de 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria Clássica da Administração[1] e autor de Administração Industrial e Geral (título original: Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle).
Vida
Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em metalurgia. Casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos, Marie Henriette, Madeleine e Henri Joseph, o último sempre hostil às idéias um POBRETÃO DE 1º CATEGORIA Urwick]].
Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias adotadas por Taylor e Ford.
Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor.
Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômica-financeira da companhia.
Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916. Só foi traduzida para o inglês em 1949.
Fayol sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava.
Pesquisas
Henri Fayol é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno. Uma das contribuições da teoria criada e divulgada por ele foi o desenvolvimento a abordagem conhecida como Gestão Administrativa ou processo administrativo, onde pela primeira vez falou-se em administração como disciplina e profissão, que por sua vez, poderia ser ensinada através de uma Teoria Geral da Administração.
Outra contribuição da teoria de Fayol é a identificação das principais funções da Administração que são: Planejar Organizar Controlar Coordenar Comandar(POCCC).
Segundo Fayol a Administração é uma função distinta das outras funções, como finanças, produção e distribuição, e o trabalho do gerente está distinto das operações técnicas das empresas. Com essa distinção Fayol contribuiu para que se torne mais nítido o papel dos executivos. Identificou quatorze princípios que devem ser seguidos para que a Administração seja eficaz. Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição administrativa universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível. Os quatorze princípios são:
- 1. Divisão do Trabalho: dividir o trabalho em tarefas especializadas e destinar responsabilidades a indivíduos específicos;
- 2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar ordens e no poder de se fazer obedecer. Estatutária ( normas legais) e Pessoal (projeção das qualidades do chefe). Responsabilidade resumindo na obrigação de prestar contas, ambas sendo delegadas mutuamente;
- 3. Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;
- 4. Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens, ou seja, se reportar a um único chefe/gerente;
- 5. Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no atingimento dos objetivos organizacionais;
- 6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;
- 7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços que sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a exploração;
- 8. Centralização: um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que comanda o organismo. Considera que centralizar é aumentar a importância da carga de trabalho do chefe e que descentralizar é distribuir de forma mais homogênea as atribuições e tarefas;
- 9. Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também recomendava uma comunicação horizontal embrião do mecanismo de coordenação;
- 10. Ordem: ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a direção da organização.
- 11. Equidade: disciplina e ordem justas melhoram o comportamento dos empregados.
- 12. Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do empregado. Segurança no emprego, as organizações devem buscar reter seus funcionários, evitando o prejuízo/custos decorrente de novos processos de seleção, treinamento e adaptações;
- 13. Iniciativa: estimular em seus liderados a inciativa para solução dos problemas que se apresentem.Cita Fayol: " o chefe deve saber sacrificar algumas vezes o seu amor próprio, para dar satisfações desta natureza a seus subordinados";
- 14. Espírito de Equipe (União): cultiva o espírito de corpo, a harmonia e o entendimento entre os membros de uma organização. Consciência da identidade de objetivos e esforços. Destinos interligados.
- A administração é função distinta das demais (finanças, produção, distribuição, segurança e contabilidade)
- como Henri Fayol contribuiu na teoria Geral da Administração;
- como Taylor contribuiu na Teoria Geral da Administração;
Funções do administrador
Henry Fayol atribuiu cinco funções ao administrador dentro de uma estrutura organizacional, chamadas de PO3C:
- Prever e planejar (prévoir - visualizar o futuro e traçar o programa de ação)
- Organizar (organiser - constituir o duplo organismo material e social da empresa)
- Comandar (commander - dirigir e orientar a organização)
- Coordenar (coordonner - unir e harmonizar os atos e esforços coletivos)
- Controlar (contrôler - verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas)
Tais ações conduziriam a uma administração eficaz das atividades da organização.[2]
Posteriormente, as funções de Comando e Coordenação foram reunidas sob o nome de Direção, passando as iniciais para PODC: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. E ainda Planejar, Organizar, Executar e Avaliar, assim passando as iniciais para POEA.
Além destas ainda temos: Motivar, Comunicar, Decidir, Assessorar, entre outras coisas.
Fayol x Autores contemporâneos
Principio | Fayol[3] | Autores |
---|---|---|
Especialização do Trabalho | “Produzir mais e melhor com o mesmo esforço.” | “Nem obsoleta nem fonte inesgotável de aumento de produtividade.” Robbins[4] |
Autoridade e Responsabilidade | “Equilíbrio entre ambas é condição essencial de uma boa administração.” | “Adoção de posturas mais participativas e de valorização humana.” Matos[5] |
Disciplina | “Consiste na obediência e assiduidade conforme convenções estabelecidas.” | “O desejável é a negociação dos parâmetros de comportamento.” Chiavenato[6] |
Unidade de Comando | “Um agente deve receber ordens somente de um chefe." | “Criação de novos desenhos industriais que incluem chefes múltiplos.” Robbins[4] |
Unidade de Direção | “Um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam o mesmo objetivo.” | “A organização deve se mover toda à direção de um objetivo comum mas possuem mais de um.” Robbins[4] |
Subordinação do Interesse Individual ao Interesse Geral | “O interesse de um agente ou de um grupo de agentes não deve prevalecer sobre o interesse da empresa.” | O indivíduo precisa atingir os objetivos da empresa e satisfazer às suas necessidades para sobreviver no sistema.” Barnard[7] |
Remuneração do Pessoal | “Deve ser equitativa e, tanto quanto possível satisfazer ao mesmo tempo ao pessoal e à empresa.” | “Boa parte da riqueza gerada pela organização passa aos empregados sob a forma de salário.” |
Centralização | “É a diminuição do papel do subordinado.” | Houve significativa tendência rumo à descentralização.” Robbins[4] |
Hierarquia | “Constitui a série dos chefes que vai da autoridade superior aos agentes inferiores.” | “Em condições de grande incerteza, a hierarquia geralmente se torna mais eficiente.” Robbins[4] |
Equidade | “Para que o pessoal seja estimulado a empregar toda a boa vontade e o devotamento de que é capaz é preciso que sejam tratados com benevolência.” | Quando há ausência de equidade, o funcionário experimenta um sentimento de injustiça e insatisfação.” Chiavenato.[6] |
Iniciativa | “Conceber um plano e assegurar-lhe o sucesso é uma das mais vivas satisfações que o homem inteligente pode experimentar.” | “A maioria das organizações está deixando a cargo dos funcionários as tomadas de decisões anteriormente tomadas exclusivamente pelos gerente.” Robbins[4] |
Obras
- Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle. Paris : Dunod, 1966.
- Tâches actuelles et futures des dirigents. Bruxelas : CNBOS, 1967.
Referências
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)»
- ↑ CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
- ↑ FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. 10.ed. São Paulo : Atlas, 1990.
- ↑ a b c d e f ROBBINS, Stephen Paul. Administração : Mudanças e Perspectivas. 1.ed. São Paulo : Saraiva : 2002.
- ↑ MATOS, Francisco Gomes. Empresa Feliz. 3.ed. São Paulo : Makron Books, 1996.
- ↑ a b CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7.ed. São Paulo : Atlas, 2002.
- ↑ BARNARD. Chester I. As funções do executivo. 1.ed. São Paulo : Atlas, 1971.
- Idéias importantes da obra "Administração Industrial e Geral": O autor busca interpretar as funções e obrigações de um administrador perante a sociedade que nos rodeia. Ele diz que a administração é de suma importância e deveria estar no plano de ensino de faculdades como a de engenharia civil. Fayol também mostra a divisão do trabalho e a divisão de funções mostrando a importância do administrador. O autor também busca criticar a metodologia de certas faculdades mostrando que isso interfere no sistema organizacional do mundo.
Fayol também criticava o excesso do estudo da matemática nas engenharias dizendo que a escrita é mais importante. Ele também afirma que o ensino técnico tem muito mais valor do que o ensino primário já que ele é profissionalizante. Henri Fayol mostra que várias coisas ensinadas no ensino superior são obsoletas e o plano de ensino deveria ser mudado. Na obra "Administração Industrial e Geral" ele mostra como o engenheiro deve se portar em seu ambiente de trabalho. Os conceitos abordados na obra nos remetem a acontecimentos contemporâneos ao século XXI.
- BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: Construindo Vantagem Competitiva. SP: Atlas, 1998.
- MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 6. ed. SP: Atlas, 2004.